quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Eu recomendo Regina Spektor


Já falei um pouquinho dela neste bat blog, por sugestão do nosso bat blogueiro sumido Elmo, no bat texto Música Russa Hoje.

Nascida moscovita, na então União Soviética, em 18 de Fevereiro de 1980, Регина Спектор ( ver mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e seu website aqui) teve uma formação musical muito sólida, o pai era violinista amador e a mãe professora de música, hoje leciona em uma escola pública de Nova Iorque.

Quando houve a abertura, que permitiu a cidadãos judeus emigrarem, eles foram para os Estados Unidos, meio tristes por deixarem o piano em que Regina estudava, mas foi a decisão mais acertada que tomaram. A então menina tinha forte influência dos Beatles e The Moodle Blues. Antes fechada à música clássica, ela adoptou também os ritmos ocidentais, que dominou rapidamente.

Meus amigos judeus farão louvores agora. Regina encontrou no porão da sinagoga que então passaram a freqüentar, adivinhem, um piano. Mas a russa só se deu conta de seu talento quando as outras crianças se admiravam com as músicas que ela fazia espontâneamente, quando visitou Israel, batendo dedos na mesa, assobiando, sem perceber o que fazia. Ela começou sua carreira na noite, cantando em cafés e lá vendendo seus discos, produzidos de forma independente. Está na estrada desde 2001.

Encorajada, o que era uma actividade doméstica passou a ser levada com profissionalismo, passou a compor suas músicas, a primeira foi A Capela, aos dezesseis aninhos. Regina estudou muito dedicou-se muito de corpo, alma, espírito e mente à música, para fazer algo que considerasse bom de ser exibido. Ela afirma já ter mais de setecentas músicas, que simplesmente fluem sem ela ambicionar escrevê-las.
Seu primeiro tour nacional foi acompanhando a banda The Strokes, em 2003-2004. Em 2005 abriu o show de Keane e então sua fama começou a decolar.

O que esperar desta bela judia.

Seu alcance vocal é muito amplo e ela utiliza toda a sua extensão, ou seja, desde que despertou passou a ter consciência de suas faculdades. Também se vale de todas as técnicas que conhece, às vezes apenas produzindo sons com lábios ou zunidos, bastante heterodoxa. De minha parte, conheço um pouco de ciências ocultas e posso dizer que ela sabe muitíssimo bem o que está fazendo. São mantras espontâneos, orações que ela faz durante as performances sem que a maioria do público perceba.

Suas letras são tão ecléticas quanto suas técnicas e suas aptidões à música. Embora quase sempre em inglês, ela utiliza todos os idiomas que domina para cantar. Regina não se furta o direito de exagerar o vocal de vez em quando. Quem for comprar seus álbuns não espere ouvir músicas pasteurizadas no estilo Spektor, ela tem muitos e todos eles cabem no disco. Por isso mesmo está longe de ser uma unanimidade, é preciso um mínimo de erudição, intuitiva, autodidata ou acadêmica, para apreciá-la em todo o proveito que oferece.

Amor, morte e religião, em especial a bíblia (que conhece mais do que os cristãos) e o judaísmo, são seus temas preferidos. Muitas vezes ela utiliza palavras-chave em várias músicas, em algumas é uma satírica afiada e impiedosa, como em Wasteside.

Em seu website é possível comprar dvd e bluray, que não são baratinhos, como judia da gema ela sabe o valor de seu trabalho, mas valem o que custam. É uma boa moça, dedicada à música e à sua família, que vai comendo o mingau pelas beiradas, se fartando sem chamar atenção dos fanfarrões.

Ela já esteve no Brasil em 2010, no SWU Brasil. Vejam que "meiga":
Por fim, a judia emergindo no acto de seu ofício:

2 comentários:

Thata Chaves disse...

Parabéns pelo post, falou da Regina de uma forma que mostra a cantora fantástica que ela é ^^
Amo as músicas dela!

Nanael Soubaim disse...

Eu procuro conhecer a pessoa, antes de falar a respeito. Mostrei o que ela é.