segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Welcome to my life



Eu conheci um rapaz e me interessei por ele. Perguntei se ele queria me namorar. Ele disse que não, que já tinha alguém. Fui em frente. Pouco tempo depois, a história mudou: ele começou a andar atrás de mim. Fuçando um pouco, descobri o motivo: a outra havia dado no pé.

Contrariando tudo o que a auto-estima me dizia, aceitei. Começamos a namorar. Em seguida, tivemos um filho. A cara do pai. Mais outro, um pouco menos parecido. A vida foi passando. Apesar da prole e da casa, não chegamos a casar. Passamos a nos ver cada vez menos. As crianças faziam perguntas e eu não sabia o que dizer. Sorte minha de ter uma sogra maravilhosa, apesar de meio louca.

Aí, apareceu outra pessoa. Outro rapaz. Ele se interessou por mim. Fiquei na dúvida. Eu me considerava comprometida com o sumido. Passei por cima disso a tempo. Quem não é visto, não é lembrado. Aceitei namorar o outro.

No começo, foi um caos. Meus filhos não aceitaram o relacionamento. Fizeram boicotes, rebeliões, guerrilhas. Continuei firme e forte. A vida é minha, tenho o direito de ser feliz. E filhos não devem mandar nos pais. Se não estivessem contentes, que fossem morar com o pai. Se conseguissem encontrá-lo.

Minha sogra (ou ex-sogra) me apoiou. Ela chegou a dizer que “foi para a feira, perdeu a cadeira”. Meu sogro (ou ex-sogro) tentou me dissuadir, dizendo que “eu não devia tomar nenhuma atitude precipitada”. Amigos também tiveram a sua chance de dar palpites. Até meu pai se meteu na questão.

Passado o furdunço, meu namorado conseguiu conquistar meus filhos. Nos casamos na igreja e moramos, agora, todos juntos. Meu ex reapareceu, esperneou um tantinho, mas descobri que ele já tem quem o console. Melhor assim.

Nossa família, agora, conta com mais duas filhas. Uma loira cabeça de vento e uma chata, metida à rebelde, que está me fazendo branquear os cabelos. Vivemos felizes, apesar de tudo.

Temos uma escola e uma casa bem melhor do que a que eu tinha com o outro. Meu marido ainda não sumiu. Meu pai está procurando amor, mas não encontra. Minha mãe é meio distante, mas existe. E tenho a minha ex-sogra, que as crianças adoram.

Eu não sabia que criar um perfil fake no orkut seria tão divertido!

7 comentários:

Edu disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Porra, Deb...

Quem não te conhece, é capaz de acreditar! kkkkk


Mara! seu texto. Como sempre...

Rafaela disse...

HAHAHAHAHHAHHAHHAAHHAHA!
Só percebi que era sobre o fake quando comecei o segundo parágrafo!

Luna disse...

Meu pai não encontra amor porque não tem nariz. Acho injusto!

Adriane Schroeder disse...

Menina, me enredou direitinho!
Vou criar um perfil falso só pra poder ser amiga do teu!
ehhehehehe

Nanael Soubaim disse...

Sabia que havia algo errado, e o que poderia ser mais errado do que orkut? Se os outros foristasa virem, será uma onda de fakes orkuticos.

Frankulino disse...

MORRI
Até o início do primeiro parágrafo fiquei tipo "Caraca, não acredito". Depois a fixa caiu e pensei "A Dé é besta de se meter numa situação dessas.. Falta de auto-estima pride"
Daí eu vi a palavra filho e acreditei que era fake...

Depois fiquei tipo "oi? Será que é verdade mesmo? Que ela tem mesmo uma vida escondida?"


DEpois fiquei tipo "Ah, é mentira"

Agora já não sei mais de nada




De qualquer forma, arruma um véio com aposentadoria, Dé!

Frankulino disse...

Morri encarnações, ok?

bjo!

Gente, Ó paí, ó acabou... Comöfas?