quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A lagarta Lalá

Outro dia recebi por e'mail essa historinha... Achei muito bonita e resolvi compartilhar com vc's...

Certa vez, duas lagartinhas estavam rastejando na floresta. Elas se chamavam Lagamarta e Lengamárcia, mas eram apelidadas de Lalá e Lelé. Lalá era feliz consigo mesma; amava o seu dia-a-dia de folhas verdinhas crocantes. Lelé, porém, só vivia reclamando. E reclamava, reclamava... reclamava de tudo. De tanto reclamar, Lelé não prestou atenção ao caminho e acabou se separando de sua companheira Lalá.

Lalá logo notou a ausência de elé e se preocupou com ela. Porém, Lelé nem se deu conta da separação da amiga e continuava reclamando. Lelé vivia se comparando aos outros animais dizendo:

- Por que fui nascer essa criatura tão desprezível? Vivo quase rastejando, quase me arastando no chão e sujando sempre minha barriguinha. As abelhas, por exemplo, tem asas bem rápidas e por isso podem voar. Como eu gostaria de ter essas asas de abelha. Oh destino infeliz! Deus não gosta de mim.
Um vaga-lume mágico, chamado Maga-lume, passando perto de Lelé, ouviu suas chorumelas; e tendo pena da lagartinha tão triste, fez com que nela nascessem asas de abelha. Lelé ficou contente e tratou logo de bater bem rápido as asinhas. Conseguia voar, sim. Mas seu corpo de lagarta não tinha o formato adequado para voar e ela voava desajeitadamente.
Um dia, passando por uma aranha, ela disse:
- Que pernas longas e fortes. Garanto que ela deve correr muito. Eu não. Com estas minhas perninhas e braços; sou um verdadeiro cotoco com asas. Quase não ando. Deus não teve pena de mim quando me criou. Como sou infeliz.
Novamente, Maga-lume estava próximo de Lelé e ouvindo a reclamação da lagartinha, quis resolver o problema dela e fez com que nela surgissem pernas de aranha. Agora, Lelé podia andar mais rápido, ainda que mais desajeitadamente.
Um dia, Lelé passava por um besouro, quando notou sua dura carapaça. E disse:
- Que carapaça forte! É uma verdadeira armadura. Se tivesse essa carapaça, nenhum animal iria me atacar. Mas eu não sou assim. Tenho esse corpo molenga, vulnerável. Coitada de mim.
Pode parecer incrível, mas, mais uma vez, Maga-lume ouviu a lenga-lenga da lagarta. E assim, para ajudá-la, fez com que nela aparecesse uma couraça bem dura. Inicialmente, a lagarta ficou feliz, mas logo notou que a carapaça não a deixava correr nem tampouco voar.
Um dia, estava Lelé passando por um lago quando se olhou no espelho d'água. Ela viu que tinha se transformado em uma criatura feia e disforme. Uma verdadeira aberração da qual todas as criaturas se afastavam de medo. Pela primeira vez, sentindo-se sozinha e solitária, Lelé chorou.
Preferiu ter continuado a ser uma simples lagarta. Pelo menos, tinha a companhia de sua amiga Lalá.
Foi quando, de repente, alguma coisa surgiu do céu. Parecia um anjo. Tinha asas de anjo, mas eram lindas... Eram co-lo-ri-das! Lelé demorou a reconhecer. Era ela... sua amiga Lalá.
- Lalá. O que houve com você? Você está linda! Essas asas, esse corpo esguio.
Lalá respondeu:
- Não fiz nada. Continuei minha vida, comendo minhas folhinhas, agradecendo o sol de cada dia. Um dia, acordei assim. - E notando o corpo da amiga Lelé, perguntou: E você? O que aconteceu contigo? E por que está chorando?
- Eu só fiz burrada nesta vida. Desejei tanto ter o que os outros tinham que me tornei um monstro.
- É bem verdade que sua aparência não está muito agradável, mas sempre há tempo para tomarmos o caminho certo. Suas mudanças corporais atrasaram um pouco a sua metamorfose. Não sei quanto tempo ela irá demorar, mas ela vai acontecer. Enquanto isso, aceite-se do jeito que é. Isso fará com que o tempo de espera seja mais curto.
Lelé, agora cheia de esperança, ainda estava se refazendo do choro, quando observou:
- Agora não vou poder mais acompanhar você. Você está livre para voar e eu presa neste corpo.
- Você se engana. Ficarei contigo e lhe farei companhia. Às vezes, sairei para buscar-te alimento, mas sempre voltarei para ficar contigo. Lembre-se, aceite-se do jeito que é.
E assim, alguns dias se passaram. Logo, duas borboletas lindas e radiantes estavam buscando o Céu. Lalá e Lelé.




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Bom... Hoje rolou um CTRL + C / CTRL + V...
Amanhã é meu último dia de aula... Nunca pensei que chegaria!! 4 anos esperando!
Mas chegou... E com ele resenhas e trabalhos... Estou tendo um piti atrás do outro. Espero que compreendam.
Na próxima semana voltarei à todo vapor (Na versão pedagoga... chique eim?!).

Beijos.

8 comentários:

Gabriel Leite disse...

Adorei o blog e os escritores parecem pessoas de muita personalidade. Já adicionei aos favoritos do Frenesi (meu blog).

Masd tem uma coisa: esse design tá de lascra, hein... Não tinha nada menos suburbano? hehehehe

Abraços

Melissa de Castro disse...

Que bonitinho, Vivi!

E Gabriel, eu também detestei esse layout. Falarei com os companheiros para mudar, urgente. E obrigada pelos elogios ao blog e seus participantes. Volte mais vezes.

Gabriel Leite disse...

Agora sim (mas ainda dá pra encontrar algo mais original).
Beijos Mel (já tô íntimo)

Luna disse...

Suburbano foi foda! É chique ser do subúrbio, Gabriel. Você não lê o Garotas?

(emoticon do travesti que joga o cabelo e faz cara de nojo)

By the way, também fucei no seu blog!

Melissa de Castro disse...

Gabriel, meu mais novo amigo íntimo... rsrsrs.

Tá mais bonitinho assim, pelo menos consigo ler os textos. É gente, porque a tia aqui já não enxerga lá essas coisas...

Vivi disse...

Eu acho que este blog deveria ser Rosa com bolinas da mesma cor (!)
Amarelo estava legal... Branco assim está mto pálido...
Alíás... Quem está alterando o desing do blog??

Mandinha disse...

Que fofa essa história!

Mandinha disse...

Ah! Sobre o layout voto no que a vivi disse, Rosa com bolinhas! Hehehe
Porque vocês não abrem uma votação para um layout? Acho cinza tão sem graça...