sexta-feira, 27 de abril de 2012

Thundercats, boa releitura, boa diversão


Eu até daria o braço a torcer, se tivesse feito o artigo que pensava em fazer, no ano passado. Mas não caí em tentação e, ao contrário da baboseira que fizeram com o Manda-Chuva, os novos Thundercats honram o clássico dos anos oitenta, preservando as características básicas dos personagens, algumas até acentuadas, mas os fãs ovacionaram o bom senso, não ficou nem de longe caricato, ao contrário do que eu temia.

Aliás, algo de que muitos sentirão falta é a voz do Snarf, que deixou de ser babá para tornar-se um animal de estimação de Lion-O. Francamente, ele sempre foi mais um peso do que uma ajuda, só servindo de alívio cômico, ao final de cada episódio, para descontrair após todo mundo quase ser morto por algum inimigo, o que era comum na série original e foi preservado na nova. Só que em vez de episódios diários que se encerram em si, às vezes dando a impressão de que a trama poderia se desenrolar por mais tempo, agora a série tem o formato de pequenas novelas com capítulos, como é comum nas aventuras de animes.

Até por conta das técnicas que não existiam nos anos oitenta, a animação é muito melhor cuidada, o uso de animação virtual é evidente, mas sem parecer artificial. Na realidade, talvez fosse essa tecnologia o tempero faltante nos anos oitenta, como no filme Tron original. Fazer o quê? O resultado empolga por si mesmo, sem levar em conta o roteiro, a interação dos personagens e a impetuosidade do príncipe Lion-O, que se atira ao perigo como se fosse um desenho animado, sem medo de morrer.

Visualmente, mudam bastante os trajes, com poucas perdas e muitos ganhos. Os ganhos são dos personagens masculinos e dos garotos, que ficam vestidos mais como personagens de (agora assumidamente) anime, não se parecendo mais com integrantes do Village People. A perda é Cheetara, que deixa de ser o mulherão em um maiô de ginasta, bem proporcionada e em plena forma, para ser uma jovem com top e calças de cós bem baixo com a frente meio aberta; sexy para agradar à garotada, mas o maiô, perdoem minha caretice, dava mais classe e autoridade à felídea, além de ser mais próprio para sua super velocidade. Agora ela ganhou um sexto sentido premonitório, que eu trocaria pela volta do maiô.

Na nova versão, eles não viajam para o terceiro mundo, Thundera agora é um reino próspero no Terceiro Mundo, mas cai em decorrência de um ataque maciço e repleto de altíssima tecnologia, comandado pelo bom e velho Escamoso, mais feio e repugnante do que nunca. Lion-O lidera o grupo que sobreviveu ao ataque e busca do Livro dos Presságios, que permitirá derrotar o mentor de tudo, o malévolo e oxidado Mumm-Rá. Então, podem esquecer os confortos e a segurança da original Toca do Gato, eles estão sozinhos e por sua conta em um planeta repleto de criaturas terríveis, que faz o nosso jurássico parecer um jardim de bichos fofinhos.

Qual era o meu medo? Era Lion-O virar o aborrescente magricela e boboca, que pega uma arma perigosíssima, o Olho de Thundera, para brincar de guerreiro valente no meio do nada. Aqui ele é um jovem adulto, com um senso de justiça extremamente elevado e um coração gigantesco; basicamente o mesmo Lion que conhecemos em nossa juventude, ou infância, dependendo do teu caso. Tygra não é mais um súdito, mas irmão mais novo dele, um tanto mais frio, mas um cientista genial e leal ao herdeiro da coroa.

Panthro, ao contrário dos dois, está maias abrutalhado do que o original. Digo "abrutalhado" pelo porte físico, não pelos modos. Ele é um militar lealíssimo, no qual é impossível não ver a figura de um shogun, apesar de ainda ter o tórax totalmente descoberto. Na realidade, ele parece a mistura de um samurai com um escocês levantador de caminhões. Mas dá para reconhecer o nosso amigo Panthro ranzinza sem pestanejar.


Wilikat e Wilikit, cuja história ficou perdida na primeira versão, agora são dois pivetes salvos da destruição do reino. Não, eu não digo "pivetes" no sentido rural da região sul, eles eram malinhas que viviam de aplicar golpes e enganar os cidadãos, mas agora terão que tomar tipo, se não quiserem ser considerados pesados demais para o grupo. A esperteza que adquirem durante a vida marginal poderá ser-lhes útil, e aos outros também. O cinismo ácido dos irmãos está preservado, diversão garantida.

O resto? Bem, o resto está disponível pelo Cartoon Network, mas não demora a chegar às nossas telinhas abertas. Até lá, o Youtube ajuda.



sexta-feira, 20 de abril de 2012

In memorian; Jessé

A história toda começou em Niterói, em 25 de Abril de 1952, em um mundo ainda sob o forte efeito entorpecente do fim da guerra. Mas foi criado na ainda despovoada Brasília, onde começou a trabalhar em boates e, logo depois, cantar em bailes pelo país. Integrou os grupos Corrente de Força e Placa Luminosa.

Nos anos setenta, Jessé Florentino Santos (cala a boca, Tiririca!) estava em São Paulo, seguindo sua carreira solo como 'Tony Stevens', quando conseguiu êxito com 'Flying' e 'If I Could Remember'. Na época, era muito comum, e até recomendável para os iniciantes, adoptar um pseudônimo americanizado e cantar em inglês, até conseguir seu público. Fábio Júnior, por exemplo, era 'Mark Davis'.

O impacto de suas qualidades profissional e vocal foi tão grande, no início da carreira, que durante QUINZE DIAS (não uma semana, mas quinze dias) ele lotou o TUCA, Teatro da Universidade Católica, dando assim um tapa na crítica que até então o ignorava solenemente, à exceção de Zuza Homem de Mello, do Estado de São Paulo e da Jovem Pan. Ele convidou dezenas de colegas, mas ninguém sequer ligou para dar uma desculpa esfarrapada para não aparecer. Se arrependimento matasse, heim!

Sua glória veio em 1980, no Festival MPB Shell, quando cantou e encantou com 'Porto Solidão', a música que o marcaria pelo resto da vida, e se tornaria um hino metafísico para muita gente.

Em 1983, ganhou o XII Festival da Canção Organização (Tevê Ibero Americana) como melhor intérprete, canção e arranjo, para 'Estrelas de Papel'.

Dependendo do espaço e da acústica local, o microphone era uma mera formalidade, por conta de sua voz tão potente e elástica quanto afinada. Com audição calibradíssima, ele se corrigia e acompanhava de improviso com extrema facilidade. Uma oitava acima, para ele era tarefa de criança

Morreu como amava viver, trabalhando. Foi em um acidente que lhe traumatizou o crânio, no quilômetro 486 da Rapozo Tavares, indo com a esposa a um show. Ela sobreviveu, mas perdeu a criança que gestava. Os doze dias de coma, com seu público rezando como nunca, findaram em 29 de Março de 1993, quando ele partiu.

Infelizmente, foi praticamente tudo o que encontrei de relevante. Nada sobre o bom camarada e gente fina bem quista no meio artístico, que subia o tom de voz para cantar, não para atacar os outros. O que mais dói aos fãs não é tanto a perda, mas muito mais a ingratidão do público, que praticamente esqueceu uma das melhores vozes que o Brasil já teve, um dos poucos cantores que podiam competir com os dinossauros do rock. A simplicidade era uma de suas marcas, não tinha muitas cerimônias e não se endeusava. As emissoras têm um vasto acervo sobre ele e simplesmente não o veiculam.

Vejam só, leitoras e leitores, os americanos eternizaram o Porsche Spider 550 (um carro alemão!) em que James Dean morreu, e o brasileiro nem dá mais valor ao Escort XR3 conversível, o carro nacional que Jessé dirigia, quando perdeu o controle e sofreu a tragédia. Felizmente, é fácil encontrar letras cifras e vídeos.

Sua filha Rebeca, peixinha que não esconde a herança, canta principalmente o seu repertório, e canta bem:




Website de um fã dedicado, 'Inesquecível Jessé', clique aqui. A página é muito simples, mas completa e bem organizada, vale à pena clicar e vasculhar o conteúdo, que tem bons arquivos e bons downloads.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Beni, oitentista sem pretensão

Muito benitinha!
Beni é uma cantora japonesa. Seu estilo é assumidamente o pop de boa qualidade, não para se pensar duramente nos revezes da vida e meditar em uma montanha do Himalaia, seu som é para ser ouvido com calma, mas no cotidiano, durante um passeio, as tarefas diárias, se distrair da viagem, enfim, para desestressar dos excessos de baixo ventre e da pressão para ser extremamente intelectual o tempo todo.

Arashiro Beni (no japão o nlme da família vem antes) nasceu em Okinawa, no dia Trinta de Março de 1986, no auge da 'década perdida', da qual sentiríamos saudades em pouco tempo. Começou a cantar profissionalmente já madura, em 2004, depois de se formar em sociologia. Sim, talicoisers, a moça é cheia de conteúdo, não apenas mais um rostinho bonito com bom gosto e jovialidade. Traz nos traços a feminilidade e delicadeza típicas das japonesas, o que é uma armadilha, advirto.

Uma característica que ela partilha com outros pop japoneses, é a afinidade com os anos setenta e oitenta, bastante presentes em suas canções, especialmente o estilo americano de fazer pop. Mas não é por isso que relaxa na qualidade, ela faz bem feito, inclusive uma versão para "Ellie, My Love" do inoxidável Ray Charles, intitulada "Itochi no Elie".

Charmosíssima!
É uma cantora levemente açucarada, com tempero suave. Seu visual é o de uma moça moderna dos anos oitenta, com cabelos castanhos volumosos, mas não longos, cós alto e cores na idumentária. Para quem conheceu a década, é inevitável ligar o som, fechar os olhos e imaginar o Brasil recém-saído da ditadura (mal sabíamos, meu Deus) e cheio de esperanças, coma criatividade no auge, os quadrinhos nacionais produzindo como nunca e tudo mais. Os hits da época estão todos lá, prontos para a Sessão da Tarde voltar a valer à pena.

Sua voz não é empostada, não abusa de extremos de tons e não tem uma marca d'água a ser explorada. É leve de se ouvir, não cansa e não gruda demais, tornando-a apropriada para quem gosta de dirigir ouvindo música. Vais cantar com o som, mas não vais perder o foco do trânsito. O charme e a simpatia que empresta às photographias, até onde sei, são os que leva em sua vida pessoal.


Website oficial da Beni, clicar aqui.
Página dela na Universal Racords, clicar aqui.
Um pouco mais sobre ela, na wuikipédia, clicar aqui.

sábado, 7 de abril de 2012

Ronnie Von; o príncipe

Photo: Divulgação TV Gazeta

Sob câncer, com uma força de vontade capricorniana, madrugou nos primeiros minutos de 17 de Julho de 1944, uma baita de uma segunda-feira, em Niterói... Leva uma bifa o brasileiro que me perguntar onde é Niterói! Actor, apresentador, cantor, compositor, escritor, economista, piloto de caça, ídolo de milhões, sonho de consumo das donas Mirtes, pé-de-valsa e sei lá mais o quê. Creio que com duas horas de conversa comigo, ele vira especialista em engenharia automotiva; o homem é o cara! Nome da figura: Ronaldo Lindenberg Von Schilgem Cintra Nogueira.

Sua infância foi muito estranha! Jogou bola, correu, caiu, machucou, passou gelol, voltou a correr, quebrou coisas, levou no lombo por isso, chorou perdas duras e foi acolhido pelos pais. Estudar era um suplício, afinal ele tinha que aprender para passar de ano, não tinha essa lambança de ser empurrado por psicopata-pedabobos. Precisava ler para fazer uma pesquisa escolar, tinha que andar até a biblioteca, anotar tudo o que fosse importante à mão, com lápis, levar para casa o que foi anotado, corrigir, passar a limpo e só então organizar tudo para fazer o trabalho. Músicas eram outra dificuldade! Para tê-las em casa, imaginem só, era preciso comprar os discos!

Coitadinho do Ronnie Von, que vidinha triste sem amenidades, facilidades, imediatismos e permissividades! Cheia de traumas e incoerências pedabobológicas politicamente impatéticas. Tadinho do Ronnie Voooonnn! Chuif!... UMA PINÓIA! O cara foi cuma criança feliz, saudável, com resistência a doenças que derrubariam vocês em três tempos! Ele nunca teve moleza, nem havia isso na época, mas teve uma vida confortável, com boas oportunidades que soube agarrar com vontade. Tornou-se um homem de verdade, um cavalheiro do tipo que faz muita falta em nossa sociedade pubiana.

Em 1960, aos quinze anos, entrou para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar de Barbacena, onde pilotou um Fokker T-21, com apenas dezessete anos... E tu, mané, se gabando de pegar o carro da tua mãe escondido, heim! Apesar de ter passado em 72º lugar, entre quatro mil candidatos, que concorreram a 240 vagas, 16,66 candidatos por vaga, para a alegria das moças, descobriu a tempo que não era sua vocação. Se acham que não precisa de vocação para a carreira militar, experimentem entrar sem gostar, especialmente a aeronáutica. Mesmo assim, a experiência forjou seu já bom caráter. Em uma entrevista à Isto É (esta aqui) afirmou que lá aprendeu disciplina, organização, hierarquia e respeito à lei; cousas que não existem só no mundo militar, são parte da natureza e, nela, são implacáveis.

Estudou economia à noite, trabalhando com um tio durante o dia, administrando empresas de operavam o mercado de capitais. Se hoje isto ainda enrola a cabeça de muita gente, imaginem na época. Mas sua carreira solo durou pouco. Após casar-se com Aretusa, mãe de seus dois anjinhos, tentou trabalhar no mercado paralelo de capitais, montando uma distribuidora de valores, mas precisou vender até o carro para honrar seus compromissos. Foi particularmente doloroso, porque o carro foi presente de casamento do pai.

Mas eis que surge uma luz no fim do túnel, com Ronnie trabalhando no que aparecia, para manter as boquinhas famintas que tinha em casa. Os Beatles desembestaram pelo mundo e atrairam o interesse do nosso amigo em 1964. Claro que ele soube dos garotos de Liverpool por jornal, rádio e tevê, garoto, na época nem se falava em computados sem pensar em filme de espionagem. Em 1965 o amigo Eli Barra, integrande do cover Brazilian Beatles, o apresentou ao productor Glauco Pereira, que abriu o sorriso e contractou Ronnie. Aliás, ele fez a proeza de criar uma versão bem feita e coerente de uma música do quarteto, gravando "Meu bem", em cima de "Gilr".

Foi apresentado no programa "Brazilian Beatles Club", da sudosa TV Excelsior do Rio de Janeiro, cantando "You've Got to Hide Your Love Away". Daí acabou a pendenga, os sete anos de privações acabaram, os esqueletos de vacas voltaram para o Nilo e as vacas voltaram a ser gordas e produtivas. Até hoje.
Ganhou o apelido de "Pequeno Príncipe" no programa "Corte Rayol Show", em 1966, ano em que ganhou seu próprio programa, "O Pequeno Mundo de Ronnie Von". Em 1967 gravou "A Praça", de Carlos Imperial, e estourou nas paradas. Neste programa ele deu chance e mostrou para o Brasil um monte de gente que fez história na música popular, como toda a patota da tropicália e Os Mutantes; de início, o nome era "Os Bruxos", mas Ronnie os convenceu a mudar o nome. Com o fim do programa, passou uns dias em um bairro hippie, quando foi à Disneylândia, voltou psicodélico e actual com o que se fazia lá fora.

Seu sucesso causou ciúmes, dizem as más línguas, até no trio de ouro da Jovem Guarda. Mesmo não participando do programa "Jovem Guarda", capitaneado por roberto Carlos, ele fez parte do movimento e é reconhecido como seu integrande oficial.

Trabalhou em muitos filmes, freqüente com Os Trapalhões, inclusive actuou no argentino  "Taxi Uno". Neste, aliás, encontrou a amiga de infância e amor juvenil, Cristina, com quem se casou e é feliz.

"Tranquei a Vida" o lançou internacionalmente. A música melancólica, em uma época em que as músicas francesa e italiana eram fortes no Brasil, marcou para sempre sua carreira e, de certa forma, sua vida também.

Teve muitos programas, sempre com seu público já fiel e cativo, como tem até hoje, apresentando o "Todo Seu" na TV Gazeta, sem arroubos de audiência, mas com índices seguros, nos quais a emissora pode se apegar para garantir os patrocínios. E a mulherada participa, não se enganem! O nível do programa é bem alto, coisa de utilidade pública mesmo.

Seu casamento durou doze anos, depois do quê precisou ser pai e mãe. Aqui o aprendizado na aeronáutica lhe valeu como salva-vidas. A experiência lhe rendeu a inspiração e experiência para se aventurar nas letras e lanças o livro "Mãe de Gravata", onde repassa sua experiência, seus erros e acertos, para quem precisa cuidar de seus filhos em situações adversas; no mundo de hoje, existir já é uma situação adversa, então compre e leia com vontade. Todo este cabedal seduz diariamente Cristina, sua esposa e companheira fiél.

Não há escândalos em seu currículo. Ele mantém a porta de sua casa fechada a quem não interessa. O facto notório e comovente foi em 1979, quando contraiu Polineurite Neuro Radicular, que o deixou na cadeira de rodas por meses. Peninha? Há! Respeita, rapá! Ele afirmou em alto e bom tom "Só saio do palco se me abaterem a tiros, e mesmo assim vou lutar para que isso não aconteça". Uma resposta para a imensa corrente de orações dos fãs em seu favor. Se há uma palavra para descrever sua postura diante das cacetadas do mundo, é "DIGNIDADE".

Ronnie é um homem bom, ordeiro, gentil, honesto, íntegro, culto, experiente, alguém que muitas mulheres temem encontrar, porque temem ser uma ilusão grande demais para suportarem uma eventual decepção. Ele entende as mulheres, compreende sua alma e a toca com a delicadeza e firmeza necessárias, daí muito idiota, até hoje, comentar que ele é gay. Para quem não conhece seu programa, lá há o quadro "Visão Masculina", onde só homem entra, para que eles possam desabafar, falar, colocar seus bichos para fora e aprender com o mestre o que fazer. Sujeitinho legal, heim!

Para saber mais, basta digitar "Ronnie Von" no buscador e ter uma miríade de informações a seu respeito, inclusive uma penca de entrevistas relativamente recentes e confiáveis. Letras, músicas e vídeos aos borbotões estão ao seu alcance, sem que precise copiar, corrigir, passar a limpo, organizar, et cétera.


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