terça-feira, 7 de outubro de 2008

Botaram Leo Kret lá!

Alecsandro de Souza Santos, também conhecido como Leo Kret (do Brasil) terminou em quarto lugar na disputa por uma vaga na Câmara de Vereadores de Salvador. Figura carimbada no meio pagodístico soteropolitano, Leo causou furor desde que começou sua campanha... Eu já falei tanto desta criatura que até acabei encontrando-a na rua. Não, eu não votei nela, mas mais de doze mil pessoas votaram.

As propostas (não, nada de silicone via SUS):

No total, são 24 defesas e propostas. Nada que seja tosco, e dá pra ver clicando AQUI.

A repercussão:

Leo diz que é vereadora, não vai se vestir como homem e vai usar o banheiro feminino...
“Como eu sou feminina, é assim que o povo me elegeu, é assim que eu quero ficar”, disse. E continua: “Mas pode deixar que vou ficar bem-vestida. Vou usar um tailler, blazerzinho, scarpin todo fechado, cabelinho amarrado”.

Para completar, disse que seu nome de gabinete será mesmo Leo Kret. E de onde vem o apelido? “Foi um amigo meu que colocou. Mas de onde vem, adivinha, amiga. É porque quando eu danço, faço caras e bocas, é a minha sensualidade... cretina, entendeu? Todas temos um pouco de cretina, não é?”

Embora Leo Kret do Brasil afirme que representa a população GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) e prometa mergulhar na luta pela criminalização da homofobia – projeto que está engavetado na Câmara desde 1997 –, um dos precursores dos direitos dos homossexuais, o antropólogo Luiz Mott, fez críticas à sua candidatura. Mott não foi encontrado para comentar o fato, mas para Leo Kret as críticas advêm do fato de o antropólogo ter apoiado o atual presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira (PV), que não foi eleito.

“Eu fiquei muito triste, amiga... nem deu tempo para pedir apoio, porque eles meteram o pau na minha candidatura”. E, agora, mágoa? “Não! A humildade é o segredo do sucesso!”

Para uma das coordenadoras da Associação dos Travestis de Salvador (Atras), Keila Simpson, a candidatura de Kret não se originou da militância gay. Porém, caberá agora, à militância, aproximar-se dela. “Só o fato de ela ser eleita já é avanço significativo em Salvador, é um passo contra o preconceito”, diz.
- Retirado do Jornal A Tarde –

Representando outra vertente do pagode, Netinho (aquele da COHAB no maior astral), foi o 3º vereador mais votado em São Paulo. Pelo menos a Cretina não bateu em mulher, não bateu em repórter, não é mesmo, minha gente? Me consola saber que esse tipo de tosqueira não acontece só por aqui. E agora, se menos nem mais, veja a nova vereadora de Salvador quebrando tudo... Como diz o vocalista da banda em que ela dança: Arrasa, viado!

2 comentários:

Edu disse...

Arrasa, beee!!

Luna disse...

Uia. Excelente texto, Rafa (/Lord).

Torci pra Léo desde o começo e acho que você foi herege de não ter votado nela. Beeshas unidas, jamais serão vencidas!