Rosa Marya Colin tem uma voz bonita, meio melancólica, própria para uma diva negra. Seu grande sucesso, infelizmente o único grande sucesso, foi uma versão de Califórnia Dreaming, que cantou para uma peça publicitária em 1988 para a C&A. Foi um estrondo, mas infelizmente ela logo foi esquecida pelo grande público que, aliás, nem sabia se tratar de uma brasileira.
Começou sua carreira em 1963, no programa Hoje é Dia dos Brotos, do saudoso Rossini Pinto, pela rádio Tupi do Rio de Janeiro. Seu primeiro disco foi em 1966, "Uma Rosa com Bossa". Chegou a trabalhar na Record e, em 1968, participou da peça Hair.
Uma temporada fora em 1972/73, na volta ficou quatro anos em cartaz no Clube de Jazz Opus 2004, que inaugurou em São Paulo. Gente de outros Estados comparecia às apresentações, ou seja, o brasileiro realmente já foi mais criterioso com seus gostos musicais.
Poucas rádios, como a Executiva FM, ainda tocam a música. mas o repertório da cantora é bem amplo, a maior parte em inglês, mas também muito de Noel Rosa. A preferência clara por jazz e blues não é estranha, combina com ela e com seu timbre.
Imagino os motivos para ela não estar enchendo as burras com turnês e contractos, acredito que os leitores também tenham uma clara idéia. Alguém que canta versões maturadas de antigos sucessos, não consegue penetrar nas cabeças pubianas que predominam. Não que meu gosto seja sinônimo de virtuosidade musical.
Suas apresentações não costumam atrair a "juventude", normalmente são casais que jantam ao sabor de sua voz divesca. Se isso não lhe garante fortunas a cada música, pelo menos assegura um público mais fiel, de audição mais refinada. Se bem que canções como Calling You têm momentos de boas batidas. Profundidade, muito mais do que sonoridade, é uma de suas regras.
Faz muito mais sucesso lá fora do que aqui, infelizmente, o que não a abate. Ela não abre mão do palco, seja cantando, seja no teatro. Tem feito participações na televisão, ainda sem a devida recompensa pelo seu talento. Em 2007 fez Tia Anastácia, no remake do Sítio do Pica-Pau Amarelo, além de participar de novelas como Ciranda de Pedra e Paraíso. A Rede Globo, com todos os contras, pelo menos para isso costuma servir.
Rosa assume publicamente sua forte espiritualidade, com simpatia explícita pelo espiritismo, pelos Rosacruz, pelos estudos da Kabbalah... Talvez isto deponha contra, estamos vivendo uma guerra dogmática branca das mais estúpidas da história. Assumindo-se, ela espanta muita gente que gosta de seu trabalho, mas odeia aquilo em que ela acredita. Vão-se os manés, ficam os sem-medos.
A recomendo para quem aprecia uma diva da melhor safra, com todos os bônus de uma que sobreviveu à juventude e ainda pode ser encontrada, na activa, sem medo do trabalho.
Começou sua carreira em 1963, no programa Hoje é Dia dos Brotos, do saudoso Rossini Pinto, pela rádio Tupi do Rio de Janeiro. Seu primeiro disco foi em 1966, "Uma Rosa com Bossa". Chegou a trabalhar na Record e, em 1968, participou da peça Hair.
Uma temporada fora em 1972/73, na volta ficou quatro anos em cartaz no Clube de Jazz Opus 2004, que inaugurou em São Paulo. Gente de outros Estados comparecia às apresentações, ou seja, o brasileiro realmente já foi mais criterioso com seus gostos musicais.
Poucas rádios, como a Executiva FM, ainda tocam a música. mas o repertório da cantora é bem amplo, a maior parte em inglês, mas também muito de Noel Rosa. A preferência clara por jazz e blues não é estranha, combina com ela e com seu timbre.
Imagino os motivos para ela não estar enchendo as burras com turnês e contractos, acredito que os leitores também tenham uma clara idéia. Alguém que canta versões maturadas de antigos sucessos, não consegue penetrar nas cabeças pubianas que predominam. Não que meu gosto seja sinônimo de virtuosidade musical.
Suas apresentações não costumam atrair a "juventude", normalmente são casais que jantam ao sabor de sua voz divesca. Se isso não lhe garante fortunas a cada música, pelo menos assegura um público mais fiel, de audição mais refinada. Se bem que canções como Calling You têm momentos de boas batidas. Profundidade, muito mais do que sonoridade, é uma de suas regras.
Faz muito mais sucesso lá fora do que aqui, infelizmente, o que não a abate. Ela não abre mão do palco, seja cantando, seja no teatro. Tem feito participações na televisão, ainda sem a devida recompensa pelo seu talento. Em 2007 fez Tia Anastácia, no remake do Sítio do Pica-Pau Amarelo, além de participar de novelas como Ciranda de Pedra e Paraíso. A Rede Globo, com todos os contras, pelo menos para isso costuma servir.
Rosa assume publicamente sua forte espiritualidade, com simpatia explícita pelo espiritismo, pelos Rosacruz, pelos estudos da Kabbalah... Talvez isto deponha contra, estamos vivendo uma guerra dogmática branca das mais estúpidas da história. Assumindo-se, ela espanta muita gente que gosta de seu trabalho, mas odeia aquilo em que ela acredita. Vão-se os manés, ficam os sem-medos.
A recomendo para quem aprecia uma diva da melhor safra, com todos os bônus de uma que sobreviveu à juventude e ainda pode ser encontrada, na activa, sem medo do trabalho.
Web site de Rosa, clicar aqui.
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