quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Dead Train in the rain CXI

    O mundo está louco. A estação 111 mostra o que pode ser grande parte das reportagens, que se revoltam, gerariam o caos se mostradas na íntegra. Compreendam que nem tudo pode ser dito de imediato e embarquem, o trem vai partir.


A rotunda figura de Marcia acompanha Richard à casa bucólica de onde ela saiu (...) saudades da mãe, pela oitava vez na semana. Mudanças de humor constantes abalam o emocional da gestante. Melinda, pelo contrário, está mais tranqüila que de costume, muito ajudam os paparicos da gêmea. No auge das risadas, Audrey retribui a correria (...) como manda a tradição, bem antes do esperado. O Ford Taurus preto voa e já encontram o pai da criança à espera. A situação é a mesma, Aubrey nasce pequena e gulosa, volta com a mãe dois dias depois. Novamente Nancy e Josephine viram manteigas mornas, diante de um pedaço de gente que mal dá o tamanho de um braço (...) mesmo com o humor oscilante, Marcia faz questão de trabalhar. E Phoebe nasce na virada de 24 para 25 de Dezembro (...) É uma menina pequena, com quase 2,5kg que fez questão de nascer em casa, não dando tempo nem para descerem a escadaria (...) Avós e bisavós cercam com cuidado aquela pequerrucha mandona. Carolina, ainda forte e bem cuidada, se vê bisavó e chora, contagiando as outras. Os jornais alardeiam “Patricia Petty e Renata Rodrigues são avós” (...) Josephine, como de praxe é madrinha, pela 138ª vez. Desta vez Naomi é acompanhada por Joaquim, embora a felicidade reinante contagie, ambos têm reservas sobre o futuro da pequena.

O ano novo começa com Renata sendo “eleita” a vovó mais sexy do mundo (...) o colunista estava atipicamente inspirado e fez um trabalho excepcional, que rendeu notas correlatas em muitas outras mídias, inclusive revistas masculinas, uma delas com o título “Oh, Grandma!” com o lobo mau de Tex Avery editado na photo da moça. A banda inteira se amontoa para ver a reportagem, no intervalo do ensaio, com a jovem avó ficando rubra...

- Não riam, eu tive trabalho pra segurar o Matt e impedir que ele pulasse no pescoço do autor.

- Uh! O Matt tá ficando com ciúme de gays? Não que eu concorde, mas entendo o lado dele.

- Tomara que não, Mascote! Ele tá estressado com encrencas judiciais contra o jornal, não quero que ele fique careca em vez de grisalho.

- Sai dessa, mulher! Vovô Matt vai tirar essa de letra! Esses babacas são os mesmos que processam a gente todo dia pelos mesmos motivos e sempre levam no rabo! Agora, bicha te passar uma cantada, aí é dose mesmo!

Voltam a rir. No centro da polêmica, Matthew entrega o último pacote de provas disponíveis ao advogado (...) Longe da polêmica, a filha única amamenta a pequenina, com o marido cuidando sozinho da casa até ela poder trabalhar de novo. A poucas quadras do sobrado está a Máquina de Costura, onde uma menina suspira e escreve poeminhas para a sobrinha. Nancy, bisavó ainda findando os cinqüenta, descobre sua veia literária e também começa a tecer letras para as novatas da família. A prática caligráfica é interrompida justo pela neta, que foi lhe mostrar o que escreveu para a sobrinha. Deixará para corrigir a caligraphia depois, se limita a escancarar o sorriso com os versinhos pueris de Elizabeth (...) Também há para a “little Bee”, como chama Aubrey...

- Oh, meu Deus... Você fez isto sozinha?

- Sozinha, nesta manhã, depois que mamãe foi ensaiar.

Richard chega da fábrica (...) Lamenta que a esposa tenha se revelado tão tarde, mas incentiva as duas. Liga para a primogênita...

- Mommy and my baby? Oh, I need see it now! Galera, por hoje chega, vamos pra casa da mamãe, há duas escritoras desabrochando seus talentos por lá.

Lidera os dezessete em seu conjunto de calças teal com camisa bordada com tulipas e lenço florido ao redor do pescoço (...) parece prestes a flutuar de tão empinada (...) Não se furta de abraçar e sacolejar as duas, liga para o filho e as irmãs (...) A casa fica lotada, no que Fester se apressa em ver que bagunça é aquela na casa da irmã. Arthur liga para Josephine, que vê na literatura um bom auxiliar para a amiga controlar seu nível de periculosidade (...) é claro que Patricia quer todas aquelas páginas transformadas em livros, quer que a mãe e sua filha não percam o embalo. Manterão não segredo, mas discrição até elas terem material suficiente para publicar.

&

A toada alegre acaba de forma trágica. Tentaram matar Karen, Elon conseguiu evitar, mas está na UTI com a vida por um fio. Os elementos se empregaram no hotel (...) até ele finalmente levar “a pecadora renascida do inferno”. A perna direita dele já era, talvez fique cego do olho esquerdo entre outras seqüelas, se sobreviver. O humorista é filho de atletas, de uma família de pessoas grandes e fortes, mas por complicações durante a gestação e após o parto, os genes não puderam fazer muita coisa (...) mas consegiu ser brutalmente espancado e quase esquartejado até a segurança do hotel chegar, seguindo um colaborador de base, que desconfiou ao ver três empregados subindo juntos para o andar onde eles se hospedaram. Richard (...) vai à delegacia no mesmo estilo do avô, atravessando o mar de imprensas, fãs e curiosos, empurrando portas e ignorando amigos e advogados dos criminosos...

- Boa tarde, comissário. Onde estão eles?

Genius se faz respeitar. Acompanha o comissário e três policiais até a carceragem, visivelmente aborrecido, com seu peso dando ressonância aos passos duros e largos. A cara de mau, o olhar duro, o porte físico e aquele gigante encarando como se fosse atravessar as grades para destroçá-los. Pela primeira vez o filho de Princess e Beyond se torna tão amedrontador quanto Brain (...) e cada apresentado fica com a impressão de que sua vida já não vale mais do que a última visita ao sanitário (...) agora ele tem pistas sólidas de quem seriam os mandantes do crime...

- Só direi uma coisa a vocês, vagabundos, lá fora há uma turba de fãs furiosos, que sabem quem são vocês e têm contactos pelo país inteiro. São todos seus, comissário.

Vai ao hotel colher mais informações com o colaborador, e transmitir a gratidão de toda Sunshadow, especialmente de Silvia e Enzo, que se concentram em acolher sua filha desesperada. Na Máquina de Costura uma reunião fechada da organização decide os próximos passos. Décadas de investigações finalmente apontam para mandantes de vários crimes, desde Elizabeth Short até a tentativa contra Karen (...) alguns foram gente influente e admirada pelo país. O FBI quase chora ao saber...

- Puta merda... Eu recebi minhas primeiras condecorações das mãos dele!

- Adulação é uma das táticas do mal, monsieur. Por isso não temos hierarquia formal na organização. O facto é que já sabemos quem são ou foram, o problema é: como vocês vão agir?

- Vamos ser profissionais. Vamos deixar para chorar depois e tratar de deter agora essa máfia dogmática. Vou mudar as rotinas de alguns agentes, para eles estarem a postos na hora certa, e só vou dar as instruções na hora de agir in loco...

Ele consegue convencer. A CIA também está agindo de dentro para fora (...) Marina e Victoria aguardam na sala, porque o irmão está completamente voltado para a filha, os cinco saem e Patricia as tranqüiliza (...) Elon ainda sobrevive com ajuda de aparelhos. Se pode haver algo de bom no episódio, os pais dele finalmente deixaram o orgulho de lado e estão na cidade, não querem perder o filho que nunca conseguiu ser o que eles sonharam. A visão (...) os faz chorar. No final das contas, ele teve mais coragem do que todos os irmãos fortões juntos. Só teve tempo de pedir Karen em casamento, mas ela não teve tempo para dizer “sim”. No que lhe diz respeito, se considera casada.

Sai com Sakura na manhã seguinte ao hospital, como tem feito todos os dias. Pela primeira vez coincide de encontrar os pais dele. O velho Macbeth fica encantado ao ver aquela figura altiva, saudável e bem tonificada se aproximando, é a chance de o filho lhe dar netos fortes (...) O que vêem por Sunshadow, aliás, é um colírio para os dois professores e instrutores de educação física, ambos com cinco anos de exército (...) especialmente ao verem o impávido colosso avatar de Richard Gardner, que beirando sessenta anos exibe uma arquitetura muscular quase surreal. Ele os vê e vai ter com eles, os tranqüiliza com relação ao filho, afirma que está nas mãos de médicos que já serviram em fronts e que o risco maior passou.

Do hospital Karen sai com o semblante um pouco mais iluminado, sempre acompanhada da fiél amiga de todas as horas. A serenidade herdada e sempre reforçada pelos pais, faz de Sakura a própria personificação da calma (...) a imprensa fatura alto com sua tragédia. Josephine e Nelson concluem a maratona entre agências oficiais e vão ver o rapaz...

- Ele vai se recuperar, vai levar uma vida praticamente normal, mas terá que aprender a viver com um terço da visão esquerda e com uma prótese na perna direita.

- Ele vai aprender. Vai até começar a fazer piadas da perna mecânica! Jeremy, vamos ver Karen.

Se despedem do cirurgião e vão à casa de Enzo, arrastando uma multidão. Lá encontram os pais do rapaz, que ficam imediatamente em posição de sentido e prestam continência (...) A diva trata de acolher os três, porque a dor da moça se ramifica nos pais, especialmente Enzo, que novamente não estava lá para proteger sua filha e sente-se culpado. Laura e Maria (...) agradecem pela visita, melhorou muito as carinhas de seus rebentos. De lá vai ter com Patricia, mas tratará de um assunto feliz...

- Hoje mesmo eu a peguei no colo, a levei para um passeio pelo bosque, com uma penca de paparazzi atrás de nós. Ela terá que se acostumar.

Conta as alegrias de ser uma avó ainda jovem, e de como Nancy está feliz de ser bisavó ainda cedo (...) Aos poucos a rotina se aproxima da normalidade, Elon se recupera com os meses, e os mandantes são indiciados por delitos sem qualquer ligação com o crime (...) Todos eles testemunham, por manchetes, a melhora súbita de sua vítima. Elon despertou depois que o médico autorizou um beijo de Karen, e Sunshadow rapidamente passou a se chamá-lo de Elon Adormecido. E ele chorou ao ver os pais, após doze anos sem sequer se falarem. No dia em que recebe alta, recebe também uma prótese provisória, até Patricia e os Richards terminarem a definitiva. É vestido a rigor, lhe dizem (...) que Karem o está aguardando.

Os pais o levam para a casa da moça, eles também impecáveis. Lá o rapaz encontra dezenas de colegas do cinema, inclusive alguns brutamontes com fama de maus, mas que choram em ocasiões como esta. Revê seus irmãos marombados pela primeira vez (...) É levado ao quintal, onde um pequeno coreto foi construído para a ocasião, nele estão Renata, um padre e uma juíza de paz, mas ainda não viu Karen em parte nenhuma. O posicionam em frente aos três e a ficha cai (...) Ele faz uma cara muito engraçada. Interrompem a música e começam a tocar uma marcha nupcial. Elon se vira para trás e vê Enzo de braços com a filha vestida de noiva. Agora é tarde, entrou feliz na armadilha e ela se fechou.

Como a moça pediu, é tudo bem simples e privativo (...) O padre começa, o rapaz sua frio. Renata segura as alianças e auxilia na celebração, que dura pouco. Karen já escolheu e equipou a casa onde vão morar e, já disse ao amado muitas vezes, quer encher de crianças, quer precisar de um ônibus para passear com todas. Ele mal se vê assinando seu nome e ser carregado pelo sexteto, com a esposa, pelo ambiente da festa...

- A gente casou mesmo? Sério?

É um homem sério, paradoxalmente um humorista nato e involuntário. Eles saem ao aeroporto no Cadillac Fleetwood 75 Series 1954, com Richard de chauffeur (...) para Nice. Mas antes de a festa acabar (...) Silvia pega o microphone e faz uma surpresa até para Enzo...

- Enzo, amore, esta cena se repetirá em mais ou menos vinte anos. Estou grávida.

Grávida, como Karen volta da lua de mel. A senhora Macbeth se esgoela quando sabe que terá um irmão caçula para pegar no pé. O ano deixa o inverno chegar sem a tensão que o marcou (...) Há um assunto a ser tratado pela organização, descobriram e estouraram o que podem chamar de fazenda de reprodução, onde mulheres eram mantidas como animais desde que nasciam até a morte, sendo os meninos doados a famílias cristãs brancas selecionadas, tudo mantido por uma “entidade religiosa” revoltada com o projecto genoma, querendo “melhorar” a humanidade por meios naturais (...) resta agora o que fazer com cento e sete mulheres e meninas que nem sabem que são humanas (...) elas são extremamente caucasianas, reforçando a suspeita de ligação com neonazistas.

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Elizabeth dormiu mais cedo, após o dia atipicamente lotado. Também acordou bem mais cedo, com o sono já terminando quando ouviu sons estranhos. Vai ainda de pijama e vê sua mãe, pai, avô, irmão, tia Rebby, Jeep e Marie treinando caratê, no jardim privativo...

- Pausa na porrada, gente. Olha quem está aqui, Vovó Broto.

- Desculpe, meu amor, te acordamos!

- Mommy... Então é isso que vocês fazem antes de eu acordar?

- É algo mais pesado do que eu te ensino, mas já que acordou, vem com a gente.

Prende os cabelos da menina, a põe para aquecer, se alongar, depois ministra com cuidado lições mais avançadas (...) Ao fim, está exausta, mas não o suficiente para não pular no pescoço do irmão e ficar lá até se dar por satisfeita. Após o banho, como Patricia previu, ela desaba na cama de novo (...) Consegue acordar a tempo de comer e ir para a escola, onde conta a história de hoje para a avó. Nancy se ilumina, vendo a neta quebrar um círculo vicioso e ter uma infância tão bonita. Até agora as netas têm sido poupadas da perversidade, embora elas saibam o que se passa pelo mundo.

Princess e Barbarian viajam à tarde para Memphis. É uma cena triste, mas muito melhor do que a vida que aquelas mulheres levavam (...) elas simplesmente não aprenderam a segurar o sistema excretor, mal estão aprendendo a andar erectas. Nunca tomavam sol, então suas peles são quase transparentes. Há a possibilidade de serem levadas a Time Travel, mas não do jeito que estão. Os bebês e as meninas mais jovens (...) têm condições de convívio social imediato, as adolescentes serão muito mais difíceis, das adultas eles não esperam grandes resultados (...) os bebês serão levados para adoção agora mesmo, as crianças esperarão até tomarem consciência de sua humanidade, já as adolescentes precisarão ser praticamente adestradas...

- E eu sei quem pode fazer isso, mas teremos que tratar de uma exceção às regras.

- Tá pensando no quê, mulher?

Ela descobre assim que chegam a Los Angeles. Star fica de cabelos em pé, mas Princess explica que será um modo seguro de a opinião pública saber da notícia, antes que vaze. Ela olha para Nelson, fica confusa, Nancy mesma pediu para não saber do que não fosse necessário...

- Mas infelizmente agora é necessário... Doom, venha e traga Bird, tenho uma missão para vocês.

Eles tratam de como forjar informações para o povo saber de tudo sem saber de absolutamente tudo (...) Nancy é avisada do que um bando de machões misóginos e racistas fizeram com mulheres com quem nem eram casados...

- Pode contar comigo, honey, mas não deixe um desses canalhas na milha frente, eu o mato.

Levam muito à sério sua ameaça. Alertam toda a organização e informam a inteligência oficial dos planos (...) Estupro de menores, cárcere privado, infanticídio e omissão de socorro, são só alguns dos piores crimes, a constituição praticamente inteira foi violada pelo grupo preso. Mal Matthew solta a bomba de seis páginas e já há congressistas tremendo nas bases. Não é toda a verdade (...) mesmo assim gera revolta na opinião pública. Não há registros precisos de quando nem como tudo começou, o jornal informa que a CIA presume que alguém teve a idéia ainda antes da guerra (...) A tese de que a mulher seria a causa de todos os pecados, arregimentou a simpatia de igrejas que interpretam tudo ao pé da letra. Nancy é levada ao quartel que agora serve de albergue para “mulheres pré-históricas”. Ela observa aquelas sessenta pessoas, caminha entre elas causando espanto (...) Tenta estabelecer comunicação com pouco sucesso...

- Então, Mrs. Gardner?

- Vamos por partes, tenente. Primeiro vamos separar as que respondem melhor das outras, provavelmente teremos três ou quatro grupos. Aquelas garotas naquele canto, tragam-nas.

A dificuldade é grande, mas menor do que com as outras, elas (...) são estudadas pela professora, que pede à tenente algum instrumento da banda marcial. Ela traz uma guitarra e toca “Resignation”. Parece que música era proibida para elas, porque todas páram com o que faziam, exceto expelir (...) Será com música que vai ajudar todas elas. Liga para a filha e dá seu diagnóstico...

- Yes, mom... Podemos providenciar tudo hoje mesmo... Temos, quem sabe até façamos uma apresentação ligth para elas, quando estiverem prontas...

Nancy volta para Sunshadow convicta de que está voltando para a civilização (...) vai abraçar as filhas, as netas e a bisneta, jurando a cada uma que ninguém lhe fará mal enquanto estiver viva. Na fundação os bebês, todos do sexo feminino, chamam atenção pela uniformidade de traços, o que reforça a hipótese de incesto e assim também a da eugenia. As meninas estão aptas e são transferidas em duas semanas (...) Elizabeth as estranha, mas seus pais lhe esclareceram o suficiente (...) Em todo caso, só se encontram esporádica e rapidamente...

- Evy, elas parecem bebês! Uma tentou comer meu pager!

- Foda, isso! Que dá na cabeça de um cara pra trancar alguém no confinamento, feito vaca?

- Tem gente que se acha melhor do que os outros, você sabe.

- Gente cheia de sorrisos de plástico, que o povo adora – completa Glenda.

- Mas isso é ridículo... Tem uma vindo...

A menina de seis anos e nenhuma cor se aproxima, se senta perto delas e as observa com uma curiosidade pueril. Não solta uma palavra, alisa as três, brinca um pouco com suas roupas, dá pequenos puxões nos cabelos de Evelyn...

- Diferente... Cabelo...

Finalmente diz algo. Elizabeth tira um livro da pasta e lhe mostra, para testar a reação. O encantamento com tantas imagens até então desconhecidas é nítido, mas ela só consegue soltar sons de satisfação e tocar nelas com o dedo médio. Zigfrida chega logo em seguida, atrás da fujona...

- This is a book, dear. Obrigada por terem sido interessantes para ela, queridas.

- Isto... Isto...

A sueca se senta e decide continuar com o trabalho ali mesmo (...) Prudence se demora, mas elas têm que voltar para a próxima aula. Contam para suas mães na primeira oportunidade...

- Fez uma amiguinha nova, honey?

- Eu não diria que alguém que acabei de conhecer é uma amiga, ainda mais alguém que me lambeu.

- Pra ela, vocês são. Você mostrou um livro e ela ficou encantada, amanhã ela vai te procurar de novo, para ver mais. Você tem alguns catálogos de moda sobrando, não tem?

Ela leva um deles na manhã seguinte, novamente lá está Prudence (...) Elizabeth lhe entrega de cara o catálogo da moda primavera-verão do ano passado...

- Ah!... Ah!... Roupa... Que isso?

- Ah... É um carro – diz Evelyn.

Elas se olham, será um ano muito estranho. Não muito menos do que o caçador de marajás que o Brasil elegeu para presidente, o país se torna definitivamente um manicômio. Elias vê novamente um emprego ir para o beleléu, porque o empreendedor teve sua poupança bloqueada pelo governo (...) Patrícia fica furiosa, desta vez interfere por meio de colaboradores, concede ao homem o empréstimo de que necessita e acaba salvando mais trinta empregos. Ainda põe a empresa em contacto com potenciais parceiros nos Estados Unidos, para quando se decidir a exportar, pelo que sabe será a única tábua de salvação da maioria das empresas brasileiras, quando a bomba explodir. Ela sai para espairecer, instintivamente se dirige para a casa dos pais, onde tem a cota de afagos de sempre.

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