A ficção é uma excelente escola. Um aprendizado constante. Como disse aqui e aqui, nem dá para enumerar o tanto que a mestra me ensinou.
Hoje ainda, comentando o assunto com as colegas de trabalho [/Sílvio Santos], percebi que a lista é interminável. Portanto, faço uma singela contribuição para esse empreendimento que é citar o que a ficção ensinou, mas quero fazer como se fosse verbete de dicionário.
Humilhar - v.t; ato de levar o/a mocinho/a da trama a situação vexatória; impor constrangimento ao/à bonzinho/boazinha ou mesmo a um ajudante-de-vilão. Submeter qualquer outro personagem, destruindo sua auto-estima. Manifesta-se em situações como:
Oferecer/levar a vítima a um jantar sofisticadíssimo, em especial indicado para os que tem ou que se supõe ter origem humilde. No menu principal: scargot, quase sempre.
Enfatizar a origem humilde da vítima com os adjetivos mais pejorativos, pedantes e preconceituosos que estiverem a seu alcance. Racismo também é muito bem-vindo para o quesito. Fazer com que a vítima perca o emprego e/ou ser presa rende muitos pontos extras.
Se a vítima for nova-rica, além de sublinhar sua origem de todas as formas possíveis, também é absolutamente essencial destacar a falta de classe, bom gosto, bom senso, cultura e tudo mais que for visível. Ironias são essenciais.
Se o alvo for de classe social igual à do vilão/vilã, não há problema. Sempre haverá um item ao qual se apegar para destroçar a auto-estima da vítima. Culpar por um acidente/morte de parente (levar a mãe à morte no parto é algo de que sempre se pode culpar uma pessoa), sabotar a empresa, elencar todos os defeitos e feiúra do oponente são itens imprescindíveis.
Uma aula de como humilhar você terá com:
Odete Roitman e Bia Falcão (PhDs). Humilhando a própria família, amigos, serviçais, puxa-sacos em geral e, é claro, inimigos, com muito estilo.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
A escola da ficção
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4 comentários:
No caso das duas, a humilhação era moeda de troca para quem se sujeitava.
Totalmente verdadeiro. Muitas vezes, a humilhação é consentida, epserada, até mesmo desejada.
Humanus est.
Não sei se sabes, mas este é o blog da Clarissa: http://satisfeitayolanda.blogspot.com/
Não sabia!
Vou agora olhar.
Obrigada, querido!
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