sábado, 12 de julho de 2008

Nunca Fui à São Paulo

Por problemas técnicos e de foro íntimo, meus companheiros de blogagem não puderam fazer suas publicações, feixando um incômodo intervalo nesta página.

Mas como o Talicoisa tem uma fama(?) para zelar, abrirei um precedente e publicarei algo no peito e na raça, para não deixar nossos leitores na mão. Vai nas coxas mesmo, fiotes.

Eu nunca fui à São Paulo (que assunto ximfrim, eu heim!). Na verdade, a rigor, nunca saí de Goiás. O Tocantins eu visitei antes da separação territorial. A fronteira com o Distrito Federal eu nunca cruzei, nem no bom nem no mau sentido, e olha qeu tenho amigos por lá. A porção goiana do planalto central é meu cárcere.

Tenho um sonho de ir para Blumenau, por questões espirituais e... Ê! Quê que foi? Não é por causa da manguaça, eu não bebo nem biotônico, nem quero ir na alta temporada, não gosto de multidões. Quero ficar uma semana, pelo menos, na serra, para meditar. Não tentem entender, são cousas minhas... mas onde estávamos? Ah, sim, lembrei.

São Paulo já foi visitada por quase todos os que conheço, meus colegas da Vigilância Sanitária passaram um vexame homérico em uma estação de metrô, minha irmã achou a comida um assalto de cara, mas todo mundo volvou de lá inteiro, sem um tiro sequer, ao contrário do que a imprensa faz pensar da Cidade-Estado de São Paulo.

Há até dez anos eu não tinha dinheiro nem para pagar o ônibus coletivo urbano, quanto mais bancar uma paulisséia! De lá para cá eu consegui um cargo público, sem ajuda de padrinhos que não tive, nem liminares ou afins, mas por meus méritos. quando penso que as cousas vão melhorar, acontece uma tragédia atrás da outra e adeus poupança. Fora ter que ficar de butuca ligada para apoiar a família.

Hoje tenho muitos amigos no Sampa, mêu, tudo gente fina. Mas só converso com eles pelo Fórum do Garotas que Dizem Ni. Até as anfitriãs são de lá, fora uma que se pirulitou para San Francisco, com o namorido, mas isso é outra conversa.

São Paulo encanta principalmente por ser um caldeirão cultural de extraordinária complexidade e diversidade. Eu gostaria de visitar os bastidores da TV Cultura, conhecer o Masp, o Bairro da Liberdade, os clubes de veículos antigos que não têm rivais no país.

Mas infelizmente a Carol ficará algum tempo sem conhecer o pequi, o Spaf terá que continuar escondendo seus mangás até eu ir e desenhar uns para o Thales, o João continuará a zombar de mim somente via rede, a Renata e o Dener serão companhias de caixas de diálogo, enfim.

Há cousas que um homem precisa fazer. Com a idade e a maturidade ele compreende que deve fazer e o faz. Eu abro mão de viajar pelo mundo em prol de uma missão que me foi confiada, na marra, mas foi confiada e tenho que levar á termo.

O que mais posso dizer? Perdoem nossa falha e... Nunca fui para São Paulo (pom-pom porom-pom) Muito menos à Paris (pom-pom porom-pom) Mas agora que lhe conheci, sonharei um pouco mais feliz (pom-pom-pom porom-pom pom-pom-pom) Audrey mora em Nova Iorque (pá-pá pará-pá) Viviana am San Fran (pá-pá pará-pá) Se não puder visitá-las hoje, talvez eu o possa amanhãããããã... La-ra la, la-ra, la-la...

2 comentários:

Luna disse...

Nanael, meu filho!

Bom, quando (e se) tu fores a Blumenau, não vou te perdoar nunca se tu não passares por aqui também. Pena que tu és um herege que não come carne, vou ter que te oferecer só chimarrão. E pinhão, se for época de frio...

Um abraço viajante, meu "florão" do cerrado!

Edu disse...

Grande NAnael....


Mais uma vez, quebrando a banca e mostrando quem é que manda... kkk

Ótimo texto, meu velho. Continue assim.