Chega de Siris!

O Big Brother já foi o meu programa favorito (leve pausa para que os odiadores do programa me praguejem e se perguntem como alguém pode gosta de uma coisa dessas bla bla bla...). Sempre me entusiasmei com as tramas, as combinações de votos, as brigas... Mas por que será que o BBB deixou de ser um motivo para eu ficar acordado até mais tarde? Simples, tudo aquilo que eu falei acima deixou de acontecer! Mas por que?



Não penso que foi por que a fórmula se desgastou. Se esse fosse o motivo, não me daria o trabalho de assistir a todo inicio de uma nova edição. Foram as tramas de novela que a Globo tenta montar a cada edição que acabaram por travar o jogo.



A emissora sempre tentou transforma o Reality show em um folhetim... E o que uma novela tem de melhor? Um vilão.



Por isso em toda edição corre-se desespardamente atrás de um vilão. Daí o pobre coitado é espizinhado, é esculhambado pela Sônia Abrão todo dia, é pintado de demônio por um pintor talentosíssimo chamado edição tedenciosa (ou de corno, como dizem o pessoal do Big Bosta).



Essa fórmula sempre deu certo, o que garantiu vários picos de audiência. Mas Boninho ("dono" do programa) só arrumava corda pra se enforcar. Não, o modelo vilão-mocinho não passou da validade, ainda. Mas quem é que estar disposto a ser o novo Alberto ou o novo Dr. G(que não eram pessoas horrendas, mas foi a imagem que passaram, quer dizer, a Globo passou por eles)?





Logo, o que vemos nesta edição é um confuso festival de bom-mocismo. Confuso por que os mesmos participantes que tentam dar alegria ao papa (dizendo que ama todo mundo, não se envolvendo em nada, tentando ser o mais simpáticos possíveis a ponto de aplicar castigos aos melhores amigos por que "Os amigos sempre compreendem e eu não quero criar casos"), são os que dançam de forma provocante nas festas. O dia todo segurando uma máscara ( que parece que só cai a base do alcool).



Mas como achar um vilão no meio de tantas freiras e padres?



A Globo tentou muito esse ano... Primeiro foi a Jaque. Como ela eram bem sincera (odiava, por exemplo, a mania dos participantes de bater palmas até pra o vento que passava) e fazia uma boa leitura do jogo ( sacou logo qual era a da Julissanta), tinha que ser vilã (por que mocinha é burra). Mas a Jaque foi a primeira a sair, o que piorou o clima de "quero-ser-salvo-em-nome-do-senhor, já que todos achavam que a Jaque saiu justamente por falar tudo mesmo...

Depois veio a Thalita (que tentava usar a máscara de boazinha), mas esta saiu logo...



Enquanto isso nada acontece... É só um querendo parecer mais bonzinho que o outro... Tem até uma participante que passa o dia rezando, chorando e citando Augusto Cury... O reflexo disso é uma queda de audiência em relação à outras edições...



A coisa tá tão feia que, no melhor estilo Silvio Santos em Casa dos artistas, a produção anda interferindo diretamente no jogo... Separando-os forçadamente em grupos (como aconteceu no grupo da comida normal e o no da xepa...). O máximo de interferência foi um telefone instalado dentro da casa que pode até indicar ao paredão quem atendê-lo (é claro que ele só toca quando a pessoa certa está por perto). Mas é claro que isso nunca acontece ... Samambaia não fala e tem o coração "bããão".



Esta situação ficará irreverssível caso a Globo não mude de postura, seja mais parcial... Não adianta "criar" bonecos de piche e bonecos de louça... Somos de carne e osso, dúbios, ninguém é totalmente bom como alguém de novela das seis ou como a Siri (pelo menos o que mostravam dela).

***

Globo, reality show não é novela. Não se deve tentar achar personagens que se adeqüem à trama... Deve-se ir atrás de pessoas interessantes e que façam a diferença. Deixe de olhar pra si e olhe em volta, se globalize...

***

Seria bom se o Boninho desse uma olhada nos blogs sobre BBB aí ele aprendia a fazer algo melhor e nós poderíamos ver novamente momentos como estes:

http://www.youtube.com/watch?v=AMP0PLFlWw4

http://www.youtube.com/watch?v=8YrHvV9JcHc