Justificativa: Ônibus são veículos de grande porte para grandes cargas, levam cerca de seis toneladas de pessoas, quando lotados. Isto se considerarmos o peso médio de setenta quilos, mas sabemos o quanto os maus hábitos têm engordado a população. Instalando-se uma balança em cada ônibus, um computador calcularia o quando a pessoa pagaria. Tomemos a tarifa goianiense de R$2,25 como base. Algumas pessoas pagariam seguramente o dobro, outras meia-passagem, mas conheço gente que seria paga para viajar, então precisaria haver uma tarifa mínima. Uma boa pedida seria aceitar cartão de débito ou crédito, porque ninguém tem, por exemplo, R$2,17 trocados e separados na bolsa. Isto não só tornaria mais justa a cobrança, como incentivaria a população a cuidar melhor da nutrição, moderar nas refeições, desjejuar no trabalho para economizar uns centavos todos os dias (jejum de vez em quando é bom), et cétera.
Apareceriam os bocós usando isto para incentivar a anorexia, mas se usa qualquer pretexto para incentivar o que não presta, não seria a falta de um que impediria a invenção de outro.
Prós: Como já citado, a população seria encorajada a andar mais um pouco e a comer alimentos mais saudáveis. A demanda aumentaria a produção de alimentos ricos em fibras, tornando-os mais baratos. Imaginem uma barra de cereais de boa qualidade custando menos que um chocolate vagabundo, daqueles que feitos com Toddy velho e gordura hidrogenada.
Contras: Há o risco de várias rebeliões. Primeiro a dos obesos, que se sentiriam discriminados, á margem de toda a argumentação técnica e vídeos explicativos. Quem não dispensa um rodízio numa churrascaria está se lixando para o desgaste prematuro de pivôs de suspensão, bem como para os custos de sua substituição e os riscos envolvidos; Segundo a das mulheres em geral... Vamos ser francos, uma balança para este fim teria que ser vistoriada e calibrada constantemente, ela teria obrigatoriamente que mostrar a massa real da pessoa. Quem jura ter só 54kg se recusaria a pagar por 60kg, e ainda daria uma surra no coitado do cobrador, que só está lá para fazer a medição. Também geraria constrangimentos, como pessoas que passariam a usar roupas ínfimas para pagar menos, com certeza os mais desinibidos veriam então uma desculpa para praticar naturismo urbano, então viraria caso de polícia. Terceiro a dos estabelecimentos de alimentação. Churrascarias, pizzarias, pit-dogs, redes de lanches rápidos e afins fariam um lobb pesadíssimo contra. Ver o faturamento cair vertiginosamente os levaria até mesmo a sabotar as tais balanças, financiar depredadores, estimular o uso do carro particular em detrimento do trânsito e por aí vai. Quarto dos pais e mães de família. Imaginem uma gestante sendo punida por seu estado interessante.
Alternativa: Convênios. Notas fiscais de restaurantes, supermercados e até mesmo de lojas genéricas dariam descontos, valeriam (por exemplo) 0,5Kg para cada Real gasto. Isto seguramente evitaria a terceira rebelião. Escolas poderiam fazer o convênio para compensar o peso do material escolar que seus alunos carregam e, sabemos, é excessivo. Daria para descontar até 15Kg de cada estudante. Haveria então o estímulo à produção de materiais mais leves e compactos, preocupação que infelizmente não temos hoje em dia. Estacionamentos pagos, no centro da cidade, poderiam permitir descontos para o motorista fazer a parte mais estressante do percurso de ônibus, deixando seu possante em um lugar do qual fica fácil voltar para casa, sem tanto trânsito. Administradoras de cartão de crédito, pelo motivo supracitado, seriam as maiores conveniadas, incentivadoras e usuárias da publicidade móvel dos ônibus, já que pagar com cartão nos livra do incômodo de catar moedinhas de um centavo no fundo da bolsa; elas lucrariam horrores com os pequenos gastos individuais e diários.
Agora, por que me deu de escrever este texto esdrúxulo? Porque o anterior (um tapa-buracos) foi denso demais. Precisava relaxar um pouco.
4 comentários:
Olá, conheci o seu blog hoje e adorei este seu post, muito legal e bem escrito. Parabéns! Bjs!
Sohan ;D
Teus textos exdrúxulos são tão bons quanto os densos, Nanael.
Quanto ao teor, as soluções simples dificilmente vão pra frente a não ser po iniciativa própria de alguns. Infelizmente...
Adorei a ideia de cobrar menos para quem pesa menos. Odeio quando um obeso ocupa o banco todo e me deixa espremida entre ele e a janela do ônibus. Tu é grande, mas não é dois!
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