sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Assim nasce uma diva


Chloë Grace Moretz, que desceu em Atlanta em dez de Fevereiro de 1997 (aqui e aqui) ou seja, é ainda uma menina, deu um passo importantíssimo para ser muito mais do que um rosto bonito em Hollywood.

Em uma conversa (aqui, aqui and here) com o veterano Martin Scorsese, ela interpretou com perfeição um sotaque britânico. O cineasta ficou pasmo quando percebeu que ela não é inglesa. Resultado, ganhou um papel para seu filme trintista: A Invenção de Hugo Cabret, que estréia por cá em dezessete de Fevereiro próximo. Website da menina aqui.

O que há de tão extraordinário nisso? O facto de ela ter conseguido o sotaque treinando com o irmão, inventado personagens para ensaiar e se inspirado em Gwyneth Paltrol em "Shakespeare Apaixonado". Ela não fez laboratórios em redutos ingleses, nem mesmo viajou à Inglaterra, simplesmente treinou com o que tinha em mãos. O resultado, pelo espanto de Scorsese, foi um sotaque natural, elegante e bem falado, sem exageros de quem quer mostrar tudo o que sabe em menos de um segundo.

Apesar da pouca idade, a menina já tem uma carreira recheada nas telas desde 2005, quando fez Molly em "Heart of Beholder", mas está no ramo desde os seis anos, quando fez Violet na série The Guardian.

Na vida pessoal ela não tem moleza. A mãe disciplinadora controla de perto e com rigor os seus gastos, principalmente com roupas, também não permite que fale os palavrões que precisa dizer por suas personagens. Um bom e raro seguro contra deslumbramento e perda de rumo. As divas dos anos áureos, todas elas, passaram por alguma experiência de privação e/ou disciplina rígida, que moldou seu caráter e sustentou seu talento. A matrona impede que a diva aflore antes da hora, mesmo com os picaretas de Hollywood querendo espetar sua filha com seus tridentes.
Isto, na vida real, NEEEEEEEEEMMM PENSAR, MOCINHA!

O que esperar disso: Que a menina cresça com a cabeça no lugar e visão de longo prazo, que faltou a muitos dos artistas-mirins. Ela afirma em entrevistas que sua família, bastante tradicional, lhe propicia uma vida de adolescente, sem afetações e com todas as obrigações que todos os adolescentes deveriam ter, inclusive as regras de civilidade e boa educação. Com isso as chances de uma carreira longa e próspera, sem temer o lado negro da força que a fama de super star oferece como tentação, são grandes. A menina é esforçada, tem amparo familiar e provou ter muito mais do que talento, tem profissionalismo.

Que ela vai soltar a franga, quando tiver a maioridade, é quase certo, mas a base para controlar o afã por emoções fortes ela já tem. Ela é fã de Audrey Hepburn, se seguir metade das lições deixadas pelo Anjo das Crianças, o brilho de duva será certo e longevo.
Notaram uma certa semelhança com a diva de gelo Greta Garbo? (website da diva)

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