Princess! Agent Princess! A estação 116 desenha mais uma vez os bastidores da geopolítica, com um toque de emoção. Aprendam e embarquem, o trem vai partir.
Com Chopp, Doom, Bird, Brain e Nelson, Star
conversa reservadamente com um figurão da CIA (...) Sunshadow tornou a
organização mais poderosa do que muitos serviços secretos, a lealdade dos agentes
fora de campo que foram para lá é preocupante...
- Compreendo, monsieur. Sua preocupação
procede, Grandpa passou por isso, quando os antigos dirigentes da agência
descobriram suas actividades.
- Uma organização que poucos conhecem e tem
simpatizantes no alto escalão de muitos governos pelo mundo... Agora essa
polêmica, mais uma polêmica cercando Princess...
- Ela é tão valiosa quando delicada, entre
nós, mas por quê a preocupação com ela?
- Além de sete líderes mundiais estarem
apaixonados e prontos para cair de quatro, se ela quiser? Nós sabemos que
existe uma legião à parte, ainda desconhecemos o comando, que se reporta
directamente a ela. Um exército! O Pentágono ficou de cabelo em pé, quando
descobriu.
Bird mantém discrição. Brain alisa o queixo,
apontando para baixo, pedindo-lhe calma. Doom (...) afirma que passa de cinco mil, quando na verdade passou de doze
mil há algum tempo, mas mesmo que soubessem quem o comanda, não poderiam
dizer...
- Princess já tem uma carga muito grande de
responsabilidades, já é muito visada pela inteligência internacional, fora os
ônus de ser uma super estrela mundial. Há algo que queira nos contar?
- Dois altos oficiais cogitaram matá-la,
visando extinguir a organização a longo prazo, mas foram contidos. O presidente
pediu que eu viesse avisar, porque confia mais em vocês do que na própria
agência... e, sinceramente, eu também.
- Agradecemos pelo aviso, monsieur. Você
ficará aqui por mais duas horas, depois sairá com Chopp, Doom e Bird, no carro
dele, porque alguém certamente o seguiu.
O Thunderbird preto sai duas horas depois,
com o agente abaixado no banco traseiro, ao lado da perigosa Bird, que está
furiosa pela nova ameaça à sua rainha, mas não mais do que o pai dela...
- Deixe que eu cuido deles, Ritchie, sei quem
são e como lidar com eles.
- Pois preste atenção, Nelson, e dê este
recado...
Pega uma robusta esphera de aço escovado, que
serve de castiçal, e a esmaga com uma mão. O recado será dado (...) Ele volta para Sunshadow e chama os seus.
Genius faz a mesma cara do avô, Barbarian seleciona mentalmente seis armas e
Beyond, ainda com o gesso, acolhe a esposa...
- Eles pegaram a senha? Tem mais gente na
fila, alguns com prioridade. E esse medo de nós sabermos muito mais coisas do
que eles imaginam... Francamente! Já deveriam ter se acostumado! Como Bird
reagiu?
- Do jeito dela.
- Meu Deus... Ela está fervendo por dentro.
Falarei com ela. Enquanto isso, quero que não dêem um passo neste assunto sem
me consultarem, esperem Nelson agir, então decidiremos se e o que fazer. Se
tivessem se empenhado tanto em conter aqueles insurgentes, como se empenham em
me vigiar...
&
Ela fixa tudo, testa para ter certeza, então
põe a máscara e começa a soldar, ou começaria (...) tira a máscara, irritada, vai ver o que houve com
a máquina de solda e volta a colocar a máscara...
- Explique isso, mocinha.
- Mommy...
- Tire a máscara... Agora explique isso!
- Eu queria fazer um carro...
- Um carro... Este quadro de perfil quadrado
não dá nem a bitola traseira do Fusca de sua avó!
- Era pra fazer um carro bolha... pra Proo.
Ela não tem ninguém, mommy, eu queria dar um presente pra ela.
- Então é isso. Depois do castigo a gente vai
conversar a respeito. Já para o seu quarto.
Noutro dia, a poucas semanas do inverno, uma
reunião de baixa privacidade da organização acontece novamente na Máquina de Costura.
Elizabeth (...) se
esconde detrás de uma cadeira e espera. O silêncio súbito lhe causa estranheza.
Ela estica o pescoço e vê os oito lhe observarem...
- Vai ter que acordar mais cedo, Elizabeth.
- Eh... Vocês não vão salvar o mundo?
- Estamos pensando no caso, talvez usando
você como isca, bisbilhoteira. Acha que não vimos você entrar?
- Mas eu não fiz barulho!
- Nem precisaria, xereta! Você estava tão
preocupada em vigiar seus passos, que não olhou para cima, encaramos você o
tempo todo. O que esperava ouvir aqui?
- Eh... Que querem dominar o mundo, que Sunshadow
está sob ameaça declarada, que pensam que somos alienígenas e querem nos
prender, que tem um monte de segredos que ninguém pode saber, que tem exércitos
secretos agindo nos Estados Unidos... Hm?
- Você imaginou tudo isso, mas é tudo
verdade. Você sabe demais, mocinha, não podemos te deixar ir assim, sem
precauções devidamente tomadas.
Os outros não se agüentam e a biblioteca é
tomada pelos risos. Richard se levanta e vai acolher a irmã atônita. A pequena
é carregada para o jardim privativo, onde algumas regras são explicadas (...) ela pede algo aos pais...
- A Proo... Ela é tão parecida comigo, que
poderia ser minha gêmea bivitelina... Ela pode ser minha irmã? Please...
Os outros esperam. Vão os três à fundação (...) Patrícia se agacha, alisa o rosto da menina com o
dorso da mão esquerda. A encara de forma doce até as duas respirações se
sincronizarem. Assim a menina que a conheceu com uma lambida se torna irmã de
Elizabeth. Está confusa (...) não sabe o que a aguarda. Chega à Máquina de Costura e vê uma multidão à sua
espera. A professora de música e agora avó se apressa em tê-la nos braços, com
os cuidados de quem conhece como ninguém a fragilidade de sua pele
delicadíssima (...) A avó paterna chega no dia seguinte, já conhece a
garotinha curiosa e sem noção...
- Vem cá... Como está magrinha, Arthur!
- Ela é magrinha, mamãe. Faz parte da
compleição, já te explicamos isso.
- Mas ela não era minha neta, até ontem! Está
com fome, Proo?
Nancy aparece dançando, mostrando os punhos e
fazendo um sorriso de deboche, alguém concordou consigo e ela vai esfregar isso
na cara de todo mundo. As duas acompanham o mais proximamente possível a
adaptação da novata (...) O inverno chega e as luzes de natal cuidam de acalmar
sua ansiedade pela vida. Quando chega o natal, antes de irem à festinha de
Phoebe, Prudence ganha seu próprio P50 amarelo com bolinhas pretas, mas este é
eléctrico, 1kWh, muito mais simples e seguro de ser construído; e ainda
alimentou o gosto pela graxa da irmã. Ter imposto um castigo por mexer sem
permissão em ferramentas muito perigosas (...) não significa que Patrícia não tenha concordado com as intenções da
filha.
&
Golden Feather leva Happy Moon para ajudá-la
por um dia, com a plena aprovação do pai (...) É o contrário de
mãe e avô, é calada e com alguns excessos de bom comportamento, chega a ficar
irritadiça se insistem para algum passeio, isso torna seu nome um tanto irônico.
Com quem respeita sua solidão periódica, ela se dá bem, mas não tem a
distribuição farta de sorrisos que se espera de uma criança. Eddie já avisou,
após análise, que esse é o temperamento dela, não há absolutamente nada de
errado com a pequena. Como diz Crazy Horse, deve ser um espírito ancião repleto
de sabedoria, que veio em missão e não vai perder tempo com distrações...
- Ela é feliz, Feather. Não confunda euforia
com felicidade, são coisas completamente diferentes.
- Já falei com outros médicos, eles sempre
prescrevem medicamentos!
- Eu não ganho um centavo com medicina e
psiquiatria, eu não tenho pressa em me livrar do paciente e não tento ser
conveniente para ele. Às vezes uma doença controlada é menos danosa do que a cura.
- Quantos colegas seus concordam com você?
- Só os que vêem o paciente antes de sua
carteira.
Consegue tranqüilizar a apache (...) Reporta o caso às outras três; Marcia, Renata e Zigfrida.
Concluem que o caso se parece um pouco com o de Patrícia, embora o problema
seja outro. Olham para a pequena tagarela Phoebe e imaginam o que ela terá que
enfrentar. A menina já lê e escreve alguns garranchos, em vários idiomas.
Aubrey segue uma rotina mais mansa (...) seu desenvolvimento é mais fácil de ocultar. O tempo faz seu trabalho,
a bisneta dos Gardner entra para a escola sabendo muita coisa e torna-se o bebê
da classe. Ao fim da aula, Nancy entrega o pequeno prodígio às tias. Elizabeth
e Prudence se juntam à gangue e seguem até começarem a se dispersar. A primeira
é Stephanie levando Aubrey consigo, depois Kurt com Happy Moon, deixam
Giovanni, Nina, Lola, Alice, Belice e Celice com Enzo; Glenda fica com Renata e
por último se despedem de Evelyn, já à porta de casa, aproveitanto que Rebeca
foi ajudar a salvar o mundo. Patricia de vestido verde escuro rodado, olha para
as três, abre um sorriso enorme e as carrega de uma só vez...
- Os amores da mamãe estão ficando mocinhas e
responsáveis.
De repente começa a sair gente detrás de
carros, caixas de correios, árvores, latas de lixo e até do bueiro. Os paparazzi
photographaram a viagem da escola até aqui. O destaque, já nos tabloides
vespertinos, é para Elizabeth (...) “GOD! What a georgeous little
girl!”. Os pais da menina recebem alguns exemplares...
- “Meu Deus, que menina linda” é tudo o que
eles têm a dizer?
- Claro que minha filha é linda, e daí? O que
há, o público deles está com preguiça de ler?
- Basicamente sim, honey. Qualquer texto com
mais de dez linhas é logo descartado pela maioria dos leitores, pergunte pro
Matt.
- Dez linhas mal dão uma introdução, qualé!
Que pesadelo é esse? Além de alienada, a população vai ficar analphabeta?
Galera, quero todo mundo aqui, agora.
Não vão cinco minutos e estão todos diante da
menininha mandona. Ela explica o drama, Rebeca solta alguns palavrões e eles
começam a trabalhar. Acostumados ao padrão de Sunshadow, lhes parece que a
educação americana está despencando para o terceiro mundo. Ronald, conhecedor
do francês mais arcaico, afirma com autoridade que conhecer palavras e as
combinações de seus sons, não é saber ler. Decidem que o almanaque vai insistir
na importância da leitura (...). Renata chama o
marido e as instruções são dadas. Vão à casa de Fester e (...) vêem três adolescentes sendo mimadas e aprendendo as tarefas da casa,
uma das resgatadas, uma negra baixinha e uma cadeirante de cabelos curtinhos.
Patricia fica de boca aberta, muda, mas logo solta um grito e o casal é
carregado pela casa. Após a festa, o recado é dado.
Começam os trabalhos midiáticos do ano um mês
antes do previsto. Renata teve a idéia de colocar uma página com três colunas
tratando do mesmo assunto. Uma com tipos enormes e superficial, outra com tipos
grandes e mais profunda, a terceira com tipos normais e a história completa em
todos os seus detalhes. Na página seguinte a mensagem “Viram o quanto perde
quem tem preguiça de ler?” (...) vão buscar Nancy para sua primeira colaboração em uma mídia
periódica. Impossível não se lembrarem de George Gran Ville, mas a matriarca
assinará o próprio nome.
Quando o almanaque sai, gera mais polêmica.
Muitos defensores de que só vale a idéia principal, atacam a publicação (...) Do outro lado, 99% da população gostam
muito da idéia, principalmente como um recurso para atender a três tipos de
leitores em uma só matéria, do mais apressado ao que está de folga e pernas para
o ar. Matthew manda fazer imediatamente um teste com os cabeçalhos “resumo”,
“geral” e “notícia completa”. Enquanto a polêmica corre e só aumenta a
popularidade da banda, os dezoito trabalham em canções que demonstram a
importância de saber ler e saber o que foi lido (...) Sai o novo
álbum completo em uma tarde, só falta acertarem detalhes e gravar.
&
Patricia pensa nos filhos e na neta. De
repente se lembra da mãe e precisa segurar o choro. Desta vez terá uma morte
nas costas ou será ela a morta do episódio. Apesar das ordens (...) alguém achou que valeria à pena
deflagrar uma guerra e devastar um país inteiro para conseguir um momento de
regozijo pela vingança, porque a população logo o destroçaria assim que
disparasse. Princess olha fixamente para o homem com a pistola automática, saca
o mais depressa que pode, mas antes de aperte o gatilho ouve três disparos; um
no ombro que segura a arma, no coração e entre os olhos. O sangue começa a
escorrer em profusão e acabou, um agente a menos no mundo. Patricia olha para
trás e vê justo aquela por quem quase estava chorando...
- Mommy!
- My baby!
Nancy corre para a filha (...) Ela avisou que ninguém se meteria com sua família sem lhe prestar
satisfações, prometeu que ninguém lhe faria mal enquanto estiver viva. Não
houve tempo para ele apertar o gatilho, e ninguém conseguiu acompanhar os
movimentos da mulher ao sacar a pistola, mirar e atirar. Nancy está furiosa,
olha com raiva o cadáver ensangüentado no chão...
- Você só vai pro inferno porque não existe
lugar pior, desgraçado.
Os paparazzi disseminam a notícia como
mágica, o planeta sabe em minutos que Patrícia Petty sofreu um atentado a bala
e foi salva pela mãe (...) Sunshadow recebe mais de cinqüenta
mil pessoas, entre fãs desesperados, imprensa e agentes que foram tentar salvar
o pouco que ainda resta do segredo (...) Pela
segunda vez um presidente põe os pés na cidade. A esta altura, todos têm
certeza de que ela é uma agente do governo, sem imaginar a imensa crise
diplomática que se formou nos bastidores, deflagrada por aquele polonês
stalinista. O presidente chega à casa de solteira, de onde Nancy não permitirá
que a filha saia até ter certeza de que o perigo passou, constrangido pela
falha na segurança, pede licença...
- Com licença... Boa tarde... Senhora
Gardner, em primeiro lugar eu quero me desculpar pela nossa falha e agradecer
por ter salvo Patrícia. Muita gente, inclusive eu, deve a vida a ela...
Muitos segredos não há mais como manter. A
organização e as agências oficiais entram em pane para salvar o que resta, e soltar
versões verossímeis que o cidadão possa digerir sem ele entrar em pânico (...) percebem que
quem manda no país e no mundo, naquele momento, é Nancy Petty Gardner. Ela não
sabe o que a filha fez (...) sabe que ela só sai de seus braços quando estiver em
segurança. Foi aquela moça que devolveu ao casal a vontade de viver, e evitou
que Richard morresse de depressão. Nancy simplesmente não consegue enxergar
vida sem sua primogênita.
Na Europa os bastidores quase desmoronam. A
mulher de confiança de doze chefes de Estado sofreu um atentado justo por quem
foi ignorado por suas agências de inteligência, por o considerarem inofensivo.
Reuniões são marcadas com o pretexto de discutir os rumos da economia (...) para tomarem providências sem
que o cidadão perceba. Os jornais começam a rodar manchetes com "Nossa
espiã favorita” como chamada, e Matthew precisa de três ou quatro clones para
dar conta do recado, Mikomi, Fester e Mary Ann sozinhos não estão bastando. O
escritório central busca em casa dezoito candidatos que têm currículos na
corporação, é uma emergência. A noite desce e o presidente vai embora, tendo
dado à Nancy a certeza de que aquilo não vai se repetir. Mas os trinta mil fãs
ficam na cidade até terem eles a certeza disso.
Já em casa, ela acolhe as filhas chorosas e o
marido assustado. Deveria estar apavorada, tensa, no mínimo muito assustada,
mas nunca se sentiu tão filha de sua mãe como hoje (...) No dia seguinte há uma
romaria em frente à Máquina de Costura, dezenas de milhares de pessoas
precisando ser tranqüilizadas (...) Sem escolha, a mulher de blusa salmão e
saia média preta vai novamente à rádio, porque falar à toda aquela gente sem
aparelhagem, e ao ar livre, simplesmente não dá. Os paparazzi não deixam de
notar a excelente forma física de quem se aproxima rápido do cinqüentenário.
Encontra na rádio dois amigos de infância,
que namoraram por doze anos, até a maioridade, hoje têm trigêmeos e três
adoptados. Ela espera “Forgotten” terminar e toma a programação...
- Sunshadow, é Patrícia quem fala. Eu
gostaria de não precisar fazer este comunicado, mas é imperioso que eu o faça. Não
vou tentar desmentir o que aconteceu na manhã de ontem, aquele homem realmente
veio com o intuito de me liquidar. Eu realmente sei muita coisa, infelizmente
não posso contar um décimo e mesmo que pudesse, esse décimo tem tanta coisa que
eu não saberia por onde começar. O que posso contar tem correlação com o
atentado. Aquele homem era membro de uma ditadura, louvada por muitos
intelectuais ingênuos que nunca sofreram censura em seus próprios países. A
ditadura caiu e eu tive uma pequena influência nisso, por isso ele veio para se
vingar. O facto é que essa ditadura e muitas outras pelo mundo, agem de modo
desumano e absolutamente egoístico, fazem nossos corporativistas mais idiotas
parecerem boa gente. Uma das práticas dessas ditaduras é se aproveitarem da
ganância de nossos corporativistas para promoverem a escravidão em países
miseráveis, tanto a laborativa quanto a sexual, para assegurarem recursos às suas
fábricas e aos seus propósitos, e um deles é se manterem no poder a qualquer
custo. Por isso existem miséria e tensões nesses países, não só pelo conceito
pueril de que miséria dá lucro, a questão é política e ideológica, e em breve
se tornará também religiosa. Meus queridos, esta era de paz e tranqüilidade de
que desfrutamos agora, é ilusória. Nestes países explorados existem tensões
absurdas em crescimento silencioso, que cedo ou tarde vão gerar rupturas e
espalhar estilhaços para todos os lados, inclusive para o nosso. Nenhum país no
mundo é páreo para os Estados Unidos da América, nenhum deles é capaz de nos
enfrentar por mais de um mês, antes de cair e ver seu território devastado, mas
esta regra não se aplica a terroristas, eles não têm nacionalidade, agem como
acne, brotam de onde menos se espera e não dá para dizer que pedaço de doce a
produziu. Eles têm rancor, sede de vingança e estão dispostos a matar e morrer
para se vingarem do que nossos antepassados fizeram, e de muita coisa que nos
acusam de termos feito; não acreditem em tudo o que falam contra nós, muito
menos de gente exaltada e cheia de discursos ideológicos. O ponto é que essas
tensões não tardam a emergir e se alastrar pelo mundo, os atingidos vão
procurar um culpado, e nós somos alvos preferenciais de muitos grupos. Por isso
eu peço que se preparem para o pior, toquem suas vidas até lá, mas se preparem
para agressões inclusive domésticas, porque o americano primou em se alienar e
muitos vão acreditar que temos culpa até na condenação de Joana D’Arc.
Cerquem-se de bons momentos, de dias proveitosos, vivam o máximo com suas
famílias, porque o medo que chegou mais cedo à Sunshadow, vai bater na porta de
cada americano. Por agora, compreendam, isso é tudo o que eu posso falar.
Obrigada.
Quase cento e vinte mil pessoas na cidade e
toda a região ouviram (...) Ela
sai altiva e ovacionada da rádio, após medir e comedir as palavras como nunca.
Sabe que ainda nesta tarde os jornais vão inundar o país com suas declarações e
teorias conspiratórias correlatas. Reconhece alguns ghost drivers, estende a
mão e eles vão. Tem consciência de porque estão lá e quer que tenham certeza de
suas boas condições, para poderem retomar suas vidas. Alguns passos e lá estão
seus pais, eles a acompanham até sua casa de casada.
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