quarta-feira, 12 de junho de 2019

Dead Train in the rain CCLXXII

    A cura em pequenas doses. A estação 272 finaliza o longo sofrimento de nossa protagonista de forma doce e serena. Todos à bordo, o trem vai partir.


O Airtrain aterrissa com a pompa e o glamour de uma aeronave em processo de extinção, o altivo e icônico 747 (...) Carly dá um último beijo e Klauss corre para a porta, desce correndo e se posiciona, arrancando gritos histéricos da massa da fãs. Eles já deveriam ter se acostumado, mas é sempre uma visão recompensadora.

Enquanto Zigfrida lida com sua nova paciente (...) a doadora involuntária do material genético atiça os fãs no caminho para o hotel. Um cartaz onde lêem “In the next we’ll be three milions” os assusta. Chegam ao hotel atravessando um mar revolto de fãs e paparazzi, entram com as mãos cheias de bilhetinhos que verão assim que se instalarem. Antes, claro, Patrícia avisa que o hotel é de gente sua, logo todos podem ficar à vontade (...) delega poderes a Phoebe e todos vão às suas suítes, ver o que há naqueles bilhetinhos de papel sólido. Declarações, pedidos, perguntas, muitas sobre Patrícia May e Adele, algumas sobre o teor das conversas com os presidentes. Ainda não descobriram Marcela, menos mal. Dom recebeu um quantidade considerável de bilhetinhos, quase todos perguntando sobre sua vida em Faraway Hills.

Como desta vez há uma coletiva, embora breve, eles já sabem que muita gente lá adiantou suas perguntas (...) lêem e dão as respostas, cortando pela metade o repertório dos credenciados. Mas ainda assim há perguntas sobre Patrícia May, Adele e os encontros presidenciais, e sobre o que Patrícia tem a ver com esses encontros. Ela ri e dá o riso como resposta. Dura pouco, eles podem voltar rapidamente ao que vieram fazer (...) Vão à arena, vistoriar o palco e as instalações, só para mostrarem que estão atentos e não vão relaxar. Alguns testes vocais mostram onde algumas plantas ornamentais podem ajudar a acústica, então deixam os operários em paz e vão ao jantar.

Phoebe é interrompida por uma chamada urgente, mas despacha logo e volta à mesa (...) Antes de irem dormir, elas se reúnem, Abu escapou por pouco de um atentado, quando precisou ir reclamar uma herança na Turquia (...) o mandante é um líder tribal que já o tinha advertido sobre sua forte aproximação com ocidentais. Vão dar o dia por encerrado, quando Henry liga; Marcela foi assediada por parentes, quando souberam que foi vista saindo da Máquina de Costura nos últimos dias (...) Patrícia liga para os pais de sua diarista e dá instruções para a protegerem, porque logo os paparazzi vão esmiuçar sua vida também. Tudo dito, então vão dormir, amanhã terão um dia cheio e é bom que estejam de bom humor.

Um bar aberto por ghost drivers em frente ao escritório central, serve de observatório para a guarda imperial, que registra em infravermelho dois sujeitos de preto da cabeça aos pés, que estudam calmamente o prédio (...) rapidamente identificados pela organização como descendentes dos primeiros desafetos de Patrícia. Pela manhã, após os exercícios matinais, ela é avisada...

- Eles não aprendem. Vai ser da forma difícil então, mas não agora. Vamos ensaiar.

E ensaiando eles desopilam tudo o que têm para extrair. Então à noite vem o espetáculo, com participação activa da nova formação. O público e a imprensa não deixam de notar (...) Enquanto os comentários proliferam, voam para Huston, Rebeca e Ronald querem tomar logo posse dos novos afilhados. Atravessam o mar de populares (...) e entram no sobrado herdado dos pais da mulher. Lá estão os irmãos, em meio aos novos irmãos, todos eles esvaziando as carteiras dos pais. De cara identificam na garotinha uma maluquinha profissional nível máster, com talento inato para arrancar gargalhadas psicóticas e organizar esteticamente muito bem o prato em que come.

Voam para Sunshadow ainda chorando de rir da menina. Zigfrida ainda está lá, com Eddie e Marcia, desestressando enquanto ajuda a cuidar daquelas crianças (...) chega a ser um prêmio para quem trata de adultos e adolescentes mimados. Encontram a sueca se esbaldando no meio daqueles pedaços de gente, fazendo cada um extrair de si o seu melhor. Quer que se acostumem a isso e tomem esse nível de empenho como o normal. Marie abriu um espaço na agenda para estar presente e ajudar, o que alegra muito seus pais (...) Luppy e Marcela trazem um lanche de boas vindas para a trupe, no que Patrícia as detém, quer saber detalhes do que Henry contou. Enquanto elas falam, ele conversa com Matthew e rascunha o que já descobriu (...) antes que a mídia podre fale o que não deve.

Os seis amigos vêem quatro pontos extremamente vulneráveis na situação; Marcela, Patrícia May, Zsa-Zsa e Natasha (...) Phoebe se apresenta com a solução, já conversou com agentes em Lansing, eles estão a par e identificaram os inconvenientes, felizmente nenhum deles é realmente perigoso. Aparentemente poucos notaram as semelhanças do caso de Marcela e de Melinda...

- Eu já ouvi falar dela, mas o que tem a ver comigo?

- Foi bom ter tocado no assunto. Aconteceu em 1963, quando recebi uma carta...

Resume sua curta e rica história com Melinda (...) Marcela passa a compreender os cuidados que recebe, mas a frase “Desde então eu não recuso ajuda a quem precisa de mim” reiterada, afasta algumas conclusões precipitadas, mas Patrícia confirma que sua situação frágil é motivo para dispensar-lhe esses cuidados...

- Isso inclui proteção. Enquanto estiver aqui, não se preocupe com absolutamente nada, só faça seu serviço e tire um tempo na biblioteca, para estudar. Aliás, já é hora de pegar seus livros.

Sem apelação, a adolescente leva o avental para a copa e vai à escrivaninha, na biblioteca. Patrícia fica sóbria (...) vai à biblioteca, ver o que exactamente aquela menina de riso fácil está fazendo. Chamam Zigfrida, que até temia o pior, mas vê que é apenas zelo...

- Tá mais tranqüila do que eu esperava.

- Eu também... mas isso faz parte das lições que ela me deu e agora posso colocar em prática.

- Então, minha querida, dou meu trabalho com você por encerrado! Eu vivi pra te ver curada, woohoo! Vamos dar uma festa!

Descem e vêem todos cercando Lidia com Belize...

- Que bom que foram rápidas. Temos um talento que se revelou repentinamente e eu gostaria que ouvissem. Podemos começar?

Autoriza e a menina simplesmente encarna Maria Callas (...) Luppy até se ajoelha diante da filha, que nunca tinha demonstrado essa aptidão. Lidia explica que a convivência com Colleen e Natasha fez a menina se soltar aos poucos (...) até que hoje veio a erupção vocal. Os outros integrantes da nova formação são chamados, fazem alguns testes, avaliam a menina e dão carta branca para a apache...

- Vamos, você vai carregar pedras morro acima, pelo resto da vida.

É uma festa, com Luppy ainda em prantos. Está assustada com o tamanho do talento que a caçula revelou (...) Quando todos estão de saída, Sanaa chega esbaforia, põe Lana no centro da roda e pede, ela canta e os queixos caem novamente; a avó coruja explode e não quer saber mais de nada, entrega nas mãos de Lidia e recomeça a festa. No dia seguinte, como que sincronizados, várias crianças pequenas revelam aptidões artísticas acima da média, para suas tenras idades; Nancy chega ao orgasmo com isso.

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