quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Vampiro do crepúsculo, tire seus dentes daqui! Ou: Haja alho!

Não li os livros da moda, não assiti ao filme, não vi as séries recentes sobre vampiros, mas vejo o mundo tomado por eles. Haja alho!

É interessante como esse ser sugador de sangue ressurge e aparece quando menos esperamos. E eu não me refiro ao imposto de renda.

Assim, não tenho nada a comentar sobre o fenômeno, só "ouvi dizer" que o livro é no estilo enrola-diz-o-quanto-eles-são-lindos-enrola-mais-um-pouco e tals. Taí a Meg que não me deixa mentir.

Contudo, intrigou-me esse ressurgimento de um dos mitos mais persistentes e antigos da humanidade. Lendas de vampiros podem ser encontradas na Europa, na África, no Oriente Médio, na Ásia maior. A aparência, a origem e os modos de matar os seres vampirescos mudam um pouco, mas a capacidade de sugar a vida, principalmente através do sangue, todos têm em comum.

A lenda que conhecemos mais de perto é a famosa releitura de várias lendas vampirescas unidas à história de Vlad, o Emapalador, trazida à Europa por Bram Stoker, que o reibaixou de príncipe da região da Valáquia a conde da Transilvânia. Uma das coisas que eu acho muito intrigantes é a ausência de morcegos hematófagos na Romênia. Ou em qualquer outro lugar da Europa, já que o animal é nativo da América do Sul. Assim, a transformação em morcego hematófago se torna outro mistério na lenda adaptada por Stoker. Também um fato misterioso é que, embora Stoker tenha sugado (não resisti!) a história do Empalador, não aborda esse ponto em seu livro. Quem mostrou a - digamos assim - referência foi Coppola, no filme "Drácula de Bram Stoker".

Do livro de Bram Stoker em diante Drácula não saiu mais do imaginário ocidental. Um dado curioso é que o livro foi lançado na mesma época em que o cinema foi inventado. Desde então, o cinema não perde sua mania dracúlica, e volta e meia ressuscita o mito, quase sempre retomando a história de Stoker. Temos vampiros no teatro, bem antes do cinema, nas telonas, em livros, quadrinhos, músicas em diversas línguas, até em novelas. Enfim, tem vampiro pra todo gosto. Afinal, vampiro vende.

E todo mundo quer dar sua mordidinha no mito. Zé Vampir que o diga.

4 comentários:

Nanael Soubaim disse...

Tenho muitas reservas sobre filmes e livros do gênero. A maioria é escrita por gente que não tem conhecimento e amontoa idéias esteticamente coerentes, mas essencialmente incompatíveis. Quem estuda magia à sério, sabe do que falo.

Adriane Schroeder disse...

Verdade, tem muita incoerência aí.
Mas quando os equívocos estão esteticamente interessantes pelo menos se salva aglo...
:o)

Nanael Soubaim disse...

Cadê o resto? Onde estão os cinéfilos deste blog?

Adriane Schroeder disse...

Dormindo, acho eu.
Que Vlad não os pegue!
:D