sábado, 4 de agosto de 2012

Cacildis! Tô no facebooks!


Típico homem do povo, que tem preconceito por desconhecimento, não por maldade, Antônio Carlos Bernardes Gomes nasceuzis em 07 de Abrilzis de 1941, morreuzis em 29 de Julhis de 1994. Veio pelo Rio de Janeiris e se escafedeuzis por São Paulis, hehehehehehehehe!

A parte séria da vida do Mussum é esta: Nasceu no Morro da Cachoeirinha, conseguiu diploma de ajustador mecânico em um colégio interno, serviu à gloriosa FAB por oito anos, enquanto integrava a Caravana Cultural de Música Brasileira, de Carlos Machado. Fundou Os Sete Modernos, depois rebatizado de Originais do Samba. Recusou um convite para ser humorista de televisão, alegando que pintar o rosto não é ciosa de homem, o que conhecer  Lima Duarte, Tony Ramos e Tarcísio Meira tirou de sua cabeça, mas ainda assim ele aproveitou esses pequenos tabús dos homens simples em seu personagem, o Mussum.

Mussum é um peixe escorregadio e liso, alcunha que ele ganhou de Grande Otelo em seus bastidores. O trapalhão estava nas telas, na vida real, Mussum foi um homem inteligente e atento aos acontecimentos ao seu redor.

Recusou uma segunda vez o convite, feito por Wilton Franco, da TV Excelsior, mas foi convencido por Manfried "Dedé" Santana a integrar um trio consigo e Renato "Didi" Aragão, que se tornaria um quarteto com a entrada de Zacarias. Antônio Carlos conseguiu conciliar o samba com a televisão até o programa ser transferido para a Globo, quando o sucesso assoberbou sua agenda e precisou abandonar o grupo que fundou. Era também director de harmonia da ala das baianas da Estação Primeira de Mangueira, além de flameguista roxo.

Foi um grande vendedor, tinha marcas cativas como Etti, Hepatovis, plano de saúde Assim, além de ajudar os outros a vender o Chester da Perdigão e o Toddy, quando era o Toddy que nós, mais velhos, colocávamos em quantidades mínimas no leite, para dar sabor de chocolate forte.

Depois de vinte anos de televisão, vinte e sete filmes, e de provar que negros podiam ter tanto carisma, fama e respeito quanto brancos, ele não resistiu a um transplante de coração. Mas tambénzis, deve ter sido coraçãozis corintianis, cacildis! Como Zacarias já tinha passado, e o trauma da perda ainda pairava no trio, foi o fim formal dos Trapalhões.

Deixou quatro filhos: Antônio Carlos júnior, o Mussunzinho, Augusto, Paula e Sandro.

A parte engraçada, que fazia justificar seu apelido: Popularizou os sufixos "is" e "évis", parte de sua técnica de humor, colocaros aleatoriamente nas palavras, com o tempo passando a integrar algumas expressões como "Cacildis!", "levar no forévis", "Negão é teu passadis!". Ao mesmo tempo em que fazia rir, mostrava a face perversa e dava broncas no racismo dissimulado do brasileiro.

Há uma diferença enorme em ser chamado de "Grande pássaro", "Azulão", "Cromado" e "Engraxado" entre amigos, e ser tratado assim em tom de escárnio por desconhecidos. Os Trapalhões mostravam isso, até com o Mussum devolvendis as piadis, chamandis o Didi de jabá e cabecis chatis, hehehehehe. Aliás, a risada marota e seriada é uma de suas marquis registradis, hehehehehehe.

Mussum gostava de mé, de cachasis, tanto no palco quanto na vida real, mas em nível civilizado nesta. Nas telas, ele protagonizou uma sátira ao lançamento do pró álcool, que o governo abandonou à própria sorte: Mussum chegou a um Opala que estava em um posto, abriu o bocal do tanque, colocou açúcar, limão, gelo, balançou o carro, colocou um canudo e começou a beber. O jeito de andar, meio sambando, já causava ataques de risos no público logo quando entrava em cena, ainda mais quando ria com aquela expressão  sem-vergonha para o público. Aquilo é que era humor!

Vários logradouros, trocaram de nome e viraram "Rua Humorista Mussum" em São paulo, "Largo do Mussum" no Rio, e por aí vai. Sabem o que é mais engraçado? É que ele voltou a fazer sucesso, desta vez mundial, talvez mais do que na época, e com gente que não o conheceu. No Fecebook, a onda do Mussum começou satirizando Barak Obama, colocando a cabeça do Mussum no lugar da do americano e escrevendo em baixo "Obamis! Yes, we créu". Daí para ele ser montadis em muitas photographias de famosis internacionais, até da Madona, foi um pulis!

Para quem não conheceu, vai uma palhinha do Mussum:



0 comentários: