Fonte: http://cinemacoma.com/the-star-trek-into-darkness-teaser-trailer-is-awesome/ |
O que Star Trek tem a ver com natal? Tudo. Foi a série que, pela primeira vez, colocou alienígenas, orientais e mulheres, inclusive uma belíssima negra, no pelotão de elite do elenco fixo.
Jornada nas Estrelas trata de uma Terra em que os povos já desbastaram suas diferenças, em que a ONU passa a existir de facto, e não apenas como marionete de potências, inclusive ditaduras sangrentas.
Os militares, então, sem serviço no planeta, passam a proteger o espaço ao seu redor, inclusive preventivamente, agindo em missões diplomáticas aonde a humanidade ainda não chegou, oferecendo cooperação pacífica a todos os planetas habitados que encontram.
Recentemente, voltaram a fazer longas da franquia, que valem à pena e merecem o fardo de ser Star Trek. Não que as últimas séries não tenham sido boas, mas muitos episódios começaram a ficar longe do carisma e da qualidade artística que arregimentou fãs pelo mundo, e deu origem ao movimento cosplay.
Agora, indo mais fundo na philosophia de auto superação e esperança, mais natalino do que isso é quase impossível, está previsto para 26 de Julho de 2013, no Brasil, o longa "Star Trek in the Darkness", com título nacional "Star Trek - Além da Escuridão. Um bom exemplo de como o título nacional pode ficar melhor do que o original... Alguns vão entrar na sala pensando que é uma estréia surpresa de Batman, inclusive pelo cartaz promocional.
Antes que alguém se empolgue com um filme fatalista, pessimista e batmaníaco, vou logo repassando o recado do director JJ Abrams: "Eu não gosto de ir para o cinema para me sentir mal. Eu não gosto de ir ao cinema para me sentir deprimido e diminuído. O motivo pelo qual você vai ao cinema é para se sentir maior, mais forte e mais feliz. Esse é um filme que, certamente, vai para além da escuridão. Mas eu seria o diretor errado se deixasse os personagens por lá".
Algo nós dois temos em comum. O mundo real já é duro e pessimista na medida certa, não preciso pagar dez pilas para sair do cinema com vontade de cortar os pulsos. Também por isso não gosto de filmes de zumbís.
O vilão, vivido por Benedict Cumberbatch, é o terrorista Johnn Harisson, que o actor descreve como uma mistura macabra de Coringa com Hannibal. Se tiver um quarto da inteligência e do carisma de cada um, será um vilão épico. É um cara "comum" que surta contra o seu emprego e dá trabalho para a tripulação da Enterprise. Simplificando a história, é claro. Ele consegue não só destruir a frota estrelar, como levar o então pacífico e próspero mundo inteiro, a uma crise profunda, que justifica o título.
Com o mundo indefeso, a Enterprise é chamada de volta, para dar conta do recado. Só que o vilão está dentro da organização, ele conhece tudo, todas as rotinas, todos os protocolos, todos os acessos, algo que nenhum outro funcionário talvez saiba. É assim que ele se torna tão perigoso.
Com isso, a tripulação bebe na fonte, tendo seus integrantes expostos pessoalmente ao perigo. Não estou falando de o Capitão Kirk estar defronte ao inimigo, falo de o James Kirk estar na mira dele. É pessoal, Harisson quer ver todo mundo morto. De preferência, com humilhação.
Algo de muito bom, em que a série original falhava, certamente pelo extremo interesse da época no espaço desconhecido, é a inclusão da Terra de então nos novos filmes. Nos anos sessenta, não dava para se fazer muito, além de filmar em cenários e nos desertos. Hoje, com um universo inteiro podendo ser gerado por computador, e os paradigmas tecnológicos da primeira série deixados para trás, os roteiristas podem delirar à vontade. Imaginem se a série original, tivesse tido acesso a tamanha capacidade técnica!
Aos marmanjos de plantão, os mini vestidos curtinhos continuam, a onda do politicamente patético não atravessou o escudo de proteção da nave, mas como no original, a barra não sobe.
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