Sem muita idéia do que escreveria, fui surpreendido em conhecer uma banda nova, chamada A Banda Mais Bonita da Cidade. Vi o primeiro vídeo no Estúrdio Blog's New.
O trabalho da banda curitibana é simples, mas aquela simplicidade que, quem conhece do assunto, sabe que custou muito suor para ser conseguida. O capricho e a calma das melodias as torna próprias para dias de chuva, ou para lembrar da pessoa que foi embora, de vez ou não.
O que temo é que formações assim costumam durar bem pouco, e hoje já não se dá mais a devida importância a um serviço simples e bem acabado. Felizmente eles têm apresentações agendadas, estão começando de baixo e de forma independente, sem um selo a cobrar-lhes sucesso estrondoso em pouco tempo. Ser independente é uma faca de dois gumes, os integrantes podem se sentir à vontade para sair da formação, mas também podem se sentir naturalmente à vontade na formação.
Não sei dizer, pela novidade que ainda são, o que os fãs gostam tanto neles. De minha parte gosto do cheiro de terra molhada que suas canções exalam, às vezes misturado com cheiro de cobertor quente. O ambiente pode ser o quarto escuro, coma a avó fechando a porta e tu esperando o sono agir, se é que já não o fez.
Também traz lembranças de natais passados, tristes por terem sito tão mais alegres do que os de hoje, de aniversários que ainda tinham importância e passeios de domingo. E viagens... Viagens de ônibus com a paisagem ficando para trás, sem brinquedo electrônico, sem celular, sem internet sem fio, sem sequer um video-game de bolso. Só a paisagem indo embora, para a qual eu é que ia embora.
O melhor modo de se aproveitar as canções deles é sentar-se em uma cadeira de balanço e deixar a música trabalhar, embalar os balanços enquanto o dia passa. Tudo passa.
2 comentários:
Eles são maravilhosos!!!
Valem por um analgesico.
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