sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O frenesi d'As Frenéticas

Fonte: http://www.lobal.com.br/2012/03/as-freneticas-discografia.html

Os anos setenta foram muito toscos, bem mais do que os oitenta, vocês nem imaginam. Ficou ainda mais no último terço, quando a febre da discoteque surgiu e se proliferou pandemicamente pelo mundo todo, até nos países comunistas se dançava às escondidas. Dizem alguns que foi a goda d'água para a revolução islâmica. Mas também nos legou cousas boas, uma delas foi o sexteto As Frenéticas.

A idéia foi do produtor musical Nelson Mota, que ao contrário do que muitos pensam, está vivo. Ele inaugurou sua própria discoteca, a Frenetic Dancing Days na Gávea, em 1976, com uma sacada genial, as garçonetes seriam também cantoras, se apresentando no palco entre um serviço e outro. Os uniformes, na época da revolução sexual, eram maiôs colantes. Sua cunhada, Sandra Pêra, irmã da Marília, gostou e chamou algumas amigas para fazerem parte da festa: Regina, Leiloca, Lidoca e Nega Dudu, mais tarde acolhendo também a mulata Edyr de Castro; esta tinha um belo currículo, participou do clássico musical Hair.

Fonte: http://gente.ig.com.br/tvenovela/abra-suas-asas-solte-suas-feras-grupo-as-freneticas-invade-a-tv/n1300018928268.html

Roberto de Carvalho, que então namorava Rita Lee, cuidou dos ensaios e do burilamento das seis, um investimento que se mostrou mais acertado do que Mota imaginava.

A discoteca abriu e as moças, que cantavam ao vivo, se mostraram muito mais talentosas do que Mota esperava, o sucesso não coube no ambiente de trabalho e ele perdeu suas garçonetes. Não se tratava apenas de um grupo com apelo sensual e letras paupérrimas, como acontecia muito na época... E voltou a acontecer hoje.

O grupo era bem humorado, maravilhosamente cínico, com letras bem feitas e melodias que casavam perfeitamente com elas. A indumentaria sexy só acrescentava argumentos para os shows, porque na hora da música, ninguém ficava parado. Não era um grupo de apelo pubiano, a alegria de viver e a espontaneidade como lema de vida foram a marca registrada e resplandecente das Frenéticas. Letras com duplo sentido eram comuns, mas nada que uma criança não pudesse ouvir. Aliás, a música "Perigosa" dá aula de sensualidade nesses caçadores de paparazzi de hoje.
Fonte: http://mais.uol.com.br/view/aomtirh74gp7/as-freneticas--discos-de-ouro-platina-e-platina-duplo-0402326ED0A11346?types=A

A Warner tinha acabado de aportar no  Brasil e elas foram as primeiras contractadas. O sucesso foi tamanho, bem como a qualidade do que cantavam, especialmente se comparado ao grosso da sopa da discoteque, que conseguiram cantar os temas das célebres novelas Dancing Days e Feijão Maravilha. Mas um dos carros chefes foi uma obra prima de um gênio da música popular brasileira, "A Felicidade Bate à Sua Porta", de Gonzaguinha. Foi disco de ouro, com mais de cento e cinqüenta mil cópias.

Sandra e Regina saíram em 1982, em 1984 o grupo se desfez. Mas voltou em 1992 para cantar a abertura de outra novela, o belo nonsense "Perigosas Peruas", que integra um disco com coletâneas e várias inéditas. Mas não foi o que Lidoka esperava, quando em 1998 tentou reformar o conjunto. Leiloca afirmou que só retornaria se tivesse o básico, como a estrutura e amparo executivo com que contavam nos anos setenta. Infelizmente os tempos são outros e a mentalidade também.

A volta das Frenéticas foi apagada, em nada lembrando o estrondo de sua estréia. Guardadas as proporções, assim como o ABBA, As Frenéticas tiveram sua função na época em que surgiram, duraram bastante, deram credibilidade e ainda hoje amparam suas antigas integrantes. Se é uma pena que não tenham vingado, sim, é. Poderiam ser como o Chicago, uma franquia que mantém a qualidade da formação original, e assim consegue sobreviver bem com os integrantes novos a cada reformulação. Mas talvez o mundo de hoje não esteja preparado para seis garçonetes atiçando a libido sem precisarem esfregar a calcinha na câmera.
Fonte: http://gente.ig.com.br/tvenovela/abra-suas-asas-solte-suas-feras-grupo-as-freneticas-invade-a-tv/n1300018928268.html

Nenhuma delas se tornou inimiga mortal das outras, nenhuma está na miséria, nenhuma chegou à maturidade sem histórias pra contar aos descendentes, capazes de ofuscar totalmente essas festinhas de photos de orkut . Dhu Moraes, Edir de Castro, Leiloca, Lidoka, Regina Chaves e Sandra Pêra ainda são amigas e não têm do que se envergonhar, pelo contrário, são um exemplo e lição para os grupos femininos de hoje. Elas deram conta do recado. O período de actividade do grupo acabou, mas As Frenéticas não! Então abram suas asas e soltem suas feras!




3 comentários:

Anônimo disse...

Procurava alguma coisa sobre a Regina Chaves e esbarrei nesse blog. São tantos erros de português que até desisti de continuar lendo. Desculpa, mas faça uma correção nesse texto.

Anônimo disse...

São tantos erros de português !

Não seria erros de grafia?

Nanael Soubaim disse...

Encontrei três pontos que poderiam ser apontados, foram corrigidos. Quanto à graphia, eu não aderi ao golpe contra a língua portuguesa.