terça-feira, 29 de julho de 2008

Ócio!


Depois de quase dois meses de férias eu já estou afim de voltar para aquela rotina básica de aulas-provas. Sério mesmo.
A falta do que fazer está me deixando mais idota do que o normal. Se antes eu perdia um tempinho procurando axés pré-históricos na internet, a coisa agora piorou totalmente: além de axés velhos eu vasculho pelas mais variadas breguices possíveis (trash 80´s, trash 90´s...Hoje eu atingi o fim do poço: videoclipes de Amado Batista).

O pior disso tudo é que eu não consigo me concentrar para nada. Nem pra fazer um texto que preste pro Talicoisa! Por isso saiu aquela insanidade semana passada ;)
Mas nem tudo está perdido, o ócio combinado com a insanidade acabou rendendo outro blog.
O blog específico para as éguagis talicoisísticas!!!
Semana que vem minha vida volta ao normal e com isso eu pretendo superar a putiviadági toda que tomou conta da minha mente!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Foi assim...

"O que estou fazendo num museu, sozinha? Por que está tão escuro? Deviam acender a luz, nem dá para ver as obras direito... Gostei daquele quadro amarelo, ali. Amarelo é o sol. Preciso de sol. Aqui é Ouro Preto? Acho que não...".

"Saí do museu. Acho que saí... É, eu saí. Andei na rua, até cansar. Ninguém falou comigo. Falar o quê? Ninguém fala com estranhos, mesmo. Andando, tive a leve impressão de que já conhecia aquele lugar. E apareceu um corcel. Branco. Eu ri. E segui em frente. Será que está chovendo? Não sei, mas ouvi um trovão, em algum lugar".

"De repente, apareceu uma pessoa. Essa eu conheço. É a Adriane! O que será que ela está fazendo aqui? Por que eu não entendo direito o que ela diz? Deve ser o barulho da chuva... Preciso dizer a ela que eu vi um corcel. Preciso dizer a ela que eu vi um corcel, mas não era azul, era... Ué, cadê a Adriane?"

"Deve ter ido embora... Já estou em casa, e ela nem sabe meu endereço. Vou dormir, mas como esse corredor é comprido. E o que a Marina está fazendo no meu quarto? Ela me disse que o quarto agora é dela! Que a casa é dela! Ah, que lindinho, ela tem um bebê. Será que eu posso segurar? Ué, o que a minha mãe e a minha tia estão fazendo aqui? E por que elas se dão tão bem com a Marina? Que estranho... Apareceu outra cama, do nada. Pelo jeito, vou virar colega de quarto da Marina. Eu, ela e o bebê. Não é tão ruim, eu sempre quis ter uma irmã".

"Lá embaixo, na cozinha, milhares de parentes. Eu suponho que sejam parentes, nunca vi a maioria dessas pessoas antes. Tem festa? E por que falam tanto? E por que a minha casa não é a minha casa? Quero dizer, é a minha casa, mas é totalmente diferente. Melhor deixar para lá. E do que será que a minha avó está rindo? Vou ver..."

"Uma piscina no meio da sala? Nossa, isso parece coisa daquele filme, Um convidado bem trapalhão, antigo. Adoro aquele filme. E quem convidou uma escola de samba para tocar aqui? Bem, pelo menos o meu avô está se divertindo... Meu avô sambando! Nunca pensei em ver essa cena! Pronto, caiu na piscina... Será que ele sabe nadar?"

"Marina está tocando violão no quarto... Como será que o bebê não acorda? Ah, já sei... Não é um bebê, é uma boneca! Por que não me disse antes? Brincadeira de mau gosto. E o que a gente faz com o berço, no meio do quarto? Marina é louca, só pode. Mas o quarto é tão lindo, tão grande... Quase do tamanho de um apartamento".

"Olho pela janela e vejo mais gente chegar. Tantos carros estacionados lá fora, parece que a festa está mesmo animada. Opa! Quem está chegando? Não sei, mas essas pessoas não podem entrar. Vieram de Corcel II. Corcel II não pode, é coisa de herege! Eu gritei isso da janela. Será que alguém entendeu alguma coisa? Mais um Corcel II?! Isso já é uma afronta, vou até lá".

Mais um trovão. Acordo e está mesmo chovendo. Mas é domingo, e eu vou dormir mais um pouco. Talvez eu consiga retomar o mesmo sonho. Posso permitir escolas de samba, festas malucas e até uma intrusa, também maluca, na minha casa. Gente chegando de Corcel II, jamais!

sábado, 26 de julho de 2008

A Segunda Guerra... do quintal

Os tanques avançavam ferozmente. Richard podia imaginar as gargalhadas que o Capitão Fritz dava a cada alvo destruído.
Sua tropa era praticamente a única restante. Eram homens e mulheres tenazes, fiéis e muito unidos. Mas os calhambeques de que dispunham não eram páreo, todos juntos, para um único Panzer. Mas que diabos! O que estamos fazendo aqui? Bradava Richard. Insistiu para que desembarcassem na Grécia, já que os nazistas estavam muito ocupados, tentando socorrer o incompetente do Mussolini. Mas não! Aqueles idiotas mandaram mil jovens, então cheios de vida pela frente, para o caldeirão de ira que se instalou na itália. Lhe restam trezentos soldados, se muito. Não teve tempo para contar, só estima pelos gemidos de dor que ouve, estão todos feridos, alguns com grande gravidade. Só lhe resta rezar, enquanto o ruído dos projéteis se aproxima mais e mais. Não sabe dizer se a agonia da espera é pior do que a morte iminente, mas é terrível, tanto quanto ter que manter a pose de comandante, isso lhe consome energias preciosas. Pensa na noiva que deixou em Rochester. Tinham planos para se mudarem para San Francisco assim que se casassem. Mas não, não deixaram. Até o Studebaker azul está à sua espera, na garagem. Só teve tempo de tirá-lo da loja e ler a convocação. Isso no início da guerra. Já é 1943 e soube que estão ambos ainda à sua espera, Audrey e o coupê. E sua mãe? Cada esplosão que ouve o faz lembrar dos prantos de Elizabeth Montgomery, sua Golden Betty. Ela já não irradia mais a alegria que lhe rendeu o apelido.
Pelo menos encontraram um subterrâneo onde puderam esconder os civís, não sabe por quanto tempo. Fecha os olhos e começa a rezar, em silêncio, esperando por um milagre. Eis que uma silhoueta feminina se apresenta e se agiganta! Mas é sua mãe! Sua Golden Betty...
- Não acha que já guerrearam o suficiente? Vamos, se lavem que o almoço já vai sair.
Os garotos recolhem seus brinquedos e vão tomar banho. Adoram representar as histórias que o pai conta da guerra. Aprenderam português em homenagem aos malucos da FEB, que se meteram no peito e na raça onde não foram chamados e salvaram a tropa e os civís.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Sorria!

Era uma coisa que eu fazia pouco. Pensava "Pra quê?" Que motivos eu tinha pra isso?

Não tinha. Ainda não tenho.

Pra falar a verdade, os últimos meses tem sido complicados, cheios de decepções, problemas, chateações, falta de dinheiro, de mulher, e talicoisa.

Mas essa semana, alguma coisa quebrou, dentro de mim.

Essa coisa foi essa "carranquisse", esse mau humor crônico. Essa falta de esperança.

Aconteceu alguma coisa? Não, nada. Tudo continua a mesma coisa. Os problemas, as decepções, a falta de possibilidades e de chances.

Mas... E daí?

Um sorriso não vai resolver meus problemas. Não vai me arrumar um emprego. Não vai pagar minhas contas, não vai me dar tudo o que preciso.

Um sorriso não vai me trazer nada. Nada de ruim.

E com um sorriso, eu posso ficar mais em paz. Comigo, e com as pessoas. Eu sorrio pra elas. E elas sorriem pra mim. E fazem eu me sentir um pouco melhor, um pouco mais agradável, um pouco mais feliz. Me fazem ter esperança.

Esperança, que eu já andava perdendo.

Sempre tive a consciência tranquila, porque sempre fiz tudo o que estava ao meu alcance. SEMPRE.

Mas as coisas não aconteciam, como ainda não acontecem. A vida não flui, como já não fluia.

Mas com um sorriso, eu estou melhor. Estou mais leve.

Mais feliz.

Pensando agora, que a Esperança não morreu. Continua viva, um pouco moribunda, quase sem possibilidades. Mas vive, respira, e não desiste.

Claro, há pessoas envolvidas nisso. Pessoas que eu não vejo faz muito tempo, mas sempre estiveram no meu pensamento. Pessoas que eu sempre gostei, e que sempre gostaram de mim.

Sempre estiveram do meu lado. E são pessoas que eu amo.

E sempre vão ser...

São os irmãos aqui do Talicoisa. Luna, Elmo, Meg, Dave, e a Vivi, que voltou à falar com a gente.

E duas pessoas, amigas desde a minha infância. E que eu amo demais.

Obrigado por existirem no meu mundo, e trazerem um sorriso de volta à este rosto. Obrigado, Milena e Joyce.


Milena(a morena) e Joyce (não, ela não é EMO)

AMO VOCÊS!


--§--

Pessoas, Fio volta às sextas feiras, e Elmo vai para os domingos.

Reestruturação no Talicoisa, começando hoje. Aguardem!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Ele Amarelo, Eu Azul

De modo que minha imbecilidade juvenil me impelia a procurar, pelos cantos, um a quem pudesse nomear de “melhor amigo”. Era uma empreitada absurda que não poderia ter dado outro fruto que não frustrações em série. Eu concluí que isso de melhor amigo não era coisa que alguém decidisse encontrar, como quem caça javalis, ou borboletas.

E então, chegou até mim, de alguma forma, uma daquelas frases prontas cujo habitat preferido são caderninhos com adesivos do Pooh: “Na verdade, não existe um melhor amigo. Todos os nossos amigos nos completam com suas particularidades”. Era o que eu precisava ouvir. Sim, é como se um pedacinho de cada amigo construísse um Super Amigo, com super poderes, tipo o Megazord.

Depois de um bom espaço de tempo, que não consigo precisar, eu já estava completamente doutrinado quanto à verdade inescapável da inexistência de melhores amigos. Melhores amigos são como goblins! É tudo lenda.

E eu decidi contar isso ao Pedro - um sujeito baixinho, cujos cabelos extremamente lisos tremeluziam ao ritmo saltitante de seu andar. Estudávamos no mesmo colégio em 2002 e, feito dois cientistas deslumbrados, nós fazíamos uma série de constatações sobre o que estaria por vir depois que o Ensino Médio acabasse.

Pedro não se importava com cinema. Então, por mais que eu tentasse continuar uma conversa com “Caramba! Aquele filme custou 8,6 milhões! Dá pra acreditar?!” Ele sempre enveredava, depois de um pequeno silêncio, para algo como “Gente, eu preciso beijar na boca”.

Além disso, fazia questão de optar por filmes dublados e/ou nacionais. Pra mim, cinema ocupa o topo das preocupações. Tipo trabalho pro meu pai e religião pra minha mãe.

Pedro nunca me lê. Portanto, nunca se dedicou a tecer nem o menor dos elogios. Aliás, sempre preferiu comentários depreciativos como “Vamos melhorar essa letrinha, hein amigo?”. Ele também nunca apreciou meus desenhos. Nunca disse “Você desenha OK, Dave.” Provavelmente elogios nem façam parte do imaginário pedrístico. Eu penso que não se devem distribuir elogios gratuitamente, mas pontilhar alguns aqui e ali não faz mal algum.

Ele usa roupas compradas em lojas de departamento e não vê o menor problema em sair com uma camiseta, cujos 345 pares estão logo à sua frente, caminhando pelas ruas. Ele localiza toalhinhas de crochê sobre o telefone para não empoeirar e as colchas de cama trazem bordadinhos azuis. Bom, pra mim, toalhinhas de crochê estão para pochetes, assim como bordadinhos azuis estão para celular no cós da calça.

Pedro acha cultura pop do século XX uma coisa que é legal, mas que não o atinge de forma direta. Portanto, é complexo tentar conversar com ele sobre bandas de rock ou George Lucas.

Mas para meu completo assombro, já se passaram seis anos desde nossas conversas sobre garotos e divagações sobre o futuro no pátio daquele Liceu Maranhense. E, contrariando uma lista interminável de incompatibilidades e de crises existenciais de nossa amizade, eu não consigo mais conceber minha vida, sem que esse pequeno esteja por perto dando pitacos e debochando esporadicamente.

No dia do aniversário dele, a única coisa que eu realmente desejo é que ele viva muito. E que envelheça comigo.

Feliz Aniversário ao melhor amigo que eu tenho.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Poeminha EnTediante

É tão difícil te definir
Você é tão azul e brilhante
Eu sei que a Leila Lopes já falou algo desse tipo
Mas você é assim
E nada vai mudar sua constituição, seus componentes
Você é tão volátil
E isso foi algo que eu aprendi em química
E que química...Você é pura ciência
Deixa eu mexer no seu estetoscópio?

Até na televisão já apareceu
No Youtube você já deu as caras
Enchendo de emoção o janelão
Você conquistou o coração do povão
Ganhou até verbo próprio (!)

Eu estou de férias
E não tenho o que fazer
Então, escrevo pra você
Luz do viver, do prazer, essa poesia eu tento ao máximo empobrecer
Mas a Luna também ama você
Por isso, tá na cara...Tu é o gostosão da galera
Você parece meu vizinho lá da ilha
Quando corre, pra frente se inclina
O Fio tem uma explicação pra quando você tem uma *e...
Mas eu prefiro não falar, senão,
O meu poema pior ficará.

Muso, deuso, divino
Você é de todo mundo e mais além, e bota além nisso!
É uma luz azul que irradia alegria no nosso dia-a-dia
Teu coração é puro
Merece uma poesia
Eu tenho, 10, 17, 27, 77, 137 motivos pra te amar
Não dá pra explicar
Eu fecho os olhos e mesmo assim te vejo brilhar!

P.s: Eu não tô bêbada!

domingo, 20 de julho de 2008

3/7 de Talicoisa, mais uma porção de FGQDN

Ontem foi um dia pra comemorar, celebrar, e tudo que há de bom.

Que a Luna, a Sacerdotisa da Verdade Suprema e Musa do Corcel Azul Calcinha estava em SP, todos já sabem.

Mas ontem, dia 19/07/2008, ela, Fabio (vulgo Elmo) e este que vos fala foram ao encontro do pessoal do Fórum das Garotas que Dizem Ni, um local mágico, que, pra quem não sabe, foi praticamente o útero do Talicoisa.

No início, Frank falou com Luna, que falou com Meg, que falou com Fiodoxó, que falou com Dave, que falou com Mel, que falou com Vivi. Nascia o Talicoisa. E tudo isso, dentro do Fórum do Garotas.
Todos somos até hoje, leitores do blog, que recomendamos até o fim dos tempos, e participantes do Fórum.

No dia de ontem, encontramos com algumas pessoas que fazem parte do Fórum, pra um passeio. E foi "bão demais da conta!".


Esq. p/ dir. : Grace Simpson, Renata, Dark, Lisiane e A Sacerdotisa

Fomos primeiro na Pinacoteca do Estado, que além de divertidíssimo, foi esclarecedor. Esclareceu que Arte é um conceito subjetivo demais. Tão subjetivo, que provavelmente só o artista entende. :P

Depois disso, fomos ao Shopping D, onde encontramos o nosso querido Fábio, e o Dener, do FGQDN.


Lisiane, Dark, Sacerdotisa, Renata, Fabio (de joelhos) e Dener

Foi um dia maravilhoso, que fechou uma semana especial. Nossa Sacerdotisa em SP, o encontro com o pessoal do Fórum (que está cheio de pessoas incríveis), e ótimos momentos juntos.

Foi uma celebração à alegria, à vida. Ou simplesmente um bando de nerds malucos achando graça em tudo. :P

Mas ainda assim, foi ótimo. Um momento pra marcar na agenda, escrever no diário e lembrar pra sempre.

Obrigado à todos que estavam conosco. E foi um prazer, e sempre será.


Lisi, Dark, EU, Luna, Fábio e Dener. Afinal, eu tinha que aparecer em UMA foto pelo menos, né?

sábado, 19 de julho de 2008

Mulher-Mulher


Nos anos 1930/40/50, houve uma avalanche de heroínas esculturais em trajes que causariam acidentes de trânsito. Desde Mulher Fatal, até Durga Râni, a virgem das selvas, passando por Orquídea Negra, Garota Leopardo, também as anti-heroínas Mulher-Gato, Vampirella e outras que dariam dois textos exclusivos.

Mas, o que elas tinham em comum, além de levarem marmanjos ao banheiro? Eram mulheres. Se murmurava "Que olhos! Que boca gostosa! Que corpinho diabólico! Que seios! Que et cétera!", pois eram mulheres. Completas. Os fãs chegavam ao cúmulo do estrabismo, tentando enxergar tudo ao mesmo tempo. Eram lindas da cabeça aos pés.

Hoje, fazendo coro com o Fio, esculacharam tudo. Quando se é toda bela, é preciso mostrar uma parte de cada vez, em uma seqüência bem feita, para os babões e as aspirantes a femme fatale poderem admirar. Hoje acentuam em grande desproporção uma só parte e a "dama" pode ficar parada, só empinando a parte, ou no máximo sacudindo para causar ereções, pois só servem para isso mesmo. Talento é exclusividade do propagandista.

As conquistas femininas estão sendo simplesmente jogadas pelo bueiro. Se antes havia a Garota Leopardo, capaz de imobilizar até mesmo um leão com as mãos limpas, hoje temos detratoras que levam ás últimas conseqüências a sumbissão pela passividade: Mulher Melancia, Mulher Mamão, Mulher Pêra, Mulher filé (!!!), Mulher Vaca, Mulher Galinha, Mulher Peixe-Carnívoro-Dos-Trópicos-Que-Ataca-Em-Cardumes, entre outras que são "para comer", na acepção que vocês estão pensando. Logo inventam a Mulher-Saco-De-Pancadas e eles mostrarão o que realmente querem, divulgando essas impecilidades. O que tua avó sofreu, minha cara, para te dar a pouca liberdade que tens, incomoda. Não demora e o "Tapinha não dói" dá lugar a "Murro de marido é carinhoso". Boicotem.

Por isso mesmo sinto falta da Mulher-Ana, Mulher-Audrey, Mulher-Cristina, Mulher-Débora, Mulher-Renata, enfim, da Mulher-Mulher, que sabia (apesar da repressão da época) manejar um pau-de-macarrão e fazer greve de sexo quando era aporrinhada. Ah, essa Mulher-Mulher! Que mulherão! Ainda que seja baixinha (vide imagem acima), que não seja absolutamente escultural (faz favor! Ninquém é obrigada!), que não tenha a voz de Karen Carpenter (terra chamando). Pode ser linda como é, sendo simplesmente mulher, mas mulher por inteiro.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Da Arte de Gostar das Coisas

Alexandre Soares disse recentemente que é difícil discorrer sobre alguma coisa que você realmente gosta, sem parecer um tonto. De fato é muito complicado falar sobre alguma coisa pela qual você é fissurado, sem deixar que o entusiasmo tome conta da sua fala e você pareça deslumbrado, ou um “bobo alegre”, nas palavras do Alexandre. Talvez ele tenha razão quando diz que é mais fácil falar sobre alguma coisa que você não gosta, do que sobre as que você tem paixão.

E o texto (que você pode ler AQUI, depois que acabar de ler este) me fez pensar no quanto é importante ter coisas a tietar. Ter símbolos pra idolatrar, é o máximo. E talvez seja mais “saudável” que essa idolatria que te leva pro céu ou pro inferno. Eu falo de ter uma camiseta com o nome da tua banda preferida. Coleções de dvds dos filmes que marcaram tua vida. Sapecar um wallpaper no teu computador com a cara lavada do teu ator/atriz mais querido(a). Ler anualmente O Poderoso Chefão e ter metade das falas decoradas.

Essa aparente coleção de quinquilharias meramente materiais tem um valor que suplanta qualquer espécie de sacrifício que você teve que fazer pra guardar grana e ir a um show do Weezer, por exemplo.

Tem um valor emocional incrível e contribui sobremaneira para a qualidade de vida de cada humano. Tanto dos que se dão conta disso, quanto dos que simplesmente choram ao ver o Dustin Hoffman em Kramer X Kramer, sem se importar tanto com a dimensão que esse amor Fã – Ídolo tem.

E dividir isso com os outros também tem seu significado. Encontrar gente que gosta das mesmas coisas, e trocar figurinhas tietísticamente é muito mais que um exercício de jogar papo fora com amigos.

Ainda que seja complexo falar de coisas que se ama, é de uma importância que não dá pra expressar nem pelo pôster colado na parede do quarto, nem pela camisa surrada com o símbolo dos Strokes, nem por qualquer coleção de dvds que seja. Esses referenciais devem servir pra construir a imagem de quem somos, além de montar o acervo de histórias pra contar aos netos. Tietemos, pois.

Beatles ao vivo em Nova York, 1965. As tietes que ali tietavam, não tietam como as de cá.

domingo, 13 de julho de 2008

Contemplem, infiéis... A Sacerdotisa está entre nós!

Depois de quase um ano de blog, finalmente estamos tendo um encontro do pessoal

Quer dizer...

A Luna veio pra SP, pra ver os colegas de Talicoisa. A MEG deveria ter vindo tambem, mas como ela está cheia de Odu negativo, quebrou a perna na sexta feira. Estimamos as melhoras e esperamos que logo seja possível sua vinda também, bem como de todos os outros.

Mas a Sacerdotisa aportou em SP, um pouco cansada. Afinal, ser sacerdotisa da verdade suprema não é pra qualquer pessoa. Tem que ter os "culhões". E pode acreditar, ela tem.

Ela tem graça, charme, luz própria. É loosho e opulência. E abundância.

Ela sabe se vestir bem, sabe ser feminina. E o melhor de tudo: é detentora da verdade suprema.

Bem vinda, Deb. E que essa semana seja cheia de alegrias e felicidade pra você.

E ela tava com sono....

sábado, 12 de julho de 2008

Nunca Fui à São Paulo

Por problemas técnicos e de foro íntimo, meus companheiros de blogagem não puderam fazer suas publicações, feixando um incômodo intervalo nesta página.

Mas como o Talicoisa tem uma fama(?) para zelar, abrirei um precedente e publicarei algo no peito e na raça, para não deixar nossos leitores na mão. Vai nas coxas mesmo, fiotes.

Eu nunca fui à São Paulo (que assunto ximfrim, eu heim!). Na verdade, a rigor, nunca saí de Goiás. O Tocantins eu visitei antes da separação territorial. A fronteira com o Distrito Federal eu nunca cruzei, nem no bom nem no mau sentido, e olha qeu tenho amigos por lá. A porção goiana do planalto central é meu cárcere.

Tenho um sonho de ir para Blumenau, por questões espirituais e... Ê! Quê que foi? Não é por causa da manguaça, eu não bebo nem biotônico, nem quero ir na alta temporada, não gosto de multidões. Quero ficar uma semana, pelo menos, na serra, para meditar. Não tentem entender, são cousas minhas... mas onde estávamos? Ah, sim, lembrei.

São Paulo já foi visitada por quase todos os que conheço, meus colegas da Vigilância Sanitária passaram um vexame homérico em uma estação de metrô, minha irmã achou a comida um assalto de cara, mas todo mundo volvou de lá inteiro, sem um tiro sequer, ao contrário do que a imprensa faz pensar da Cidade-Estado de São Paulo.

Há até dez anos eu não tinha dinheiro nem para pagar o ônibus coletivo urbano, quanto mais bancar uma paulisséia! De lá para cá eu consegui um cargo público, sem ajuda de padrinhos que não tive, nem liminares ou afins, mas por meus méritos. quando penso que as cousas vão melhorar, acontece uma tragédia atrás da outra e adeus poupança. Fora ter que ficar de butuca ligada para apoiar a família.

Hoje tenho muitos amigos no Sampa, mêu, tudo gente fina. Mas só converso com eles pelo Fórum do Garotas que Dizem Ni. Até as anfitriãs são de lá, fora uma que se pirulitou para San Francisco, com o namorido, mas isso é outra conversa.

São Paulo encanta principalmente por ser um caldeirão cultural de extraordinária complexidade e diversidade. Eu gostaria de visitar os bastidores da TV Cultura, conhecer o Masp, o Bairro da Liberdade, os clubes de veículos antigos que não têm rivais no país.

Mas infelizmente a Carol ficará algum tempo sem conhecer o pequi, o Spaf terá que continuar escondendo seus mangás até eu ir e desenhar uns para o Thales, o João continuará a zombar de mim somente via rede, a Renata e o Dener serão companhias de caixas de diálogo, enfim.

Há cousas que um homem precisa fazer. Com a idade e a maturidade ele compreende que deve fazer e o faz. Eu abro mão de viajar pelo mundo em prol de uma missão que me foi confiada, na marra, mas foi confiada e tenho que levar á termo.

O que mais posso dizer? Perdoem nossa falha e... Nunca fui para São Paulo (pom-pom porom-pom) Muito menos à Paris (pom-pom porom-pom) Mas agora que lhe conheci, sonharei um pouco mais feliz (pom-pom-pom porom-pom pom-pom-pom) Audrey mora em Nova Iorque (pá-pá pará-pá) Viviana am San Fran (pá-pá pará-pá) Se não puder visitá-las hoje, talvez eu o possa amanhãããããã... La-ra la, la-ra, la-la...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Gente que vende e gente que compra

De vez em quando, quando eu tenho tempo, costumo ir a um supermercado que fica um pouco longe aqui de casa. Detesto ir lá, porque sempre tem filas enormes. Hoje eu tinha tempo de sobra, então tomei coragem e fui.

Em frente ao supermercado, existe um barzinho, bem simples, que vende churros, aqueles sorvetes horríveis que saem de uma máquina e churrasquinho. Eu simplesmente adoro churrasquinho (pobre, eu?) e sempre que vou àquele supermercado do inferno, dou uma
passadinha no barzinho. Hoje não foi diferente.

Quando eu estava recém entrando naquele ambiente enfumaçado (a churrasqueira fica na rua, mas a fumaça entra mesmo assim!), a moça já estava com o espetinho na mão, olhando para mim. Cheguei mais perto e ela disse: “Acertei”? Eu concordei, já pegando o dinheiro na carteira, quando ela falou: “Nunca me esqueci de ti. Tu és muito educada”. Eu agradeci, meio sem jeito, peguei o churrasquinho e fui embora.

Na saída, fiquei pensando... Que mundo é esse, em que a gente agradece a quem nos trata com educação? Não deveria ser assim sempre? Com que tipo de pessoa essa moça lida diariamente, a ponto de lembrar de uma cliente eventual, como eu, que nem faço nada além de chegar, cumprimentar, fazer um pedido, pagar, agradecer, dizer “tchau” e ir embora?

A verdade é que existe muita gente mal educada nesse mundo. Já trabalhei com atendimento ao público e sei que não é fácil. Tem aqueles que chegam e não dizem nem oi. Pior ainda, aqueles que ouvem o atendente dizer bom dia e não respondem! Como se quem está atendendo não fosse gente, ou fosse um tipo de gente inferior, ou alguma espécie de robô. Isso sem mencionar aqueles que jogam o dinheiro no balcão, em vez de entregar na mão da pessoa, ou os que experimentam trezentas blusas e não levam nenhuma...

Agora, me diga como você se sente, ao ser mal atendido em algum estabelecimento. Não dá vontade de arrancar os olhos daquele balconista insolente? Não dá vontade de espalhar para todo mundo que o atendimento daquele lugar é péssimo? Não dá vontade de espernear, reclamar, chamar o bispo? Não dá vontade de não voltar lá nunca mais? Pois é...

Depois da minha experiência com atendimento ao público, que eu espero não ter que repetir, adotei uma política: “Seja o cliente que você gostaria de ter”. Porque nós todos somos gente. Gente que vende e gente que compra.

domingo, 6 de julho de 2008

TCPW - Cinco Sentidos

De todas as atividades do homem, acho que a mais sensorial de todas é o sexo.

Isso vem, é claro, de uma convenção própria, sem baseamento científico nem tampouco filosófico. É apenas um arroubo poético deste que vos fala.

Desde que comecei a ter uma vida sexual (que anda pra lá de monótona), eu sempre enxerguei o sexo como algo sagrado. Como diz a Bíblia (Gênesis, cap. 2, versiculo 24) "Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne." E em que momento homem e mulher são uma só carne?

Os mais puristas dizem que o "uma só carne" se refere aos filhos, advindos da junção de "pai" e "mãe". Mas o que acontece, naquele instante, onde os corpos se entrelaçam, se juntam, se rejubilam... Quando os corpos chegam ao orgasmo?
Quem já teve a experiência (masturbação não conta, afinal, você está fazendo sexo com você mesmo), sabe como é. O chão some, o ar desaparece, o mundo se esvai. Numa fração de segundo.

É como se tudo deixasse de existir. A consciência se dissipa. Você esquece de quem você é. Os franceses chegam a chamar o orgasmo de "Le petit mort", ou seja, "a pequena morte". É quase isso.

Alguns ocultistas e seguidores de alguns cultos antigos dizem que o orgasmo é um momento em que você se aproxima do gozo (num sentido mais amplo, não o da ejaculação, apenas) de estar na presença de Deus, ou de estar junto à ele. Mais ou menos como se fosse o prazer de estar ao lado de Deus, do jeito que nos é prometido quando dizem que, ao morrer, estaremos eternamente ao lado dEle.

Algumas outras religiões dizem que o orgasmo é realmente o momento em que você se torna um com o outro, o parceiro, e isso sim, é a ligação natural, onde as almas realmente se encontram, se tornam unas, e se tornam o que deveriam ser. Mais ou menos, quando serão unos um com o outro e com Deus, voltando à sua Divina Presença. Como se um portal se abrisse para a vida eterna.

Enfim, sexo é bom, orgasmo é ótimo, faz bem pra alma, faz bem pro coração, faz bem pros olhos, faz bem até pros cabelos e unhas. E pra pele, também.

Inclusive, se ensina na Igreja Católica que Adão e Eva foram expulsos do Paraíso por terem comido do "fruto proibido". Como se esse "fruto" fosse o sexo.

Releiam, meus amigos. Ou melhor, leiam. Porque normalmente, ninguem presta atenção nisso.

Adão e Eva se olhavam de forma pura, sem malícia. Até mesmo como os animais fazem uns com os outros. Deus os havia proibido de comer do fruto da Árvore do Conhecimento, o qual lhes daria sabedoria do bem e do mal, ou seja, saberiam distinguir as duas coisas.

A Serpente convenceu Eva a comer do Fruto, e esta à Adão. Então, ambos passaram a saber o que era tanto o bem, quanto o mal. E se olharam com malícia. E "Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais." (Genesis, cap. 3, versículo 7).

Os animais não se olham com malícia, como Adão enxergava Eva e ela à seu marido, antes de comerem do fruto.

Explicando: um rinoceronte não olha pra sua fêmea pensando "Nossa, será que ela topa uma orgia?". O homem, "depois de comer do fruto", passou a pensar. Não que Adão estivesse pensando em fazer uma orgia, afinal, segundo a Bíblia, não haveria mais ninguem alí.
O ponto é: Adão e Eva se viam nus, mas sem pensar no que isso quereria dizer. Olhavam, sabiam que estavam nus. E daí?
Pra eles, sem malícia, "e daí, nada".
Mas a partir do momento que tiveram malícia, olharam um pro outro, e algo começou a acontecer. Entende?

Topa um swing, gatinha?

Enfim, eles foram expulsos do Éden por terem apenas comido do Fruto, que lhes deu conhecimento do Bem e do Mal. Até alí, não tinham feito nada.

Inclusive, só depois da expulsão é que Adão "conheceu sua mulher". Enfim...

Já estou saindo demais daquilo que eu queria dizer... Divagações à parte, eu sempre enxerguei a mulher (deixo claro, nada tenho contra o homossexualismo; eu enxergo assim, pois sou hétero, mas não tenho qualquer tipo de preconceito quanto à opção sexual de quem quer que seja; pra mim, cada um tem o direito de fazer o que quiser, com quem quiser, desde que seja de consentimento de ambos. Aos olhos de Deus, basta apenas que haja amor entre os dois, e é assim que vejo) como uma obra prima da Criação, algo que necessita ser apreciado.

Mas apreciado com os cinco sentidos... Pra que se tenha a total convicção da perfeição e maravilha dessas criaturas...

- Com a VISÃO: as cores dos olhos, da pele, dos cabelos. A desenvoltura dos cabelos (no caso dos longos) ou o quadro fofo que fica quando os cabelos são curtos. Os próprios olhares. As curvas do corpo, dos quadris, dos glúteos (pra não dizer bunda), dos seios. Os contornos delicados do rosto. O movimento das mãos. O Andar. A graça. A beleza. E ver, quando elas resolvem se arrumar, ficar ainda mais lindas do que são... Ai ai...

- Com a AUDIÇÃO: ouvir a voz, os gracejos, os risos, os elogios. Os apelidos carinhosos. Ouvir o glorioso "eu te amo". Ouvir o libidinoso "eu te quero". Ouvir seus gemidos. O extertor, no orgasmo.

- Com o OLFATO: sentir o perfume, ou mesmo os cheiros básicos de cada parte do corpo dela. Feromônios rules. Sentir o cheiro dos cabelos, o perfume que ela adora usar pra você (ou não; nos momentos platônicos, é um deleite vê-la passar e sentir seu perfume exalando pelo caminho).

- Com o TATO: Sentir o calor da pele dela. Sentir a textura de cada parte do corpo. Sentir o volume macio dos seios. Ou das coxas. Ou da bunda. Deslizar as mãos pelas pernas dela, sentindo a pele pura, livre de pêlos, livre pra tudo. Sentir o calor de suas partes íntimas. A delícia de tocar seus lábios, antes de beijá-los. A leveza dos cabelos. Sentir o corpo nu junto ao seu. Sentir o desejo dela queimando você.

- Com o PALADAR: Sentir na ponta da sua lingua, cada contorno do corpo dela. O sabor de cada centímetro do corpo dela...



...


Enfim... Minha vida sexual anda pra lá de monótona, mesmo. Como eu disse num texto passado, minha vida sexual se restringe ao Onanismo desenfreado, mas onanismo não é sexo.

É apenas luxúria. De alguém que sente saudades demais do sexo, do corpo da fêmea da espécie junto ao seu. Mas daí, tem que ter Amor.

Amor complica as coisas.

Especial Talicoisa Porn Week.
Foi bom pra você?

sábado, 5 de julho de 2008

Tragi-sexomédia



Muito mais do que a devassidão, a promiscuidade e a gratuita apelação, o sexo perde sentido quando gera a escravidão.


Três filhos eram, um só varão, o mais velho. Pai orgulhoso, punha cerveja em seu bico, o pênis do petiz exibia às meninas de mesma idade. Mas as suas, ahá, eram no cabresto velho, cobertas do pescoço aos pés e punidas se imaginassem contrariedade.


O garoto, porém, não via sentido naquilo. O pai falava em justiça, as faltas alheias condenava, mas era tirano em casa, onde sexo era sigilo, mas o filho já agrediu e fez beijar um mamilo.


Bíblia sempre aberta para que todos vissem, discursos moralistas berrados a plenos pulmões, mas eram dois pesos e medidas para que os falastrões aplaudissem. Aos oito anos o menino, à força, já transara com uma meretriz qualquer, para dar satisfações de viriladade aos outos homens. Mas, hein!!? Isso de se exibir para homem não seria homossexualismo? Acordou uma semana depois, no leito de hospital, após ao pai perguntar isso. Homossexuais eram aberrações e por isso deveriam ser destruídos, era uma de suas leis, paralelas à "Não Matarás".


O ateísmo batia à porta.


Com o tempo e a maturidade, conhecendo um D'us de verdade, que não estava em um trono cercado de mulheres e não jurava vingança nem qualquer barbaridade, o garoto orou com fervor para não mais ser sujeitado àquele absurdo. A prece atendida, ele broxou e nada mais o fazia ter desejos carnais, aos quais estava surdo. Solução drástica que fez um drama se desenrolar, seu pai vendeu a casa da família para o pênis do filho curar. O garoto pouco importava, só queria ter sua fama de masculinidade perpetuada, mas tornou-se alvo de pilhérias mordazes no seio dos grupos que freqüentava; a fama estava arruinada.


Assassinou a esposa que tentou impedir e espancou o filho até seu corpo cair. Alegou uma honra bárbara que o juíz, seu semelhante e em própria causa, acolheu feliz. Sua fama estava reposta.


O garoto fugiu do hospital tão logo pôde andar e seguiu a esmo para qualquer lugar mais civilizado. Em plena exaustão encontrou uma mão sem machismos, de um Francisco irmão que o encaminhou ao mosteiro de monges amigos. Comedimento era a regra de ouro, qualquer desperdício seria mal visto e a disciplina precisava ser exemplar. Para quem saiu do inferno, qualquer lugar serve para morar.


Não se viu livre do sexo, mas suas experiências contou para nisto aos jovens orientar. Tantas doenças contraiu que já parecia um ancião, sobreviveu pela graça de enfermeiras que desrespeitaram as determinações do médico machão. Foi ensinado pelos monges a não guardar rancor, que sexo era cousa de D'us e por isso deveria ser feito com amor. Amor que o neófito não conheceu. Amor, disse o abade, não é um sentimento que se sujeita às nossas emoções, é a prática contínua e determinada de quem o cultiva como a uma flor. Com a prática, tudo se fortalece, o amor, a fraternidade e até a prece.


Tornou-se professor de uma escola filantrópica, falava de sexo. Não de perversidade, não da perdição que conheceu e pela qual quase pereceu. Sempre dizia "Saibais porque fazeis e com quem fareis, se assim o for, será bom". Era seu filho cada aluno da escola, os amava pois sem condições. Não era disso que falava aquela bíblia empoeirada? Da qual lhe foram apresentadas todas as traduções e reveladas todas as distorções que a política medieval impregnava. É preciso ir além do que nos for apresentado, seguir à raiz para não acreditar que o fruto surgiu do nada, pronto e acabado.


Os anos passaram e as rugas e manchas deram lugar ao rosto de um maganão bem apresentado, um homem que falava de sexo de um modo que não se lhe repreendiam, pois buscava saber a quem daria seu recado para não causar escândalos vãos, e os tabus aos poucos sumiam. Não se fala um palavrão para gente recatada, bem como termos técnicos não interessam à mais depravada. Sempre sóbrio, sempre alegre, a força do sexo subiu ao coração e rejuvenesceu, curou, tornou sapiente o franciscano garotão.


Com vinte anos de mosteiro, vieram as irmãs a pedir bênção. Mostraram seus filhos, os menores ora batizados pelo tio. Disseram que o pai morreu na bala de um marido enfurecido, mas já o tinha deserdado, pelo que trouxeram um terço, cada uma, de sua parcela na herança. Que o encontraram pela fama que, confessam, causou espanto...


- Minhas irmãs, disse com pausa, o homem a tudo perverteu e com o sexo não seria diferente. Ou achais que o Rei Davi pecou tendo filhos? Não confundais a lâmina com a mão que a move.


Mudaram-se as irmãs para a cidade do mosteiro e engajaram-se na labuta do irmão, que sempre diz: Sexo é bom como bombom, que quando se estraga até mata. Só que eu sou diabético. Não é o sexo que corrompe as pessoas, são as pessoas que corrompem o sexo. Assim como o dinheiro, o poder, a beleza e toda a diversidade da criação perpétua. Na dúvida, não faça.

Tudo, entretanto, corria em segredo de Estado, pois a igreja a qual o mosteiro estava ligado reprimiria todo e qualquer esclarecimento explícito. Mas eles não queriam fama, só mostrar que o pecado não estava na beleza, no natural rebolado nem no biquini bem cavado, morava mais no coração mal amado.

Conheceis a Verdade e ela vos libertará. Quem a conhece ama.


Participação 'Chuchu Beleza' no Especial Talicoisa Porn Week.
Obrigadíssimo, Mestre Nanael Soubaim.


quarta-feira, 2 de julho de 2008

Mente Vazia: o Sexo e a Fantasia

Talvez o fato de o sexo ter sido um tabu tão absoluto em sociedades pregressas, fazia com que a mente humana projetasse fantasias de capacidade imaginativa assombrosa. Hoje se fala em sexo no elevador, sexo na praia a luz da lua, sexo com dois parceiros (as). Completo marasmo libidinoso.

Provavelmente a dinâmica do “Oso! Oso! Oso! Proibido é mais Gostoso!” tenha impelido essa gente a imaginar mais. Se não, vejamos...

O grupo de amigos discutia empolgadamente o caso da mulher cujo apetite sexual insaciável a levava a se imaginar sendo carregada por dez ou mais homens, com músculos saltando das vestes, e enfim ser penetrada seguidamente por cada um deles, numa roda viva vertiginosa. A outra, conhecida por sua singela forma de vestir-se e de falar, confidenciava às amigas em sua alcova: seu desejo era ser possuída por um homem de proporções fálicas rasputinianas, ao sabor do galope de um corcel negro.

Diziam os rapazes, que a fantasia era constante na mente de uma terceira mulher, que não fazia questão de camuflar seus instintos, depravando-se em público. Dizia a plenos pulmões e a quem quisesse ouvir, que sentia vontade de ter suas roupas arrancadas com sofreguidão e ser consumida pelos desejos vorazes de um homem, enquanto este lhe desferisse pancadas a esmo.

E deixando o possível séc XVIII de encontro à década de 50, no Brasil...






A pequena revista era categoricamente proibida naquela instituição. Soube-se que o garoto, ainda no apogeu de sua puberdade, a levava entre os livros, carregando-a com o cuidado de quem protege um recém-nascido. Só mesmo ele sabia que o conteúdo do periódico nada tinha de puro.

Seus hormônios enfurecidos faziam com que um calor quase incômodo lhe precipitasse as têmporas. Depois de assegurar completo confinamento, o rapaz lânguido retirava de dentre os livros, o periódico pornográfico. E se riu, ao notar o curioso detalhe: tinha entremeado a revistinha precisamente entre as aulas de anatomia do livro de ciências biológicas. Ao passar os dedos nas páginas, sentia as protuberâncias dos mamilos das moças nas gravuras. E elas o tocavam de volta. E dançavam pra ele. E então ele se tocava, num ritual arrebatador de volúpia.

Esse texto é uma homenagem a Carlos Zéfiro, um desenhista anônimo que na verdade se chamava Alcides Caminha e era funcionário público. Com tal identidade secreta, esse moço foi um Super Herói brasileiro. E através de seus traços cheios de malícia, ele sacanamente aliviou a geração dos nossos avós. Salve Zéfiro! (As duas últimas imagens são dele).

Especial Talicoisa Porn Week


terça-feira, 1 de julho de 2008

Cenários e talicoisa...

Afinal o ambiente também faz parte do processo...

É legal:
Batizar a casa. Quando eu casar/tiver um cafofo próprio com certeza eu vou fazer isso. "Inaugurar" todos os cômodos deve trazer sorte, e pode render pensamentos interessantes no dia-a-dia, tipo: tá na área de serviço encarando o tanque com trocentas roupas sujas? É só lembrar daquela tarde quente na lavanderia.
Campo. Um singelo piquenique no campo pode se transformar em algo mais. Árvores, capim, vento...
Praia. De preferência, deserta e com lua cheia.
Quem quiser seguir pelo Cicarelli-way-of-sex, boa sorte. E bom youtube depois.
Camping. Praticamente une a idéia de campo e praia, e existem barracas legais e modernas.

Não é tão legal:
Banheiro de avião. Eu nunca entrei em banheiro de avião, mas as palavras "minúsculo" e "abafado" aparecem na minha mente. Não conheço ninguém que tenha feito essa proeza, mas é incrível como tem gente que nutre essa tara área.
Provador de loja. É o mesmo que pedir para ser descoberto, para pagar mico, para ser alvo de V.A...
Elevador. Vai uma câmera de segurança aí? Vencendo a barreira da câmera: como controlar o elevador? É muita coisa na cabeça, melhor deixar pra lá.
Carro. Conheço gente que já diz ter transado com o carro em movimento...Emoção demais pro meu gosto.
E esse item esbarra na questão do tamanho: Ford Ka? Fusca?
Talvez quem tenha experiência em ginástica se dê bem.
Se for um Corcel azul, não hesite. Corcel azul é exceção!
Banheiro de Balada. Aquele banheiro todo mijado e outros "ados", aquele cheiro maravilhoso, aquela porta fecha-não-fecha, aquelas pessoas na fila...

P.s: A Luna falou ontem sobre tamanhos de quibes...Fica a dúvida, seria o quibe do ex-paquerinha dela semelhante ao desses caras do vídeo?
Vejam e façam suas apostas!
Aconselhável para os caras que estiverem com a estima lá embaixo:
Clique AQUI.

Especial Talicoisa Porn Week