Future Quest Project |
Já faz algum tempo que DC Comics e Hanna-Barbera namoram, e é namoro sério. Entre as muitas versões apelativas profícuas na internet, os artistas da DC têm mostrado coisas que não exageram, mas mostram como seriam boas evoluções dos personagens das nossas tardes pueris. A coisa começou a engrenar de verdade quando Scooby-Doo voltou à activa e trouxe consigo, alguns heróis esquecidos pela mídia, alguns bastante repaginados.
Um deles foi o Falcão Azul, que em um episódio das várias versões dos garotos e seu cão falante, deixou de ser um milionário com uma base secreta (ra, ra, ra, ra) na cobertura de um edifício no centro da cidade (ra, ra, ra, ra) e os vizinhos nunca notavam a movimentação e nem a decolagem de uma aeronave a jacto (ra, ra, ra, ra) bem no horário nobre da televisão. Agora ele é um ex vigilante abrutalhado e casca-grossa, que teve seu cão companheiro de guarda quase mortalmente ferido por bandidos. Ele recorreu ao Dr. Benton Quest para salvar seu amigo e daí, com o transplante do cérebro para um corpo biônico, nasceu o Bionicão; este o mesmo piadista sem noção dos anos 1970.
O anúncio de um longa para Johnny Quest eriçou os pêlos com circunflexo dos nerds, inclusive os que nunca viram a gigantesca e intergalática família Hanna-Barbera em sua melhor fase.
Com o anúncio das revistas mensais repaginando os heróis HB, ver aqui e aqui a histeria dos fãs quase babando nos teclados, um detalhe saltou aos olhos de todos, tanto os garotos quanto dos tios, como eu: O trio Os Impossíveis agora é um quarteto!
Uma figura feminina de traços levemente orientais, agachada no capô do Carro Impossível, não foi explicada a contento, até onde sei. A equipe de arte das franqueadoras simplesmente fez o pôster que ilustra este texto e pronto, esperou para ver a reação. Não sabemos nome, poder ou mesmo instrumento que toca, mas é notório que faltava um baterista no trio.
Se ela estará nas revistas? Não estaria no poster se já não estivesse confirmada. A boa idéia com acento é, em vez de uma surpresa, deixar os fãs no suspense, especulando e revendo tudo o que encontram dos heróis cantores, para verem se encontram alguma coisa. Impossível! Ela poderia ser no máximo uma fã de minissaia azul, figurante em algum episódio original.
Se clicarem nos links do texto, verão uma pancada de belas artes que mostram muitos dos inúmeros personagens um pouco aprimorados, os Flintstones são os mais alterados e ainda assim estão fiéis ao original. Se lembrarmos que a DC é uma excelente bordadeira, saberemos que estes pontos todos têm bons nós. Se lembrarmos que o filão de filmes de heróis, ao contrario do que previam para 2012, só cresce, entenderemos as reais e bilionárias intenções das duas companhias.
As novas revistas são, na verdade, geradoras de referências e termômetros para futuras produções cinematográficas, e isso inclui o agora quarteto de rock retrô Os Impossíveis.
Aos mais atentos, as tramas da antiga Hanna Barbera eram muito simples, mas também muito bem amarradas e muito bem fechadas. Não eram bobinhas, a porrada corria solta e chamar o vilão de execrável não era motivo de protestos em redes sociais... Ou o que fosse mais próximo delas, na época. Essa simplicidade permitiria facilmente a adaptação para as telas, muitos dos episódios pediriam apenas retificações para serem desenvolvidos.
Para mim o longa é praticamente certo, temperado por algum romance de vez ou outra gerará ciúmes dentro do quarteto. O que me intriga é: Haverá desta vez um álbum musical de The Imposibles, como os fãs brasileiros chegaram a sonhar na época do Long Play?
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