sexta-feira, 24 de junho de 2016

Lynda for president!




Hillary não teria chances! Trump até sumiria do retrovisor! Não haveria sequer um concorrente nas convenções de seu partido, se fosse realmente verdade. O facto é que ela talvez não tivesse estômago para os jogos políticos na vida real, ficaria muito frustrada e completamente engessada pela briga entre partidos, e também pelo fogo amigo que todos os presidentes americanos conheceram bem. Mas na ficção a história é outra!

A excepcionalmente bela e cordial Lynda Carter será presidente dos Estados Unidos, na série Supergirl. Criticada por ser considerada muito fraca, e olha que ela é prima do Superman, a introdução de uma personagem dessa magnitude, vivida por uma artista dessa envergadura, é mais uma tentativa de uma franquia salvar uma excelente idéia com execução não tão boa. Não é o primeiro e não será o último seriado com esse problema.

Imaginem quantas pessoas, de fora do círculo de super heróis, conhecem a identidade de Clark! Já Kara, coitada, deve existir até uma comunidade no facebook da ficção de gente que sabe quem é a Supergil. Aliás, até ele foi escalado para ajudar a dar credibilidade ao programa.

É válido? Sim, é válido, afinal os dois são complementos que fogem ao estereótipo de par romântico, é uma receita tradicional sem cair naquela mesmice; exceto é claro para a leva de onanistas que quer ver na telinha a encenação de suas fantasias púberes. Além de colocar a mais alta autoridade do país no pé da alienígena, com a interpretação de um rosto que sempre surpreendeu não só pela beleza, mas também pela vasta capacidade de expressões; Em tempo, foi a falta disso que tornou o filme Grace um fiasco. Nunca deveriam ter tocado no rosto de Kidman.

Mas até que ponto é válido? A isto eu respondo com até quando a DC vai tratar uma criatura extremamente poderosa como “a gatinha que voa”? Não sei se notaram, mas praticamente o que separa Kara de Kal-El é a experiência. Se levar em consideração o cérebro de um ser que viaja próximo à velocidade da luz, e por isso JAMAIS deveria ser pego de surpresa por coisa alguma, ele tem o equivalente a alguns séculos de experiência a mais do que a prima.

E Lynda? Bem, desde os anos 1970 que a popularidade da Diana definitiva não é tão alta. Não é só uma vovó que faz muita moça passar vergonha, ela é tão repleta de conteúdo e é uma actriz tão experiente, que o risco de o tiro sair pela culatra é grande, porque os mais atentos vão perceber a diferença de desempenho na interpretação das personagens. Por outro lado, a diva pode bem ter o ímpeto de passar seu cabedal par a jovem Melissa Bernoist, o que talvez convença os picaretas da DC a respeitar um pouco mais a inteligência de seus fãs, enquanto ainda o são, começando por dar mais relevância a uma personagem tão rica. Kara chorar vez ou outra no colo da presidente, ao fim do episódio, seria algo muito bom para a personagem. São uma garota fora dos padrões e uma mulher experiente.

Quanto ao aparente apoio da empresa à candidatura democrata, aqui o que reluz é mesmo ouro. Lá não é crime ter opinião.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Moana, o trailer


  Saiu o trailer de Moana... Quer dizer, chegou... Ah, vocês entenderam! Chatos!

  Como eu já disse tudo foi feito com esmero e a parte cultural e regional ficou a cargo de quem realmente entende do assunto, a ponto de até mesmo os fanboys xaropes terem se apaixonado. E Maui, meu Deus, é pior do que eu previa... É COMPLETAMENTE LOUCO!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Eu recomendo: Bloody Mary & The Munsters

Mary tinha seis carneirinhos...


  Há muito tempo a Cidade Maravilhosa tem sido mais motivo de prantos do que de sorrisos, isso eu li e ouvi de nativos, tanto da capital quanto de Niterói; especialmente desta, que acaba recebendo o esgoto do que até a recente má fama carioca rejeita. Quando tudo parecia polarizado entre pseudointelectuais esnobes e festas de lavagem de dinheiro sujo, surgiu em Agosto de 2012 uma esperança: Bloody Mary & The Munsters! 


  A banda quebra totalmente o estereótipo de que o Rio de Janeiro só produz apologias ao crime e à promiscuidade. O estilo é retrô, com repertório rockabilly de alta qualidade. Outro estereótipo quebrado é o de que bandas assim só surgem na região sul e na serra paulista, que são mais propensas a acolher a cultura retrô-vintage.


  A receita é muito honesta, uma vocalista (muito) bonita acompanhada de seis marmanjos (nem tanto), os sete atendendo por apelidos: vocal Bloody Mary (Mariana Oliveira), baixo acústico Zombie (Marcus Ramalho), piano Doctor Beast (Daniel Bessa), sax e flauta Madness (Lincoln Castro), trompete Crocodile Louis (Iury Hainfellner), bateria The Raven (Eduardo Manu) e guitarra Filkenstein (Felipe Braga). O que mais parece a nova formação da Família Adams é o elenco de artistas que gostam de rock cinqüentista, pin-up, memorabilia, carros antigos e vida com estilo. Muito estilo, diga-se de bagagem.


  O que os diferencia de tantas bandas que aparecem e somem causando o mesmo impacto nulo, é que eles sabem o que querem. Aliás, sabem o que e como conseguir. Sua vida, até o momento, é cantar em eventos e bares na noite carioca, devolvendo à cidade um pouco do glamour e da alegria de outrora, mas sem precisar apelar para álbuns e vídeos da vovó.


  Eles vendem seu trabalho e seus discos (CD, fita e VINIL) cantando ao vivo, com todos os riscos e todas as conseqüências inerentes ao ofício. Como ainda não têm nem quatro anos de estrada, eles não podem contar com relações públicas, assessores e equipe de divulgação. Seu departamento de marketing é o perfil da banda no Facebook. Assim, eles, dependem totalmente de escolher bem onde vão cantar,  cantar bem e contar com a beleza hollywoodiana e o charme retrô da vocalista.


  O trabalho bem feito rendeu a simpatia dos antigomobilistas, que são um público muito exigente, e os convites para os vários eventos regulares do gênero no Rio de Janeiro já aparecem. O que esse público tem de tão diferenciado? Simplesmente o nível, meus queridos. Antigomobilistas estudam muito sobre seus carros preferidos, a ponto de muitos deles se tornarem mais conhecedores de épocas e locais específicos do que historiadores formais. Em suma, eu estou recomendando na condição de antigomobilista, mesmo que ainda não seja um colecionador, porque isso custa caro... Tens aí cem mil temers para trazer um Kaiser ‘52 dos EUA? Não, Né!


  Eles ainda não têm nenhum Grammy e nenhum disco de urânio, mas numa época em que cantores são em sua maioria, justificadamente, descartáveis, os sete conseguem entregar um trabalho cultural competente e longe de polêmicas ideológicas, por conseqüência também do poder público... Exceto quando precisam de alvará para se apresentar, é claro, aí o rock vira melodrama. Enfim, os sete amigos de Niterói trazem de volta desde os clássicos dos astros do jazz até as revoluções dos Beatles, sem fazer feio nesse repertório tão amplo. A proposta? Trazer de volta os encantos do Rio de Janeiro a um público que já se acostumou, com  pesar, a chamar sua cidade de “Hell de Janeiro”. Aproveite e se cure um pouco da realidade.

Visite-os aqui e aqui 8-)