quinta-feira, 3 de abril de 2008

E o romantismo ataca novamente

Essa semana eu completo um ano de solteirice. Sim, eu guardo datas. Mesmo as não tão importantes assim. Eu tenho um sério problema, memorizo datas, números de telefones e endereços como se não houvesse amanhã. Guardo tudo na minha cabeça. Não sei onde tem tanto espaço para essas informações. Mas, enfim, voltando ao que quero dizer (eu sempre divago, não tem jeito... é mais forte do que eu). Durante esse período, passei por muitas experiências (falou, pegadora!!!!) desagradáveis e cheguei a uma conclusão que gostaria de dividir com vocês. Concluí que o romantismo não existe mais.
Eu sei que parece pessimista demais, mas é a sensação que eu tenho. Não é aquele romantismo que nós, mulheres, gostamos tanto de enfatizar. Não é abrir a porta do carro, mandar flores, lembrar datas ou ser educado (até porque isso é mais do que obrigação, né?). Não, é o romantismo na sua essência que eu não consigo mais enxergar. É aquele jogo de sedução, de olhares e sorrisos tímidos. Eu não consigo mais ver isso nas pessoas. Os sentimentos me parecem tão superficiais, as pessoas não se deixam mais envolver pelo momento, tudo parece tão mecânico.
Não há, hoje, o trabalho de se conquistar alguém. As mulheres estão cada vez mais fáceis e vulgares. Não vou generalizar, mas a maioria é assim. Os homens, por sua vez, estão cada vez mais preguiçosos na arte da conquista. Talvez pelo fato da mulherada estar a perigo. Os homens não precisam mais se dedicar a elaborar uma boa conversa, a planejar uma abordagem que seja, no mínimo, respeitosa. Não. Até porque a mulherada tem se encarregado disso.
Eu sou muito careta quando se trata de romantismo. Eu ainda acho que os homens é que devem tomar a iniciativa. Não que eu nunca tenha feito isso, mas ainda prefiro que a primeira ação parta do sexo masculino. Sei lá, eu acho que é mais... romântico. Mas quando eu digo iniciativa tem gente que interpreta de maneira errada. Agora eu vou dizer uma coisa que pode ser uma quebra de paradigmas, algo inesperado e pode causar revolta e indignação em muita gente. Tá, eu sou exagerada. Dia desses ainda ganho um Oscar, receberei o prêmio das mãos do Keanu Reeves e o atacarei ao vivo para todo o mundo. Enfim, quando eu digo que é preciso ter iniciativa, não é pra chegar pegando a mulher pela cintura, pelo braço, pelos cabelos ou qualquer coisa do gênero. Oi? Voltou para o tempo do homem das cavernas, é? Cadê o diálogo? Ninguém conversa mais, não rola nem um "oi" ou "gostei de você" ou " e aê, mina, beleza". Nadica de nada.
Eu sou a favor de conversar, de tentar se conhecer, de criar o mínimo de vínculo antes de beijar na boca. Eu não consigo entender esse povo que sai dibalada e beija geral. Que horror! Essa gente não sabe mais o que é romantismo.

É por isso que, a partir de hoje, quando alguém perguntar pra mim porque estou solteira há tanto tempo, minha resposta será a seguinte: "Porque eu ainda acredito no romantismo. E acredito, mais ainda, que existe alguém aí fora que concorda e busca o mesmo que eu". Em algum lugar, eu sei que tem. Falta encontrar. Ou ser encontrada.

Por que é tão difícil alguém entender o que você pede, coração?




8 comentários:

Edu disse...

Muito bem, Mel!

Show de bola.

Blog tb serve pra soltar o que está dentro de nós, e não me refiro À flatulências.

Abraços

Raquel Vieira disse...

Bravo, Bravo, Bravíssimo!!!!!!! Expressou o que muitos sentem porém não tem coragem de dizer.
bjinhos

Anônimo disse...

Aí filhota conseguiu expressar o que eu tbém já venho exergando há muito tempo.Vivi muito o meu tempo de romantismo que era muito lindo,inclusive o seu pai já foi. Hoje vc já sabe que ele não é nada romantico. Continue a busca,ele ainda vai aparecer.Bjos

Anônimo disse...

Mel...

Parabéns...
Tanto concordo com a sua teoria que levantei a mesma questão "você sabe aonde". (eu não faço propagandas tá? =P)

Só acho que existe um outro ponto (e ai da pra filosofar horas e horas em cima disso) que impacta bastante nesse assunto inteiro, chamado CULTURA!

Hoje em dia, o problema do "pegador homem das cavernas" e da "mulher vem que eu estou facinho" vem carregado de uma cultura pobre e sem o menor sentido, que idolatra por exemplo, a dança do CREW! =)

O buraco é BEEEEEEEEM mais embaixo do que simples falta de romantismo. São valores que se perderam ao longo do caminho. Valores como: família, educação, cumplicidade, honra e por ai vai...

Hoje, aquele homem que quer ser educado, abrir a porta do carro, ser gentil e pagar a conta no final de um jantar e afins... acaba virando o melhor amigo e perdeu "tempo e terreno" para um outro que veio "pegando pela cintura".

Como eu disse, assunto para filosofarmos por horas.

Parabéns pelo BLOG, por esse POST em específico e espero honestamente que encontre a sua "cara metade".

Beijos

Léo =D

Patucas disse...

nhé...

Rafaela disse...

Falou tudo, Mel!

Nanael Soubaim disse...

Apenas tente não se contaminar com isso, que dos outros só os próprios outros podem dar conta.

Melissa de Castro disse...

Fio, você ainda me mata de rir, seu doido!!! kkkkkkkkk.
Paty, very sucinta.
Léo, você concorda comigo, eu sei. Tô ligada no esquema. =P
Nanael, não se preocupe, eu não deixo me contaminar.