Ok, não sou a pessoa mais paciente do mundo, mas também não sou a mais intolerante. Mas existem certas coisas que me tiram do sério, me fazem ter vontade de arrancar meus cabelos e socar a fuça do primeiro mala que aparecer pela frente. Já comentei por aqui que sou adepta dos textos em forma de lista. Portanto, senhores, com vocês as coisas que tiram Melissa do sério:
Chuva e sandália
Eu sempre achei que dona Lady Murphy me adora. Tipo, me considera brother, sabe? Sim, porque sempre tem aquelas coisas detestáveis como as profundezas do inferno que acontecem exatamente quando não podem acontecer. Por exemplo, quando você vai almoçar com um cliente, ele escolhe um restaurante japonês (porque é tendência, e o que é tendência é chique). É óbvio que você vai com um blusa branca e se suja de shoyu. Mas não há nada pior do que chover quando eu estou de sandália. Não há nada que me irrite mais do que ter meus lindos pezinhos molhados. Pode me molhar inteira, desmanchar a chapinha que eu fiz ontem, mas não molha meus pés. Eles escorregam dentro da sandália. Assim é simplesmente impossível manter a elegância característica da minha pessoa. As calçadas de São Paulo já não são uma maravilha, com os pés molhados e escorregadios é praticamente o convite para um acidente de proporções imensuráveis.
Guarda-chuva
Deu pra perceber que eu não sou muito fã de chuva, né? Pois é, ainda mais quando se é mulher, carrega uma bolsa imensa cheia de coisas desnecessárias e ainda tem que andar com guarda-chuva. Eu não tenho a mínima coordenação pra isso. Nesses meus 24 anos de vida ainda não adquiri a capacidade de andar decentemente com guarda-chuva. Eu não sei se presto atenção na chuva, na bolsa que vai molhar, no caminho que eu tenho que seguir. É uma loucura, parece que meu cérebro vai fundir a qualquer momento. É como mascar chiclete e descer escadas ao mesmo tempo, eu simplesmente sou incapaz. Por isso que às vezes eu prefiro andar na chuva mesmo. Tô nem aí.
O metrô de São Paulo
Eu cheguei a um ponto em que tudo me irrita quando se trata da convivência com outros seres humanos. Vamos combinar que eu não sou uma pessoa muito sociável, mas eu consigo me manter calma em algumas aglomerações. Baladas, shows e eventos em geral eu mantenho a classe. E depois de algum tempo utilizando o fretado como meio de transporte confesso que fiquei mais calma. Mas agora que tenho que pegar ônibus e metrô para trabalhar novamente meus nervos já estão à flor da pele. No transporte coletivo de São Paulo não há como manter a paciência. É um empurra-empurra dos infernos, gente folgada que se apóia em você pra ler livro, apressadinhos que te esmagam para entrar no vagão, gente que fica parada na porta com cara de paisagem enquanto você move montanhas (literalmente, só que essas são de gente) para descer na sua estação. Coisa linda de se ver. Achei que agora que eu tenho um horário bom para trabalhar (eu entro às 10h) me livraria disso, mas me enganei completamente. Já estou estressada. E olha que só há três dias eu voltei a essa rotina. Vamos ver quanto tempo meus cabelos ainda ficam na minha cabeça.
Gente escandalosa
Não há nada mais constrangedor do que quando você está no cinema, ou em uma livraria ou até mesmo no ônibus ou metrô e surge um ser ou um grupo deles que começam a zonear. Tipo, falar alto, dar risadinhas escandalosas e irritantes, fazer brincadeiras de empurrar um em cima do outro. Umas gracinhas mesmo. Eu sinto um vontade louca vinda do âmago do meu ser de esganar um por um. Às vezes eu acho que não vou me controlar, mas até hoje ainda não cometi nanhum homicídio por causa disso. Quero ver isso acontecer um dia que eu estiver na TPM.
O trânsito paulista
Gente, por deus! Moro em São Paulo desde meus dois anos de idade. Já me acostumei com a loucura da cidade e até gosto do ritmo frenético das coisas por aqui. Mas ultimamente o trânsito está uma coisa horrorosa. Hoje mesmo, por exemplo, tivemos um recorde de mais de 200 km de congestionamento pela manhã. Esse índice dificilmente era registrado às 18h, quando a maioria das pessoas está voltando para casa. Há dias que o trânsito vem batendo recorde atrás de recorde. E não existe mais essa coisa de horário de pico. Olhe a Marginal do rio Pinheiros às duas da tarde, ou a Juscelino Kubitschek às oito da noite (como hoje) ou a Avenida Paulista às 10 da noite. Totalmente paradas. Sem dizer outras vias importantes de ligação entre os bairros. Está uma coisa de louco. Eu acho que um dia essa cidade pára. Sim, porque vai chegar um momento que não haverá espaço para tanto carro, ônibus motos e afins. E tem gente que concorda comigo. Tem uma previsão de especialistas que diz que esse dia será em 2011. Eu não duvido que seja antes. Por enquanto eu tento manter a calma e entoar mantras para ver se suporto ficar parada no mesmo lugar por horas.
Dominação talicoisística
Não satisfeitos com o *cof* estrondoso sucesso do blog *cof* apenas neste endereço, agora os colaboradores deste singelo sítio resolveram iniciar uma dominação em toda a world wide web. Sim, o Tali-Coisa agora tem uma comunidade no orkut. Porque quem é chique tem que ter uma comunidade no orkut. Acessa lá, cambada: http://www.orkut.com/Community
Ajudem a divulgar nossa filosofia para o mundo e repitam todos: "É deus no céu e nóis no corcel." Mais precisamente o azul calcinha ali do nosso logotipo.
5 comentários:
Mel, adorei!
E mialiviei, pois achava que não ia ter post!
Que bom que você não nos abandonou nessas sargetas sujas e imundas
(/maria do bairro)
Bjo!
Por isso que eu gosto desse blog! As mulheres daqui são todas irritadas, mas sem descer do salto jamais. Por isso (e por outras coisas) que nóis é tudo chique!
Pior do que ficar com os pés molhados, é pisar numa poça d'água de sandália. Aquela água nojeeeeeeeeeenta! Sempre fico imaginando os germes que tem naquele caldo!
Claro que é Deus no céu e nós no corcel! Sempre! Assim falou a Sacerdotisa (e a musa acha válido)!
Gente com classe é outra coisa, né, Luna. Só há mulheres de nível neste blog.
Frank, jamais abandonarei vocês. Tali-Coisa já é paixão!
Mais um texto muito bem escrito pela Mel. Sou seu fã!
Mas não há nada pior que chuva e engarrafamento. E pior ainda, se for numa quinta feira, véspera de feriado! hahaha. Simplesmente odeio
Bjos.
Jú
Postar um comentário