domingo, 30 de dezembro de 2007

Somos cafonas, sim...

... nós aceitamos. E que nos deixem em paz!
Sempre que vejo algo classificado como brega, penso na Dona Florinda e no Professor Girafales cantando essa canção. Acho que reflete bem o espírito kitsch: popular, sentimental, meio tosco e nem aí para a opinião alheia.

De vez em quando, percebo um lado totalmente exótico da minha personalidade que insiste em se manifestar. Um lado colorido, feito de plástico ou de biscuit, alimentado pela superexposição à TV aberta no período da tarde e pela freqüência a lojas de R$1,99.

De repente me pego com alguns sonhos de consumo meio estranhos. Tipo um daqueles porta-jóias imitando laqueado, ou um kit de maquiagem de 2.500 cores que eu nunca vou usar, ou dadinhos de pelúcia para botar no retrovisor do meu carro inexistente, boneca havaiana rebolante, anjinho de biscuit, margaridas de plástico...
Sério, tenho que respirar fundo, segurar a carteira e repetir mentalmente várias vezes “não, não, nããããooo!” E reprimir toda e qualquer idéia de artesanato que envolva flores de poliéster e pistola de cola.

Até as revistas de decoração mais esnobes concordam que um anãozinho de jardim aqui, ou uma almofada do Elvis ali dão um toque estiloso bacana. Moderninho, até. A coisa pega mesmo quando é tudo tão acessível, a gente tende a se deixar levar. É tudo tão baratinho, colorido, engraçado, que, se eu me conheço, meu quarto viraria uma boléia de caminhão em poucas semanas. E, sem querer soar esnobe, isso não refletiria fielmente minha personalidade.

Deixando o exagero de lado, só posso dizer uma coisa: kitsch é com certeza mais divertido! A gente é mais feliz quando deixa a pretensão de lado. Como ensinam o casal mais breguerê de Chaves.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Regina Vs Márcia



Marcia Vs Regina


O roteirista roliudiano estava deitado na borda da piscina de sua casa em Beverly hills tomando um coquetel de frutas tropicais em um abacaxi enquanto não dava a hora de sua massagem de relaxamento. Apesar de ser uma cena bastante calma, digna de alguém da classe média de Manoel Carlos, para quem observa de fora, o pobre homem protagonizava uma cena de terror psicológico imenso. Acontece que ele era um roteirista consagrado, responsável por sucessos como Bud I, II, III, IV, V, VI e etc... e vários outros filmes de animais esportistas-encanadores-bombeiros-e-o-escambal e o estúdio estava pressionando-o pra que fizesse um novo filme. Mas nenhuma ideia vinha em mente, será que a fonte inesgotável havia secado, ou eram todos os esportes que já haviam sido praticados por todos os animais? Foi aí que ele teve uma ideia! “E se eu colocasse sucessos do cinema pra competir?”
Foi uma febre, uma vez por mês saia no cinema uma produção desse tipo. Era Fred Vs Jason, Boa Vs Pynthon, Alien Vs Predador... Eram combates que não acabavam mais...

***

O Jovem perturbado se encontra em estado de férias, o tédio ia se instalando em sua mente e nada aparecia pra saciar sua sede de fazer algo... Para completar o drama desse adolescente ele tinha uma preocupação... O que eu vou postar neste sábado lá no blog? Uma ida até a locadora e uma olhada na TV vespertina o tirou desse impasse e agora ele lhes mostra o combate do século, nada poderia ser maior que isso...

(música crescente com partes interrompidas por barulhos fortes), (pessoas correndo e prédios explodindo)... Locutor de trailer fala:

- Você nunca viu nada assim
(corta em um plano escuro) A vida nunca mais será a mesma...
(Moça sussurrando)
- Eu tenho um segredo.
(os recadinhos serão dados)
(Os "pobremas" serão resolvidos)
(A briga está travada)
Regina Volpato diz:
- Por que nós temos que aprender a viver em sociedade. (põe a mão no ombro)
Márcia diz:
-Mexeu com você, mexeu comigo.
(explosão)

Estrelando:

As Mirtes do Bairro
-OOOOOOOOOOOOOOOOOOh!

Luis Gasparetto
-Minina, Você tem de parar de se importar cunsoutro e se importa cocê!

Sônia Abrão
-Aquele Pitbull não podia ter atacado aquela menina!

(Cenas de ação são embaladas com música crescente até o corte final e... Bum!)

Regina Vs Márcia: Em busca da mirtes consagrada.


Qualquer dia desses...






Vs

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Um dia, normal...

Uma vez eu queria poder simplesmente acordar e dizer que o dia está bom.

Uma vez eu queria poder levantar sem sentir dor.

Uma vez eu queria poder fazer as coisas sem pressa.

Uma vez eu queria poder sair tranquilo.

Uma vez eu queria poder pegar ônibus vazios.

Uma vez eu queria poder trabalhar mais perto de casa.

Uma vez eu queria poder estar fazendo algo que gosto, de verdade.

Uma vez eu queria poder dar às pessoas tanto quanto elas precisam.

Uma vez eu queria poder voltar pra casa rápido.

Uma vez eu queria poder comer algo de diferente no jantar.

Uma vez eu queria poder saber que minha vida é mais do que ficar num janelão no MSN.

Uma vez eu queria poder tomar banho sem me preocupar com a água ou a luz que estão sendo gastos.

Uma vez eu queria poder deitar e simplesmente dormir, sem ficar divagando.

Uma vez eu queria poder sonhar, e não sentir culpa.

Uma vez eu queria poder sonhar, e esquecer o mundo.

Uma vez eu queria poder sonhar, e não acordar mais.


Maybe, one day, it happens...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Mentes Criminosas

Eu não sou muito fã de programas televisivos. Para uma conversa mirtesca sobre novelas, por exemplo, Melzinha aqui não serve. Sou muito mais a favor de gastar horas lendo livros. São poucas as coisas que me chamam a atenção na televisão. Na maioria das vezes, vejo filmes e séries. E agora chegamos onde eu queria. Eu adoro séries! E o vício do momento é Criminal Minds, que passa às terças-feiras no AXN, às 21h.


Sempre gostei de séries policiais como CSI, Cold Case, Law and Order e talicoisa. Mas Criminal Minds é diferente. É sobre uma equipe de policiais do FBI que trabalham para traçar perfis dos mais variados serial killers para tentar prever seus próximos passos. Eles trabalham na chamada Unidade de Análise Comportamental em Quântico. Enquanto os detetives trabalham com base nas evidências, essa equipe analisa o comportamento do suspeito. Trabalham a partir de vestígios comportamentais deixados pelos criminosos na cena do crime ou, até mesmo, na maneira que o assassinato foi cometido. Para eles, o melhor caminho para se prender um criminoso é saber o que se passa em sua mente. Esses policiais precisam pensar como os assassinos e isso, às vezes, gera alguns conflitos nos personagens. A equipe é composta por 7 pessoas, cada qual com sua característica e especialidade. Vamos a eles então:

A equipe


Jason Gideon

O agente especial é o principal analista comportamental do FBI. Ele consegue saber detalhes sobre sua vida e sua personalidade apenas olhando a disposição de fotos em sua mesa, como você segura uma caneta ou pelo tom da sua voz. Dá medo, às vezes.

Aaron Hotch

Hotch é como se fosse o líder da equipe. É, na maioria das vezes, o responsável pelas decisões mais importantes. Ele é daqueles caras super família que ganha sua confiança facilmente, mas que pode roubar seus segredos quando menos se espera, simplesmente por causa de uma palavra que você disse ou pelo seu jeito de andar.

Spencer Reid

Esse é, sem dúvida, meu personagem preferido da série. É o típico gênio, daqueles que possuem o QI altíssimo, mas são incapazes de se relacionar normalmente. Um incompreendido, digamos assim. Ele é capaz de decifrar os mais confusos enigmas e chegar a conclusões inimagináveis em uma velocidade impressionante. Eu sempre digo que quero ser como ele quando eu crescer. Não, ter um terço da inteligência do cara já era o suficiente pra mim.

Derek Morgan

Primeiramente, um detalhe muito importante. Ele é lindo, charmoso e tudibão. Mas, além disso, seu papel nessa unidade especial é investigar, principalmente, crimes obsessivos, que são sua especialidade.

Emily Prentiss

É, na minha opinião, a agente mais fraca. Psicologicamente, eu digo. Alguns crimes e investigações mexem muito com a moça. Ela é especialista em crimes sexuais e já foi vítima de um no passado.

Jennifer Jareau

Jennifer é aquela que faz o trabalho braçal. Telefonemas, entra em contato com a família das vítimas e talicoisa. Pra mim, é uma mera coadjuvante.

Penelope Garcia

É responsável pela pesquisa. Mas não é uma simples pesquisa. Qualquer coisa, sobre qualquer pessoa, em qualquer lugar, a mulher consegue achar por meio de seus fiéis escudeiros: computadores e bancos de dados, muitos dados. Eu gostaria de ter uma sala daquelas pra mim. Por alguns minutinhos, apenas. Posso? Não... Que pena! Seria divertido.


Ei, agente Morgan! Quer dar uma espiadinha na minha mente? Pode vir!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

A Primeira Embriaguez de um Homem

Duas garrafas de vinho e sobras da noite de Natal. Esses podem ser brinquedinhos interessantes se você estiver sozinho em casa em pleno dia 25 de dezembro. Depois de usar técnicas primitivas para remover a rolha de uma garrafa, sem para tanto utilizar um saca-rolha, [lavando a casa inteira e a si mesmo com vinho] o acalento mais gracioso pode ser papos internéticos regados a Rufus Wainwright em altíssimo volume.

Diz-se que antes do estado de embriaguez total, o sujeito ainda passa por alguns instantes de uma tontura deliciosa, mas ainda consegue se passar por sóbrio sem grandes esforços. Esse estágio parece ter sido extirpado do processo embriagativo (!) de nosso protagonista. Sim, ficou bebaça sem se dar conta.

O fato é que de dois em dois dedinhos de vinho branco, nem dá pra precisar a que nível de tontagem a pessoa se encontra. Era algo como “Ainda não tô bêbado... Vai mais dois dedinhos...”. Não que o serumano quisesse mesmo ficar bêbado. É justamente o inverso: por não querer se embebedar, ficava medindo o nível de álcool que ainda poderia ser ingerido.

Quando deu por si estava completamente ‘grog’ e não pôde evitar um surto gargalhístico incontrolável. Ria da voz engraçada que nunca havia saído de sua boca, ria da situação de estar bêbado e da ironia de se estar sozinho mesmo tendo uma multidão de amigos. E ria do ímpeto quase incontrolável de ir buscar só mais miseráveis dois dedinhos da bebida. Ria ainda da iminência dos pais chegarem em casa e se depararem com o filhote parecendo com o Leonardo di Caprio em Basketball Diaries.

Ele captou tudo isso como um dado pra vida “eu sei como é estar bêbado”, mas não chegou a entender como alguns humanos utilizavam isso como fuga da realidade e faziam desse momento um rito semanal. Afinal, o estado de embriaguez é passageiro. (E nesse ínterim lhe ocorreu um trocadilho maldito: “Ainda bem que é passageiro. Não poderia ser motorista, visto que quem bebe não dirige” – mas completamente desnecessário!).

Depois de voltar ao estado normal ele lamentou por ter tirado uma conclusão tão babaca de sua primeira embriaguez: A ilusão mora nas garrafas de vinho branco.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Literatura de menininha, ou não...


Desde pequena (tá, desde menor, todo mundo sabe que eu sou verticalmente limitada) adquiri o hábito de ler tudo o que caísse em minhas mãos (na falta do que fazer costumo ler enciclopédias, abro em uma página qualquer e sempre aparece um assunto interessante) , atualmente só não leio livros de auto-ajuda – não tenho muita paciência.
Apesar de já ter lido vários livros ditos clássicos, não vou falar sobre eles hoje, e sim, sobre minha autora guilty pleasure favorita: Meg Cabot.

Tenho catorze livros dela na minha estante, e apesar de meu pai viver perguntando quando eu vou parar de comprar livros juvenis eu não tenho a mínima intenção de parar. É viciante, fácil de ler (já devo ter lido alguns em menos de duas horas) e as histórias são sempre divertidas, recheadas de referências à cultura pop e com algumas notas de ironia.
Meg alcançou o sucesso com a série O Diário da Princesa (que virou filme da Disney e que poderia ter sido muito melhor, já que mudaram demais a história) e depois lançou mais livros, todos bons e bem diferentes da modinha jovens + baladas + drogas + sexo, e nem por isso caretas.

Muita gente critica e talicoisa, mas não é literatura pra ser levada a sério e é mais interessante do que a maioria dos best-sellers que pipocam por aí e do que a onda afegã.
É fantasia disfarçada de cotidiano: garota que se descobre princesa, amigos que vivem a mesma história do Rei Arthur, ator jovem e de sucesso que se disfarça de aluno para se preparar para um personagem, ex-estrela do pop falida que vai trabalhar de inspetora em uma universidade e desvenda mistérios e por aí vai. Não dá pra resistir.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Coisas intrigantes

Por que as pessoas gastam litros e litros e litros de água para lavar a calçada?
Calçada é rua, minha gente. Vai sujar de novo, assim que a pessoa desligar a mangueira... E a água, como se sabe, não vai durar para sempre.

Alguém ainda não tem celular?
Em todas as datas comemorativas, surgem as benditas promoções de aparelhos. O que é a criatividade na hora de presentear, não é mesmo?

Quem acredita que aquelas atrizes, ricas e famosas, limpam a pele com Leite de Colônia?
Ao que tudo indica, nem elas mesmas caem nessa esparrela. Quando vemos uma delas dando suas inestimáveis dicas de beleza, nenhuma, eu disse ne-nhu-ma, cita o antigo e popular cosmético. Só coisa importada, beesha!

Celebridades têm amigos?
Eu mesma respondo: não. Se amigos tivessem, não sairiam por aí sem calcinha, nem balançariam o filho na sacada, nem perderiam dentes, nem casariam com aproveitadores baratos. Os únicos amigos verdadeiros das celebridades são aqueles cachorrinhos minúsculos, que elas carregam por aí. E olhe lá!

Por que a potência do equipamento de som é inversamente proporcional ao gosto musical da criatura?
Todos nós já nos deparamos, em algum lugar, com gente ouvindo música altíssima no carro. Até aí, tudo bem. Ainda não sou velha o suficiente para reclamar dos decibéis alheios. O que me deixa de queixo caído é que, nessas ocasiões, a música é sempre tenebrosa, de tão ruim. O que leva uma pessoa a gastar tanto dinheiro com o som do carro, só para ouvir o último funk bagaceiro?

Por que as pessoas acham estranho alguém rir sozinho?
Não sei se tal fenômeno acontece em outras regiões do Brasil, mas aqui no Rio Grande do Sul, quando alguém assiste um programa engraçado na tevê, costuma dizer: “Bah, eu ri sozinho ontem!”. Nunca entendi essa frase. Onde está escrito que, para rir, é preciso estar acompanhado? Coisa de gente doida!

E a gordura trans, hein?
Diz que existe um tipo de gordura ainda mais nociva que a tal gordura saturada. É a gordura trans, encontrada no salgadinho de pacote, na batatinha frita das lanchonetes fast food, na maioria das margarinas, na pipoca de microondas, nos bolos e tortas industrializados e nas bolachas. Depois que a gordura trans virou vilã, os fabricantes passaram a informar, nas embalagens, que seus produtos não a utilizam. O detalhe é que o sabor das guloseimas continua o mesmo... Será que estão mentido para a gente?

Por que os bebês choram, quando estão com sono?
Quem já cuidou de criança, sabe: as pequenas fazem o maior carnaval, quando estão precisando de uma soneca. Choram, ficam irritadas, não querem mais saber dos brinquedos... Enrolam, enrolam, enrolam, até finalmente dormir. Gente, dormir é a coisa mais fácil do mundo! Não seria bem mais prático se os bebês simplesmente fechassem os olhinhos? Amadores!

Existe explicação científica para o fato de estarmos sempre reclamando do tempo?
Passam os dias, passam os anos, mudam as estações e a conversa é sempre a mesma: se está frio, é ruim, se está calor, é ruim também. Falar sobre o tempo (e reclamar dele) serve para mostrar que você já é adulto. Nenhuma criança consegue manter uma conversa animadíssima sobre as condições climáticas. Elas têm coisas bem mais interessantes para comentar...

domingo, 23 de dezembro de 2007

Experimento 1: Balada

A primeira coisa que vão notar em mim é que eu sou tão baladeira quanto a minha avó de 79 anos. Menos, até. Ela vai rezar o terço com as amigas, e só volta às 2 da manhã. Eu já estou de pijama às 8.

É bom experimentar coisas novas. Por isso, fui a uma confraternização do trabalho na casa noturna de tema mexicano que era o point de todos os meus colegas de escola aqui em Brasília nos anos 90. Foi a primeira vez que eu pisei lá, e já digo que não fiquei muito impressionada.

Na minha imaginação, o lugar era um templo à decadência juvenil. Um lugar freqüentado por pessoas vestidas nas grifes mais caras, dançando sensualmente ao som das músicas mais modernas e vivendo as fofocas e intrigas típicas de filhinhos de papai que têm mais dinheiro do que juízo. Tipo Gossip Girl, só que ao vivo.

Os Drinques
Pra começar, na mesma noite, uma companhia de vodcas baratas lançava sua linha aromatizada com frutas. Cada sabor tinha sua representante escultural, oferecendo para degustação o drinque correspondente à cor da sua roupa. Uma coisa, assim, meio Power Rangers encontra Coyote Ugly. Sinto muito dizer, mas seria preciso muito mais do que peitinhos coloridos para me convencer a tomar aquele troço. Afinal, só porque sou uma, não significa que tenha de tomar drinque de mulherzinha (= coloridinho, enfeitadinho, superdoce e caro). Meus colegas do sexo masculino não tiveram o mesmo escrúpulo. Teriam tomado até fluido de bateria, desde que fosse oferecido por uma daquelas meninas.
Pedi uma dose de tequila. Pura. Só para ter o gosto de tomar o drinque mais másculo da mesa.

A Música
Pensei que o repertório de clichês acabaria com a chegada da banda de rock profissional. Me enganei feio. Foi um desfile de basiquinhos que a gente cansa de ouvir em festas: YMCA, Please don't let me be Misundestood... Nem foi preciso algum mala gritar “Toca Raúúúúl!”, porque a bendita banda tascou-me um Pluft Plact Zum. (Sim, você leu direito). Fiquei com pena, porque a técnica dos caras até que era boa.

A Dança
Quando tocaram Whisky a GoGo, fiquei até tentada a dançar em cima da mesa com as sandalhas na mão. Infelizmente, não tinha bebido o bastante. Preferi continuar com o traseiro chumbado na cadeira, observando o pessoal – hã – dançando. Foi um festival de chutinhos e de braços ondulantes.
Ainda preciso achar um jeito de lavar as retinas, depois de ter visto um certo patrão dançando twist.

Outras variáveis
Quando vou a festas, geralmente me sinto uma mocoronga sem graça, em comparação às moças mais malhadas e produzidas. Talvez fosse cedo demais para que a proverbial “Gente Bonita” aparecesse, mas enquanto estive naquela casa noturna, dava para contar nos dedos as pessoas realmente atraentes, incluindo as degustadoras de peitinhos coloridos. Pela primeira vez, me senti a pessoa mais sexy do lugar. Isso, ANTES de pedir a tequila.

Conclusões:
1) As fajitas estavam boas.
2) Entre observar funcionários públicos bêbados caindo sobre a mesa vizinha numa tentativa de dar um show de dança de salão, e discussões sobre se a promoter é ou não travesti, confirmei o óbvio: Odeio lugares cheios. Odeio lugares escuros. Odeio barulho, gente falando alto e músicas grudentas que só estão na moda porque pagam jabá para as rádios.
3) Talvez haja algum charme oculto nas caipiroskas e nos sucessos da Jovem Pan que escape ao meu entendimento. Talvez, em outras condições de temperatura e pressão, eu repita esse experimento.

Até lá, posso ser encontrada no meu lar doce lar, tomando chocolate quente na frente da TV e esperando a minha avó voltar do terço.


Zoom no gogó da moça à esquerda...

sábado, 22 de dezembro de 2007

Matérias de Todos os Anos


Está certo que cada ano é diferente do anterior... Que coisas novas acontecem... Que a esperança se renova... Então bom natal e ano novo também e talicoisa... Mas gente, será mesmo?

Não parece, olhando os noticiários o ano todo e destacando certas matérias. ETs sociólogos que analisam o comportamento humano acreditariam que sempre fazemos a mesma coisa... Por que, hein?

Janeiro:
1. Uma matéria sobre a virada do ano em cada país. Aí, tem a típica cena do repórter do Jornal Hoje com cara de animadinho, dizendo:
“Atenção, já é ano novo na Austrália! Isso se deve a diferença de fuso horário...” Como se a gente não tivesse ouvido isso várias vezes, durante as olimpíadas!
2. Uma sobre pessoas que passam cheque com a data errada.
3. Uma sobre pessoas que começaram o ano endividado.
4. E não poderia faltar uma extensa reportagem sobre os danos do sol.

Fevereiro:

O repórter vai ao barracão de uma escola de samba e fala: “É aqui que o espetáculo começa a ser produzido”. Depois, tem uma entrevista com a mocinha que costura as fantasias. Termina com o repórter dando ênfase ao número de empregos que foram gerados...

Abril (ou o mês em que caia a Páscoa):

É a vez de falar sobre os ovos de chocolate, os preços e as estimativas de quanto cada consumidor pretende gastar este ano. Haja!

Maio:
1. Histórias comoventes de pessoas que descobriram quem é a sua mãe justamente nesse mês.
2. Uma matéria sobre mulheres que vão ser mãe no dia das mães...

Junho:
Praticamente todos os dias têm uma receita de comida típica. É pé-de-moleque, pamonha, bolo de fubá, rapadura...

Julho:
Matérias ensinando como manter as crianças ocupadas nas férias, sem que elas tenham que passar o tempo todo no computador...

Novembro:
Começam as histórias natalinas... Dicas de receitas e de decoração de natal.

Dezembro:
Um prato cheio...

1. Dicas de como ter uma ceia mais barata
2. Matérias dos shoppings cheios de pessoas, querendo comprar presente pra todo mundo
3. Especiais de natal mil... Daqui a pouco até o Marilyn Manson faz um
4. Como será o natal em Natal?
5. Sempre ensinam a fazer rabanada
6. Matérias na 25 de Março.
7. Simpatias e previsões para o ano novo
8. Dicas, que as pessoas aparentemente nunca seguem, para não começar o ano com dívidas.

Depois começa tuuuuuuuuuuuudo de novo...



***

Agradecimentos a Luna corporation ela, ela, eh, eh, eh!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Slipknot e talicoisa...

Não, não vou explicar sobre o Slipknot.

Não vou fazer uma ode à banda. Quer dizer... QUASE não vou fazer uma ode à banda.

Eu sei, é um tema bobo e sem base ou necessidade. Mas quero escrever sobre a banda, e problema seu se não gostar.

Não vou fazer uma biografia, não vou falar sobre as máscaras deles, nem contar histórias deles.

Só vou dizer que acho eles uma banda duca.

O som dos caras é único (ta, nem tanto), os caras tem um visual legal (e o mais importante, eles não buscam a fama por ter cara de bons moços cristãos), eles tem uma ideologia super interessante, as letras são inteligentes, e os caras gostam do que fazem. E fazem o que gostam, como diria o Faustão.

O show dos caras (eu não fui quando eles vieram pra cá) é espetacular. O Sid Wilson, (DJ), e o Shawn Craham (percussão, aquele com mascara de palhaço) fazem um show à parte... Pulam em cima um do outro, os dois ficam pendurados no kit de percussão do Shawn, o Sid pula pra lá e pra cá feito um macaco, pula em cima da platéia, enfim...

Paul Gray é quietão. Mas quem disse que baixista precisa dizer alguma coisa?
Chris Fehn (percussão) é muito, muito, mas MUITO bom mesmo.

Craig Jones (sampler) talvez seja o único que não faça muita falta...

Mas com aquela máscara, se ele ficasse parado em cima do palco, já valeria a pena...

O Joey Jordison (amor da Luna nas horas vagas e pai do futuro filho dela) é sem noção... O cara faz solos absurdos. O Mick Thomson e o James Root (guitarras) são impressionantemente maus... (ta, comentário inútil... mas eles são mesmo).

Corey Taylor (Vocal) é um rockstar total. Sabe levar uma platéia. Sem contar que canta como o capeta, e tem um domínio da própria voz que é difícil entender como ele ainda não cuspiu a garganta no palco.

O ponto é: os caras mandam bem pra caramba, seja em estúdio, seja no palco. Sabem fazer música, sabem escrever letras cheias de ódio, saindo do lugar comum. Tem gente que compara eles muito com o Sepultura, mas o Max não escrevia letras tão bem quanto o Corey. De boa.

Só pra encerrar; tem trecho de letra mais fo#@ que:

Everybody’s so infatuated

Everybody’s so fucking sure of what we are

Everybody defamates, from miles away,

But face to face, they ain’t gotta a thing to say

I bleed for this and I bleed for you

Still you look in my face like I’m somebody new

Toy – Nobody wants anything I got

Which is fine, because you’re made of everything

I’m NOT



Fodão é pouco pra esses caras...


quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Coisas sem as quais eu não vivo

Todo ser humano que se preze tem algumas coisas que julga insubstituíveis ou indispensáveis na vida. Eu, por exemplo, tenho alguns itens que não consigo viver sem. Aí vão eles:

Rímel
Item básico dentro da bolsa de qualquer mulher. Eu não vivo sem esse alongador de cílios milagroso. Uso-o diariamente, em qualquer ocasião. Para trabalhar, para ir pra balada, pra ir ao shopping, pra passear com a cachorrinha, para ir até a padaria. E quando não passo o bendito sinto que algo falta em minha face. É que como se já fizesse parte do meu ser, entende?

Lápis de olho
É tudo, gente! Realçar o olhar é básico. Ainda mais eu, que sou um tanto quanto branquela e preciso desviar a atenção do meu super bronzeado de escritório para algo mais interessante. Que sejam os olhos então. Lápis de olho é utilizado também nas mesmas situações que o rímel. E eu já estou tão acostumada com a dobradinha rímel/lápis que quando abro mão deles e olho meu reflexo no espelho tenho a impressão que sou uma assombração. Vários sustos de manhã.

Livros
Não sou nada sem eles. Sempre tenho um à mão, seja para ler no ônibus, no metrô, em casa, na praia. Meu gosto pela leitura apareceu cedo, e desde que minha mãe me deu “O Pequeno Príncipe” não largo livros por nada nesse mundo. Eles foram, de alguma forma, alguns dos responsáveis pela escolha da minha profissão.
E sou extremamente ciumenta. Não empresto livros, ainda mais os meus xodós. Se quiser me presentear sem correr risco, compre um livro. Mas pense bem antes de escolher, ok? Não me apareça com auto-ajuda, coisas psicografadas e/ou ditadas por um espírito qualquer. Eu tenho medo! Mentira, acho uma porcaria mesmo.

Música
Sabe aquelas pessoas que sempre dizem que tal música tem tuuuuudo a ver com ela? Então, eu sou uma delas. Tem sempre uma música que eu acho que se encaixa perfeitamente no momento atual da minha vida. Aqui na agência não temos som ambiente, mas temos Internet. Eu entro no site das rádios e ouço música o dia inteiro. Sem contar que me acho A cantora. Canto todas as músicas, o dia inteiro. Minha chefe deve achar que sou louca... Será que corro o risco de perder o emprego?

Chocolate
Não tenho nada a acrescentar. Apenas que essa delícia é minha melhor amiga durante a TPM, quando estou triste, quando tá frio ou simplesmente quando bate aquela vontadinha de comer alguma coisa. E vou confessar que esse maldito regime que estou fazendo no momento está me maltratando horrores porque me fez abrir mão de chocolate. Eu ainda pego aquele médico malvado. Ah, se pego.

Mily
A coisa mais fofa que pode existir na face deste planeta que habitamos. A Mily é uma cadelinha que foi abandonada quando ainda era um bebê. Minha família adotou a criaturazinha e hoje ela é o nosso xodó. É minha companheira, me espera chegar do trabalho, faz festa e dorme na minha cama. Praticamente meu ursinho de pelúcia. O bichinho mais amoroso, mais lindo e mais tudo de bom que existe. Sem dúvida, não consigo mais viver sem essa fofura.

Tem como viver sem essa coisinha? Eu não consigo mais.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Das saunas tão distantes...

Brasileiros, mamãe sempre diz que eu perco tempo demais na internet. Mas sempre que me escuta gargalhando em frente ao pc, corre pra saber o que se passa e invariavelmente acaba rindo junto.

Foi o que aconteceu na semana passada, quando poracasomente eu me deparei com um vídeo, feito pelo sensacional Evandro Santo – que interpreta o Christian Pior, no Pânico na Tv.

O moço tem garantido a oxigenação do humorístico com suas tiradas ácidas e sua metralhadora automática de bordões toda semana.

O vídeo, que foi vencedor do Show do Gongo em 2007, é uma sátira aos Teletubbies (aquele programinha pra crianças retardadas de todas as idades).

Com vocês,portanto, os TELEBAMBIS.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Provas e talicoisa


A idéia inicial era escrever sobre os vestibulares da minha vida, mas vou extrapolar afinal testes e provas sempre acabam rendendo umas historinhas.
Semana passada, por exemplo, eu fui fazer pela terceira vez a prova de direção no Detran e acabei perdendo por causa da baliza, exatamente como nas duas ocasiões anteriores. Meu instrutor ficou abalado: durante as aulas eu nunca apresentei muitas dificuldades. Acho que o problema é o peso da palavra teste.
Não me deixo abater, vou continuar tentando até passar.


Ainda tem a UFBA, o vestibular mais difícil que eu já prestei. Sempre fico o mais calma possível, mas nem todos conseguem - ano passado um cara vomitou perto de mim na fila para entrar na sala, me deu pena e nojo.
Ontem, esperando a abertura dos portões ouço o seguinte diálogo:
- Não, ontem eu não fiz as provas! Cheguei cinco minutos atrasada, chorei tanto...
- Eita, e pra quê você veio hoje?
- Não sou de desistir tão fácil.
Beleza, ela zera a prova de redação e a prova de português e acha que tem chance.
Existe também o povo que leva um rango brabo pra comer durante a prova. Esqueçam os chocolates e as barrinhas de cereal, já vi um moço ostentando uma marmita com moqueca de peixe!


Dos tempos de colégio (nem faz tanto tempo assim...) a estripulia que mais me marcou foi quando eu fiz as provas finais de história e inglês no lugar de uma amiga minha, ela ia pra várias recuperações e como eu já estava passada nessas duas matérias dei uma forcinha e ela conseguiu se safar. Minha mão tremeu na hora em que tive que assinar como Juliana, mas deu tudo certo no final.
Eu e minhas amigas também já inventamos um mantra para um trabalho de religião, se eu não me engano era sobre hinduísmo e a gente não sabia nada, criamos algumas maluquices e acabou dando certo – a professora até elogiou o tal mantra. Isso não foi nem um pouco certo, mas quando bateu o desespero foi a única solução encontrada.
E minhas experiências com testes vão crescendo... Ainda não tenho nenhuma história legal da faculdade para contar, mas com certeza virão algumas!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Salvem as baratas!

Quando Deus (dizem) criou o mundo, Ele não o deixou despovoado. Nem haveria motivos, qual seria a graça de um mundo vazio? Para morar aqui neste planeta, foram inventados os animais, dos mais variados tipos, cores e tamanhos. Logo depois, surgiu uma outra espécie de bicho, o Homem, que deveria pôr ordem na casa.

O Bicho Homem até que fez bem o seu trabalho, mas sabe como é o poder... Logo, ele começou a se achar o maioral, o dono de tudo, o rei da cocada preta. E aí, começaram os problemas. Bicho Homem esqueceu que era uma simples criatura e passou a destruir o que não era seu. Não percebeu que morava aqui de aluguel, que a casa não era só dele e de seus parentes. Que havia mais animais no mundo, todos eles com o mesmo direito de viver. O resultado disso, todos conhecemos.

Felizmente, alguns exemplares da espécie humana se deram conta do estrago e começaram a lutar pelos direitos dos outros animais. Surgiram os ativistas, das mais variadas causas. Alguns lutam pelas baleias, outros tentam preservar os elefantes. Há quem se preocupe com as focas, ou com os tamanduás... Mas existe um animal muito injustiçado, com o qual ninguém se importa. E isso não pode ficar assim!

Se todos os animais, sem exceção, têm direito à vida, por que as baratas devem ser exterminadas? Que direito temos nós de acabar com elas? Quem nos deu tanto poder? Estou lançando, aqui, a campanha pelo fim da matança indiscriminada de baratas. Você se engajaria?

Tudo bem, elas têm lá os seus defeitos. São feias, sujas, nojentas e nos dão medo. Transmitem doenças. Mas alguém merece morrer por causa disso? Existem milhões de pessoas feias, sujas, nojentas e assustadoras. Vamos matá-las? Impedir que procriem? Tacar veneno na casa delas? Chamar um homem, para bater nelas com um chinelo? Decisão difícil...

A questão, brincadeiras à parte, é que continuamos pensando igual ao Bicho Homem lá do começo da história. Somos nós que decidimos quem continua dividindo a casa conosco e quem tem que cair fora e ir cantar em outra freguesia. Agimos como se o mundo fosse uma versão qualquer do Big Brother.

Ah, você não se importa com as baratas? Não tem problema! Elas estão longe da extinção. E ainda sobreviverão ao Bicho Homem. Quem é o verdadeiro rei da cocada preta, mesmo?


Elas também têm direito!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Faça o que eu digo, não o que eu fiz

Como é o meu primeiro texto neste Blog, estou me sentindo particularmente generosa. Por isso, vou dividir com vocês algumas lições que aprendi ao longo da vida, muitas delas a duras penas. Para que sejam capazes de avaliar a preciosidade dessas informações, direi exatamente o quanto me custou o aprendizado.

A Lição: Na Universidade, cada um cuida de si.
O Custo: Por achar que “não é justo começar com tanta matéria”, adiei todas as obrigatórias, e foi quase um ano para tirar o atraso. Além de ter pago uns 839 micos, por não ter lido os textos da aula, “Porque o professor não pediu...”

A Lição: Não dar aos metidos da escola mais valor do que eles têm.
Basta observar como se comportam, tratam os outros, a importância que dão para a aparência, para ver o ridículo que há neles.
O Custo: 15% do tempo total da minha adolescência me preocupando com o que os outros iam pensar. Tempo equivalente a dúzias de passeios no shopping, mais todas as temporadas de Arquivo X que poderia estar assistindo, mas não assisti, por estar ocupada demais curtindo uma auto-piedadezinha safada.

A Lição: Ocupe a cabeça com o que achar que for útil, ou com o que o faz feliz. O resto não merece que se incomode.
O Custo: Aproximadamente 6 anos passando a tarde em atividades de que não gostava, como natação. Enquanto isso poderia estar na Yoga, ou ouvindo Ramones, como os meus amigos.

A Lição: Só leve a sério os estudos, o trabalho, a família e os amigos de verdade. E só. E, mesmo eles, não muito.
O Custo: Preocupações o suficiente para causar uma crise de gastrite nervosa aos 14 anos. Fazer dietas malucas também não ajudou.

A Lição: Não precisa de amigos que o tratam como se não tivesse importância.
O Custo: Anos andando com uma galera nada-a-ver, adicionados de paixonites por caras que não me davam o menor valor. Quando penso que poderia estar com as minhas melhores amigas da faculdade já no 3º colegial, me dá uma raiva no coração que não pode ser boa para o meu desenvolvimento espiritual.

A Lição: Se você topa “por acaso” muitas vezes com uma pessoa em especial, é possível que ele ou ela esteja fazendo isso de propósito.
O Custo: uma quantidade de tempo não divulgada até sacar que um certo rapaz estava afim de mim.

A Lição: Quando um rapaz implica com você sem razão aparente, é possível que ele goste de você. Tenha ele 12 anos ou 30.
O Custo: Mandei para a Diretoria um garoto de 12 anos perfeitamente namorável.
O Bônus: Mandei para os quintos dos infernos uma roubada de 30. É ficarei mais atenta daqui para frente.

A Lição: Se nem a mãe do rapaz deu jeito nele, não será você que vai.
O Custo: Ver uma amiga querida sofrer por causa de um perfeito imbecil.

Como puderam ver, não sou muito adepta ao chavão “Se pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo”. Só não posso dizer que não valeu a pena.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Carnatal.

Essa semana eu vou falar da sociedade pós-guerra fria. Das divisões sociais presentes nas capitais do nosso país. E de como ela afeta, e muito, a nossa sociedade. Resumindo: Vou falar de micareta!
Mas o que essa festa, que é condenada por qualquer Mirtes que se preze, tem a ver com tudo isso.
Mas amigos, se olharmos bem, através das micaretas podemos analisar as divisões de classe sim! É que as micaretas têm blocos... Esses blocos têm bandas... Algumas bandas são mais bem pagas que as outras... Então alguns blocos são mais caros.

Então aqui vai uma análise social de alguns blocs do Carnatal, micareta realizada na minha cidade e que é considerada a maior do país, sendo que entrou no Guinness como maior estrutura de ferro desmontável e tali coisa... Voltando a análise...


Cerveja e coco: Ricos, muito ricos, em geral jovens estudantes das escolas mais caras no dia do Asa de águia...
A situação fica um pouco diferente no dia da Ivete... Reparei um povinho diferente.

Chiclete com banana: Ricos em dificuldades financeiras e pessoas com mais de 40 anos... Ou os famosos e irritantes chicleteiros

Me leva UnP: Jovens que durante todo o ano freqüentaram o Vila Folia e que não perdem um show na Fortaleza do forró . O estado em que essas pessoas vão pra casa é o mais interessante nesse bloco (o bloco oferece cerveja, Pepsi, H2O e coisas do Pits Burg.. Imagine agora o hálito! E o estado estomacal no outro dia).

Bicho: Pessoas que dividiram o abadá em 1452 X no cartão! Festejam bastante e na segunda-feira são demitidos de seus devidos empregos

Aviões elétrico: Pobres que querem participar da brincadeira de qualquer forma, mas não podem gastar dinheiro de jeito nenhum, também não têm cartão pois estão no SPC. Os micareteiros desses blocos ouvem a rádio 96 o tempo todo e adoram músicas que falem de bebedeira.

Cidadão nota 10: Penso que a música tema desse bloco devia ser “Eu sou pobre, pobre, pobre, de marre, marre, marre...” só que sem a parte do rico, rico, rico... O abadá é pago com notas fiscais. Ou seja, só pessoas que não podem pagar nem o Aviões elétrico, mas não querem pagar mico indo na pipoca, vão nesse.

Arquibancadas: Todo tipo de gente... Desde quem não tinha dinheiro pra um bloco (ou camarote) e dizem que estão lá por que dá pra ver todos os blocos, até as pessoas com dinheiro, mas pão-duras.

Camarote: Lá estão as pessoas da alta. E daí? São chatos, passam o tempo todo sentados comendo uva e tomando champagne sem nem ligar pra o cantor que está passando... ficam lá... parados e com cara de “cheira-peido.
Pipoca: Sem comentários. É na parte free da micareta onde todo tipo de coisa acontece... e de onde surgem as lendas natalenses de carnatal, como aquela da garota que acordou no outro dia com 50 camisinhas em volta dela.
É mais ou menos isso.
***

Divisões a parte, o fato é que o Carnatal é uma festa bacana, e faz parte da cidade, é mais importante que o carnaval... E não importa quanto foi o bloco, o que importa é se divertir... E se prestarmos atenção os blocos com preços mais populares são os mais animados.

***

Esse ano a equipe da RedeTv fez a cobertura, hoje na reprise do Pânico deve passar a matéria que fizeram aqui.

***

Fato do ano:
Robaldo Ésperman: Íris, em que estado nós estamos.
Íris: Não sei... Bahia?
Robaldo Ésperman: Emílio, não precisamos mais da Sabrina...

***

A RedeTV de ta falida, por que as matérias estavam indo ao ar até pouco tempo, e já fazem duas semanas que o Carnatal passou...

***

Falar em RedeTV... viram o que eles fizeram com o programa Dr. 90210?

***

Agora vou parar de falar besteira.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Uma vida menos ordinária....

Uma vida menos ordinária, é o que eu queria. Uma vida em que eu pudesse levantar todos os dias e pensar que algo novo ia acontecer, que algo novo, e principalmente, BOM, iria ocorrer naquele dia.
Os famigerados leitores de livros de auto-ajuda (aka "O Segredo") vão dizer que eu posso fazer isso, mas depende apenas de mim fazer com que isso aconteça.

Caiam na real...

As melhores coisas boas que acontecem na vida acontecem por acaso (ou melhor dizendo, "no ASSIM CHAMADO acaso").
Todo mundo espera virar uma esquina e encontrar 100 reais no chão.
Acaba encontrando 5, ou 10... Mas isso já faz um dia mais feliz.
Todo mundo pensa em encontrar o amor da sua vida na próxima festa, ou no próximo ônibus, ou na próxima fila de supermercado.
Acabam encontrando na sala de espera do dentista, na fila da padaria, ou no posto de gasolina. Não que esse amor da vida dure pra sempre... Mas isso já faz o dia ficar melhor...
Todo mundo acredita que a vida vai melhorar...
Melhora, mas não tanto quanto a gente queria... Mas isso já satisfaz, e nos dá coragem e força pra continuar seguindo.

O que me chateia é que essas pequenas coisas que fazem a gente ter mais fé, mais vontade, mais dignidade, mais força pra continuar, acontecem muito pouco.
Pouco demais.

Às vezes penso que continuo vivendo por teimosia, muito mais do que por vontade...

Essas pequenas coisas são importantes, são o combustível, pra manter a gente caminhando sempre em frente...
Mas quando elas acontecem pouco, assim como o carro pode parar de andar, a gente pode parar de seguir em frente, também.

Aí sempre aparece aquele que diz "Não desiste, não... Segue em frente, que vai valer a pena..."

Algumas vezes, eu já me arrependi de dar ouvidos à essas pessoas... Embora, se não tivesse ouvido elas, não sei como a minha vida estaria agora...

Uma vida menos ordinária, é o que eu queria. É claro que eu não posso querer uma vida sem nenhum percalço. Mas que houvessem apenas algumas coisas pequenas no caminho, ao invés de apenas pedras, pedregulhos e rochas, e eu já seria mais feliz.


Até lá, eu espero aqui...

--§--

Este texto é apenas um desabafo. Voltaremos à programação normal em alguns dias.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O pessimismo em sua plenitude

Como vocês poderão perceber durante nossa convivência aqui no Talicoisa, eu sou uma pessoa um tanto quanto confusa – ou bizarra, como vocês preferirem. Vocês já devem ter notado que meu humor sofre alterações constantes e, conseqüentemente, os meus textos também. Nas primeiras investidas aqui dixei meu lado romântico tomar conta de mim e até gostei do resultado. Semana passada já chutei o pau da barraca e hoje a coisa vai ser ainda mais diferente.

Vou falar sobre meu poeta preferido e vocês verão que de romântico o homem não tem é nada. Pra começar, meu poema preferido dele é esse, chamado “Versos íntimos”:

Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Sutil o moço, não? Repararam nas rimas perfeitas, na métrica dos versos? Simplesmente primoroso, seguindo à risca as regras do Parnasianismo, movimento do qual fez parte (e o meu preferido, diga-se de passagem). Mas o cumprimento das regras pára por aí. Repararam no pessimismo presente em cada palavra? Um pessimismo expressado em sua plenitude, de uma maneira fantástica. “O beijo, amigo, é a véspera do escarro”.Tem coisa mais pessimista do que isso, gente?

Não me perguntem porque que gosto tanto das poesias do Augusto dos Anjos, eu não saberia explicar. Mas ele escrevia de uma maneira que mexe comigo. Talvez pelo estilo único, pelo linguajar às vezes rebuscado ou porque eu gostaria de tentar entender o motivo pelo qual ele escrevia sobre essas coisas. Ou, talvez, porque nunca nenhum poeta ou escritor se atreveu a escrever sobre o que o Augusto dos Anjos escreveu – e da maneira que escreveu. Isso me perturba, mas, ao mesmo tempo, eu admiro toda sua obra. Tá vendo como eu sou estranha? Pois é...

Pelo que eu já estudei sobre o homem (vocês sabem que eu sou jornalista, e jornalista fuça em tudo, pesquisa sobre tudo e quer saber sobre tudo) dizem que ele era um cético em relação às possibilidades do amor e falava muito sobre o “eu”, que foi sempre o centro de suas poesias. O que me intriga é que não só o amor, mas todos os assuntos que ele aborda em sua obra, acabam sempre sendo reduzidos ao asco, ao nojo. Ele se apóia em termos e palavras científicas e passa longe das palavras suaves. Não foi sem motivo que ficou conhecido como o Poeta da Morte.

Ele só teve um livro editado, chamado “Eu” (eu tenho, eu tenho!), que reúne todas as suas poesias. Quando leio e releio o livro, sempre há algo diferente, que eu não havia reparado antes. Ele revela um pessimismo atroz, suas temáticas sempre giram em torno da morte, da decomposição da matéria, dos vermes, do mórbido. Revela, ainda, e acredito que de forma mais enfática, uma visão trágica da existência. Da dele? Da nossa? Das pessoas daquele tempo? Não sei. Só sei que Augusto dos Anjos foi um poeta singular, eu diria até único, com um estilo jamais visto na literatura brasileira – e talvez mundial, eu me atreveria a dizer. É, sem dúvida alguma, meu poeta preferido. Só queria saber, por alguns instantes que sejam, o que se passava na cabeça desse homem, que morreu cedo, aos trinta anos de idade, em 1914. Fico imaginando o que mais ele teria produzido se tivesse tido mais tempo por essas bandas.

Pra vocês, mais uma poesia desse paraibano. Mais uma das minhas preferidas, dentre todas as escritas por ele. Essa se chama “Psicologia de um vencido” e é simplesmente sensacional:

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme -- este operário das ruínas --
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

É ou não é uma coisa de louco? Você conseguiria usar esse monte de palavra estranha tudo junto assim? Eu não!

Acho que o assunto não encerra aqui. Acredito que eu ainda volte a falar sobre Augusto dos Anjos no Talicoisa. E, quem sabe, não consigo arrebatar mais algumas pessoas para o rol de admiradores de sua obra por aqui. Já fico satisfeita se consegui despertar a curiosidade de vocês.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Meu Refrão

Nem é preciso rodar muito pra ouvir alguém soltar a lamúria “Ai, o dia devia ter mais que 24 horas”. E pela primeira vez em 21 anos eu sinto isso com uma nitidez inquietante.

O dia de fato precisa ser um pouco maior. É que tem tanto a ser lido, tanto a ser visto, tanto a ser construído, conquistado, apreciado, que não cabem nessas 24 horinhas de merda. Excluindo-se o fato de que precisamos de algumas dessas horas pra dormir – coisa que deliberadamente considero um desperdício.

Pois bem, sempre fui uma completa mula quando se trata de cronometrar funções no dia. “Compromissos da semana”, “Coisas a fazer no Dia de Finados”... Ora, pra que cargas d’água regular cada milésimo de segundo, meu Brasil? Desse jeito parece ter um general comandando a vida do sujeito a plenos poderes. O jeito é ir desempenhando as tarefas ao melhor modo “Deus proverá”.

Depois, ando caindo de sono. Basta achar um canto onde eu possa me encostar que logo desabo. Mamãe diz que eu sofro de Síndrome da Cerca Velha, por viver me escorando. E o sono é um moleque birrento. Se ele se manifestar e for ignorado, logo o danado retorna em forma de uma dor de cabeça encomendada pelo próprio demo.

Diante das desumanas obrigações que a Universidade, o Trabalho e os cursos acumulam, a vida em si fica pra segundo plano. Não dá pra tirar duas horas pra ver um filme, nem quatro horinhas pra fornicar, nem muito menos alguns minutos pra cultivar o ócio.

Essa mané Responsabilidade deve ser uma senhora buçuda, com um penteado da década de 50 e vestido de bolinhas, que foi se instalando na minha vida como uma praga. Basta que eu surrupie alguns minutos pra coçar, que ela põe as mãos na cintura e esbraveja: “Procura estudar, rapaz! E quanto às pendências que você deixou no serviço, hein? Porque você não procura prestar um concurso público? Nem pensar em cinema, meu jovem! Já esqueceu da prova de História Colonial??”.

E é quando recuso o convite dos amigos pra ficar e tomar mais uma, que a ficha cai e eu concluo: “Meu Deus, virei adulto!”.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007


Gente,


Eu estou estudando loucamente para a segunda etapa do vestibular (domingo e segunda) e por causa disso não deu tempo de preparar um texto pra hoje.

Semana que vem eu volto!

Beijos ;)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Bye Vivi! Hi Marina!

Bom gente...

Um post fora de hora só pra contar da nova aquisição do Talicoisa...

Direto de Brasília, DF, ela atende em qualquer hora, qualquer lugar. Não aceita propina, faz biquinho e ainda por cima é funcionária pública. Gosta de piñas coladas e jogging.
A Brasiliense MARINA vem para o Talicoisa, no lugar da Vivi, que precisou cuidar da vida e não teve mais como cuidar do seu espaço aqui.

Sentiremos saudades, Vivi, e esperamos que um dia, talvez, vocÊ esteja conosco de novo.

Detalhe: Dave agora posta às Quartas, e Marina toma o seu lugar aos Domingos.

Uma cartinha para o Papai Noel


Querido Papai Noel...

Estou escrevendo porque o Natal se aproxima e eu tenho alguns pedidos, que eu gostaria de ver atendidos. Tudo bem, eu sei que não tenho mais idade para acreditar no senhor... E devo dizer que não acredito mesmo, já que o senhor está em todos os lugares, vestido com essa roupa insuportavelmente quente, dando essas gargalhadas que mais assustam do que divertem. Isso tudo só prova que a sua existência só pode ser coisa da imaginação de alguém, mesmo.

O quê? Se eu não acredito em Papai Noel, por que estou escrevendo? Simples: é que os presentes que eu quero também não são encontrados aqui, na vida real. Então, concluí que só um ser imaginário poderia dar conta de me trazê-los. Posso revelar a minha lista? O senhor jura que lê até o fim?

Primeiramente, eu gostaria de ganhar uma máquina de sonhos. Sabe, Papai Noel, quando a gente dorme, sonha um monte de coisas, que nem sempre fazem sentido. São pequenas histórias, em geral fragmentadas, e a gente não consegue lembrar de tudo ao acordar. Existem também os sonhos engraçados, os enigmáticos, e aqueles em que o Brad Pitt faz figuração. Por isso, eu gostaria muito de ganhar a maquininha. Durante o sono, ela grava todas as imagens e sons que passam pela nossa mente. Depois, é só assistir no aparelho de dvd! Prático, não?

Se a maquininha for muito difícil de encontrar, serve o nariz da Feiticeira. Não, não estou ficando louca. Ah, vai me dizer que o senhor não lembra do seriado? A bruxa Samantha, casada com o James... Lembrou? Ela conseguia tudo o que queria só mexendo o nariz de um lado para o outro. É o meu maior sonho, nunca mais ter que lavar louça, nem arrumar a casa, nem fazer compras no mercado. Tudo o que eu teria que fazer seria dar uma mexidinha no nariz...

O que mais? Eu ia pedir uma máquina de teletransporte, mas depois do que aconteceu no filme “A Mosca”, não vou arriscar. Imagina o senhor se eu, uma moça fina, me transformo num monstro horrendo, que tem o péssimo hábito de vomitar na frente dos outros e depois ainda engolir tudo de volta? Nem pensar! Melhor pedir outra coisa...

Já sei! Uma fada madrinha! Igualzinha a da Cinderela! Com a diferença de que não quero que minha carruagem vire abóbora à meia-noite. Porque, convenhamos, à meia- noite a festa está apenas começando, não é? E digo mais: a minha fada madrinha tem que estar a minha disposição sempre que eu pedir. Eu poderia deixá-la guardadinha numa caixinha... O que o senhor acha?

Bem, caríssimo Papai Noel, meus pedidos são esses. Espero que pelo menos um deles o senhor atenda. Antes de me despedir, posso fazer uma pergunta? Quando o senhor era criança pequena lá na Lapônia, não lhe ensinaram que é muito feio invadir a festa dos outros? Longe de mim querer causar discórdia, mas o senhor não reparou que quem está de aniversário no dia 25 de dezembro é outra pessoa?

Vou ficando por aqui, porque falei mais do que devia...
Um abraço,


Luna.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Como ser famoso(a) no Brasil

Ser famoso(a) no Brasil não é difícil... se você pegar uma revista de fofoca de três anos atrás verá as mesmas coisas feitas por pessoas diferentes. São os mesmos passos... seguindo-os você facilmente conseguirá uma capa numa revista com um preço promocional de 1,99, promoção por tempo limitado que dura para sempre, como a "Mais Feliz".

1- Seja bonito(a)- Lembro que não estou considerando o talento ... se você não parece a Barbie ou o Ken tem que ter muito disso, talento. Se falta talento, só vai na beleza física mesmo...

2- Mude-se para o RJ- Infelizmente é assim... Não tem como fazer dinheiro, aparecer em revista e tudo mais, se você não está no Rio... Tá tudo lá! Paparazzi e tudo o mais.

3- Comece como modelo- Você tem que ter uma profissão, ? Levando em conta que você preenche o item 1... vai a profissão de modelo mesmo... é a mais fácil e mais acessível...

4- Namore um pagodeiro, jogador de futebol, ou qualquer pessoa que seja morena e pinte o cabelo de loiro- Pronto, aí é que aparece sua primeira nota em uma das revistas que a Sônia Abrão provavelmente lerá no ar

5- Entre em uma escola de samba- E brigue com a Viviane Araújo pelo posto de rainha da bateria! Aí você terá sua primeira manchete no TV Fama

6- Fique aos beijos com algum(a) global- Mas as escondidas... de preferência próximo à uma janela de vidro de um restaurante cheio de Paparazzis na porta.

7- Faça uma plástica- E chame o TV Fama... Aí a repórter vai dizer: Estávamos passando em frente essa clínica de estética e por acaso encontramos... e com isso você ainda ganha a oportunidade de fazer um ensaio sensual...

8- Faça uma tatuagem- Com o nome do seu namorado(a) famoso(a)... mas tem que ser quando o namoro estiver em crise, por que aí você terá duas matérias... uma com você colocando a tatoo... e outra com você tirando... tudo isso filmado pelo repórter ofegante do "A tarde é sua".

9- Vá ao programa do Gugu e depois no da Hebe- mesmo que não tenha nada a dizer.

10- Tenha respostas prontas pra determinadas perguntas- Se alguém lhe perguntar o que você vai fazer em 2008 ,você diz: Estou estudando algumas propostas.



Pronto, aí você já poderá ter o gostinho da fama... que se resume uma cena típica:

Sair de um prédio sendo rodeado de paparazzis, passar furiosamente por eles, levantar os óculos escuros, entrar no carro e bater a porta com força!


Só tenha muito cuidado com suas finanças... se não vai acabar aparecendo no programa da Sônia de novo, mas em baixo estará escrito:


"Modelo famoso(a) pede socorro financeiro."


******
Pessoal, o texto foi meio nas coxas, mas vocês têm que entender as dificuldades de se criar algo quando tem muuuuuuuuuuuita gente ao seu redor.

Bem... o que posso dizer? Existe uma grande conspiração contra Frank Fidel...

Como alguns de vocês devem saber... esse meu tempo fora do blog foi devido a falta de pagamento da conta do telefone, que veio muito alta... Acontece que assim que minha mãe pagou a conta meu PC deu um treco e não pega mais...


E aqui estou eu mais uma vez numa lan house... Mas desse vez não vim só me justificar... Vim escrever também...


Aguardem que daqui a pouco vem texto novinho...


Eu ia escrever sobre o carnatal, maior micareta do país, aconteceu aqui na minha cidade, só que foi a semana passada, ou seja, assunto velho.... Mas vejam hoje no Pânico que vai ter uma matéria sobre.



Bjus... e volto já!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Irritada, eu? Impressão sua...

Diz uma lenda urbana que é difícil entender as mulheres, que somos muito complicadas, mudamos de humor de uma hora para outra, somos possessivas e etc. Eu tenho um amigo muito do sábio que diz que não tem que tentar entender as mulheres, apenas aceitá-las como são. Se bem que às vezes não é tão fácil assim, dependendo da época do mês, então...

Eu preciso dizer pra vocês que essas últimas semanas têm sido o inferno pra mim. E, dentre as muitas razões (trabalhando quatro anos direto sem férias, estresse, pouco dinheiro no banco, muitas contas para pagar, muito mês pra pouco salário), aquela, a maldita, depois de muito tempo veio me perturbar. É ela uma das culpadas pelos homens reclamarem que não conseguem nos entender... E veio com força total dessa vez: a TPM.

O terror de qualquer homem! Também, coitados, nós viramos outra pessoa quando estamos nessa fase. É um turbilhão de hormônios se movimentando pela corrente sanguínea, junto com uma série de emoções misturadas e dores que se espalham pelos mais diversos locais de nosso corpinho. É daí que vem a alteração de humor repentina, rapazes.

Eu, por exemplo, sinto dor nas costas e vontade de chorar compulsivamente sem nenhum motivo aparente (se bem que meu Curíntia do coração foi rebaixado essa semana, pode ser um motivo...). Mas o mais comum nessa época do mês é o mau humor. Acredito que nenhuma de nós que tem a tal da tensão pré-menstrual escapa desse fantasma. Eu já não sou uma das pessoas mais simpáticas do mundo, então imagina a situação e a cara de poucos amigos desta que vos escreve durante esses dias. Mas, queridos, não é nossa culpa. Tudo bem que parece que acabamos de trocar a ferradura e qualquer palavra dita de forma diferente pode virar um motivo para discutir a relação. O tempo pode fechar de uma hora para outra e uma tempestade cair sobre sua cabeça sem você ter tempo de entender o que está acontecendo. Acreditem, pra nós, mulheres, é assim também. Em um momento estamos bem; segundos depois parece que o mundo inteiro virou-se contra nós...

Eu simplesmente detesto ter TPM. Sério! Eita, negocinho chato. E ela me atacou bonito nesses últimos dias. Tanto que estou evitando ao máximo o contato social com pessoas e/ou animais. Até o toque do telefone me irrita, o barulhinho do MSN, vozes, olhares, gente!

E não me olha torto, hein! Vocês sabem que se uma mulher cometer assassinato e for provado que ela estava nesse período mensal fatídico, ela pode ser considerada inocente, né? Eu já pensei em matar alguém e usar esse argumento como defesa. Mas passou, foi somente um lapso, não se preocupem. Mas não recomendo atravessar o meu caminho por esses dias. Questão de segurança pública, entende?



Se namorado eu tivesse, seriam assim nossas conversas nesse período.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

E com a palavra.... A Pedagoga:

Ser professor antes de tudo é ser sonhador, todo professor sonha com uma sociedade mais justa, mais fraterna e com menos desigualdades sociais.
Ser professor é ser amigo, tal amizade permite ao mestre ouvir de seus jovens, confidências, ora de alegrias, ora de tristezas, tais confidências muitas vezes não são compartilhadas em um seio familiar, isto é notório porque muitos jovens não encontram este alicerce no lar, sendo assim, encontram no mestre, alguém para desabafar suas angustias.
Ser professor é ser sensível, tal sensibilidade, faz o mestre se encher de alegria diante do sucesso dos jovens, tal sensibilidade, faz com que o mestre também sofra diante do sofrimento de muitos jovens que muitas vezes vivem a margem da sociedade.
Ser professor é ser ousado, é esta ousadia que faz com que o mestre supere os obstáculos do sistema para dar um pouco de esperança aqueles que necessitam.
Ser professor, é ser aprendiz, aprendemos lições de vida com os nossos jovens, lições que não são expressas em nenhuma enciclopédia ou livro.
Ser professor, também é ser idealista, tal idealismo faz com que o mestre encare as lutas, as adversidades, as injustiças e a falta de recursos que permeiam a educação, não como desânimo, mas sim como estímulo, estímulo para cada dia fazer melhor a arte de ensinar.
Que este momento seja de reflexão, ao trabalho deste, que um dia todo especial de forma meiga e serena, nos ensinou a escrever o mais sublime dos sentimentos, Ele; o professor, nos ensinou a juntar as letrinhas A - M - O - R e escrever AMOR.



*******
Infelizmente este texto é uma reedição. A Vivi tá estressada com mudança de endereço e atividades sobre o natal (procura-se um pinheiro; pode ser semi-novo)
Até mais;

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Avalanche de fé




“Atualmente virou apresentadora de TV e transformou em sucesso o programa cult-erótico Noite Afora, da RedeTv!, que saiu do ar em maio de 2004. Também se tornou evangélica. Primeiro, seguindo a Igreja Sara Nossa Terra e depois a Igreja Bola de Neve (sim, você leu direito).”.

Eu li isso sobre a Monique Evans no Almanaque Anos 80 (página 44) e fiquei pensando em como seria essa tal Igreja Bola de Neve, a religião tinha virado uma palhaçada total.Acabei esquecendo o assunto até umas semanas atrás quando eu vi a Monique na televisão, claro que lembrei imediatamente da Bola de Neve! Então fui no Google e acabei parando no site da Igreja, levei meio minuto para compreende que o que eu estava vendo não era a homepage de uma grife de moda surf:







Segundo a Wikipédia, a Bola de Neve Church foi criada pelo pastor, agora apóstolo, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira (“pastor Rina”), existe um programa de televisão (Bola TV) e um selo fonográfico (Bola Music). A Igreja recebeu esse nome porque os idealizadores achavam que ela iria crescer muito.
Acertaram, a Bola ficou pop e já saiu até em reportagem da revista Época.
Completando minha pesquisa no Orkut, descobri algumas comunidades:
- Casei na Igreja Bola de Neve
- Bola de Neve Fighters
- Sou do Bola, muito prazer!
De todas essas Igrejas que pipocam por aí, a Bola de Neve me cativou (isso não quer dizer que eu vou correndo pro próximo culto) :
Em vez de Carola, Maria-parafina, e no lugar daqueles crentes com camisa abotoada até o pescoço e Bíblia embaixo do braço... Surfistas e skatistas!
Muito mais beesha!




segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Quer me irritar? Pergunte-me como!

Insista comigo
Algumas pessoas têm o que se pode chamar de síndrome de vendedor. Vendedores nunca aceitam um “não” sem replicar. Até porque, se aceitarem, deixam de ganhar a comissão e não atingem as metas. Eu entendo os vendedores. Não entendo é gente que age assim no dia-a-dia. Há quem diga que uma mulher, quando diz não, quer dizer talvez. Mas nem sempre é o meu caso! Tenho vontade de arrancar, um por um, os dentes de quem fica insistindo comigo.

Comece a contar piadas
“Sabe aquela do português?” Quando ouço essa introdução, começo a murchar. Detesto ouvir piadas! Talvez seja despeito por não saber contá-las. Ou receio de não achar engraçado e ter que fingir um sorriso. Não sei... A verdade é que, quando alguém resolve contar piada, fico muito constrangida. Vergonha alheia, sabe? E detesto sentir isso!

Dê palpites na minha vida
Diz o ditado que conselho só se dá a quem pede. Mas algumas pessoas não dão ouvidos à sabedoria popular e começam a distribuir conselhos a torto e a direito, até mesmo sem ter intimidade com o aconselhado. E eu fico ouvindo dicas de corte de cabelo, receitas infalíveis para arrumar namorado, as últimas novidades para ganhar massa muscular e deixar de ser magrela, diagnósticos de doenças mentais... Perdoe-os, Mãe, eles não sabem o que falam!

Faça perguntas, muitas perguntas...
Conversar, geralmente, implica em perguntar e responder. Até aí, beleza. O problema é quando começa a síndrome do investigador policial. Existem pessoas que conseguem transformar qualquer diálogo num interrogatório. É chato ficar só respondendo perguntas, o tempo todo! Cá entre nós, meu pai faz isso...

... e não ouça as respostas
Não sei o que me emputece mais: responder mil e duzentas perguntas ou sentir que a pessoa não está prestando atenção às minhas respostas. Sim, tem gente tão louca que é capaz de perguntar coisas que não quer realmente saber. Será que é só pra me fazer perder tempo?

Use a terceira pessoa para se referir a mim, mesmo eu estando presente
Em outras palavras, me chame de “ela”. Essa mania não é apenas irritante, é falta de educação. Qualquer livro de etiqueta pode confirmar isso. Fica parecendo que eu não tenho voz ativa, ou que estou vegetando e não posso responder pelos meus atos.

Subestime a minha inteligência
Eu posso não ser o Albert Einstein, mas burra eu não sou. Se você pretende fazer com que eu sinta vontade de torcer seu pescoço, é muito fácil. Basta subestimar a minha inteligência. Como? Explicando-me coisas que eu já sei, mas que você acha que eu não tenho capacidade para entender. Certa vez, quiseram me dizer, com todos os detalhes, o que era uma metáfora. Hello!!!! Eu fiz faculdade de Letras! Não terminei, mas isso não vem ao caso.

Transforme fatos do meu passado em anedotas
Isso é coisa de mãe. Todas as mães já nascem geneticamente programadas para embaraçar os filhos. E aí começam a contar pequenos causos constrangedores do passado da prole, para divertir as visitas. O mais legal é que isso é feito na presença dos envolvidos nas historinhas. Poxa, se a falta de assunto é tanta, não seria mais fácil falar mal da Suzana Vieira? Ela está aí pra isso! Quando acontece comigo, além de dar um sorrisinho amarelo, eu desvio o assunto. Sempre. Afinal, mãe não se pode desrespeitar. Só em pensamento...

Use o telefone para imbecilidades
Já falei, em outro texto, do meu apreço pelos telefones. No meu trabalho, quando não consigo fugir, tenho que atender as ligações. E já ouvi cada disparate! Certa vez, alguém teve o displante de me perguntar se eu sabia o número de um serviço de telemensagens!Eu respondi: “Aqui não é Central Telefônica”. E a querida ainda me chamou de grossa. Se ela não tivesse desligado, eu a chamaria de anta. Não é lindo trocar gentilezas?

Meta-se no meu serviço
Ok, eu sei que a função de um chefe é coordenar a bagaça, ver se as coisas estão andando, se tudo está sendo feito direitinho e coisitali. Porém, não é função do chefe agir como se seus subordinados tivessem cinco anos de idade. Ou seja, não precisa repetir cem vezes a mesma coisa, nem interferir quando tudo está indo às mil maravilhas. Ainda mais no serviço público, onde eu atuo, em que quase todas as tarefas podem ser feitas no piloto automático. Acho que, nesse caso, os chefes fazem isso simplesmente para que nós não nos esqueçamos que quem manda lá são eles. Eu prometo que não esqueço, mas agora dá pra me deixar trabalhar?

E aí? Vai encarar?

(Este texto também é uma reedição)

domingo, 2 de dezembro de 2007

Eu poderia estar roubando, matando...

Atualmente um dos grandes trunfos mercadológicos consiste na venda de traquitanas pelos ônibus das grandes cidades. E essa é uma tendência tão promissora, que é praticamente impossível concluir uma migração pendular sem ter sua viagem interceptada por um desses empreendedores da modernidade.

O que realmente chama a atenção é a detestável falta de inovação que assola a vida desses profissionais. Aconteça o que for eles nunca mudam o discurso. Um dos mais conhecidos parte das famigeradas Gangues do Riso, que juram pelos deuses suas boas ações, mas ninguém nunca viu nenhum desses palhacinhos em hospital, creche ou asilo algum!

As Gangues do Riso (amarelo)

“Primeiramente como um gesto de educação, eu gostaria de desejar uma boa tarde a todos! Boa tarde pessoal!?? *silêncio* Ahh gente! Esse boa tarde foi muito xoxinho! Vamos de novo! Boa tarde pessoal!!!?? *silêncio* Ahh! Agora melhorou! Bom pessoal, eu faço parte de uma entidade benefiCIente que ajuda crianças, idosos e pessoas que estão em hospitais, asilos e orfanatos, levando uma mensagem de amor, paz e fraternidade! Mas como eu disse anteriormente pessoal, nós somos benefiCIentes e não temos como nos manter a não ser vendendo esses cartõezinhos que a minha coleguinha está distribuindo para os senhores...”

Pegue meu papelzinho sujo e carcomido!

Tem aqueles que sapecam sem dó nem piedade um papelinho muito do imundo e nem pedem licença! Mas o discurso, esse é igual! Aliás, esse ramo do negócio – o do papelzinho xexelento - geralmente dispensa discursos mesmo. Os que adoram palestrar são os célebres vendedores de balas...

Os célebres vendedores de balas

“Boa tarde a cada um dos senhores! Boa tarde a cada uma das senhoras! Essas deliciosas balinhas do coração que acabei de entregar para cada um dos senhores, que entreguei *glup* para cada uma das senhoras, custam apenas 50 centavos ou um passe escolar ou três peruvale* transporte! Olha meus senhores, olha minhas senhoras eu peço desculpa estar incomodando a viagi de cada um dos senhores *glup* de estar incomodando a viagi de cada uma das senhoras e agradeço àqueles que puderem ajudar de coração, cooperando com meu trabalho!!”

O fato é que essas pessoas precisam de apoio, meu Brasil! Precisam de patrocínio! Poderá a posteridade contar com serviços de altíssimo luxo nos coletivos!? Senhores engravatados pedindo loucamente pro motorista deixa-los entrar por trás! Depois se dirigindo ao centro do busão onde apresentarão suas sofisticadas maletas contendo produtos das mais variadas espécies e finalidades!

E a falta de oportunidade, o que faz hein?

Este texto é uma reedição. Dave precisou ir numa Conferência da família dos Coelhos e prometeu divulgar o Talicoisa pro Pernalonga e pro Roger Rabbit. [GarotasQueDizemNi rlz]