sexta-feira, 13 de março de 2009

O que te motiva a viver?

A mim, ainda estou tentando descobrir. Não é uma coisa que se decida ou se saiba de uma hora pra outra. Muitas vezes, absorvidos pela correria do dia-a-dia, pela correria da vida, a gente nem para pra pensar sobre isso. Mas isso tem consumido várias horas da minha.

Muitas vezes a gente acaba considerando que uma certa pessoa que vive com a gente é a responsável, ou a nossa razão. Como nas cenas finais do filme "Uma Mente Brilhante", quando o John Nash está recebendo o Prêmio Nobel, e diz à esposa que ela era todas as razões da vida dele.

Não é meu caso. Estou há tempo demais solteiro pra considerar que alguem seja a razão da minha vida.

Algumas pessoas colocam seu trabalho como a razão de seu viver. Eu não sou médico, não tenho uma profissão definida. Gostaria muito de estudar Psicologia, que é algo que eu amo. Mas ainda não consegui. Não sei o que é viver em prol de um trabalho, ou de algo assim.

Algumas outras pessoas colocam a família como aquilo que os mantém vivos. Minha família me ajuda a me manter, mas sendo MUITO sincero... Não é o que me motiva.

A busca por uma razão é complexa, difícil... Não entendo exatamente ainda o que devo buscar, o que devo querer. Embora esse tipo de questão seja extremamente pessoal. Não dá pra simplesmente escolher como uma roupa, mas também não dá pra viver sem saber uma resposta.

Algumas pessoas, inclusive, nem se perguntam. Apenas vivem e não ligam pra isso. Queria ser assim, algumas vezes. Mas eu não sei viver sem um propósito.

Talvez seja essa a razão de eu estar tendo tantos problemas, de eu estar descontrolado, e tendo ataques de pânico, e outras coisas. Preciso de uma razão.

Me prendo à minha fé, crendo que o Amor à Deus e ao próximo é a razão. Mas quando isso se volta pra mim... Melhor dizendo, quando eu passo a pensar em mim, e no que eu quero (ou gostaria de querer), perde o sentido.

Eu preciso de uma razão pra viver.

E até agora, a única que me mantém são essas pessoas incríveis, amigos queridos que dividem este espaço na internet comigo. Os amigos queridos do Talicoisa, que sempre estão lá por mim.

Como disse John Nash, vocês são todas as minhas razões. Pelo menos por enquanto.

Obrigado por vocês existirem.



Deb, Rafa, Dave, Adri, Nanael, Frank e Fabio...



Obs.: Texto super piegas de minha parte, mas necessário.

7 comentários:

Nanael Soubaim disse...

Não importa sob que roupagem, só o amor vale à pena.

Luna disse...

Talvez a sua razão de viver seja esse eterno buscar. Meio cansativo, não? Mas cada um sabe onde lhe aperta o sapato.

Adorei o momento awnnnnnnnnnn! Força aí!

Rafaela disse...

Fio: awnnnnnnnnn!

Adriane Schroeder disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Primeiro que adorei, seu melhor texto até agora... Atoron!

Concordo com a Debs, talvez sua razão de viver seja exatamente refletir sobre a própria vida... Basta você olhar tudo o que você tem escrito por aqui e ver como você está sempre refletindo e tal...

Minha razão de viver talvez seja a própria vida. Quer dizer, quando estou em condições normais. As pessoas que conheço, o que eu faço, com quem eu converso, os livros que eu leio, os contos que eu escrevo até perto do final (odeio me despedir dos personagens), os livros que começo a escrever, mas deixo pra lá pq, enfim, tenho preguiça... Aprender outras línguas, viajar, pensar em como ajudar os outros, bater boca na internet... Enfim, um bandicoisa...

Gente, como eu tô otimista pra quem tá deprimido, mas whatever...

Adriane Schroeder disse...

Que é isso, a gente tem mais é que externar nossos sentimentos. Frofa-se se esse mundo de blasês acha piegas.
Beijos, Fio!

fabio_ disse...

Fio, Rei do Charme Adiposo:
Ainda bem que nossa razão de viver não envolve nenhuma causa humanitária. Fico cansado só de pensar.
Nossos motivos podem ser humildes, mas as consequências, grandiosas. Amizade tem disso. :*