sexta-feira, 26 de abril de 2019

Dead Train in the rain CCXXVIII

    A guerra mandou recado. A estação 228 conta algo de modo didático e rápido, antes que vocês embarquem. Todos à bordo, o trem vai partir.


Spark pula no peito e derruba o paparazzo (...) Está sendo amigo e brincando com o rapaz, que demora um pouco a perceber que aquele gigantesco Maine Coon de cem libras não quer devorá-lo. É conhecido da família, o gato está acostumado a ele...

- Desculpe, Lou... Vem, Spark – diz Marcia. Machucou?

- Só meu orgulho. Tudo bem, garoto... O que vocês dão para esse gato comer?

- Ração da boa... Em quantidades enormes!

- Por favor, mantenham ele bem alimentado!

- Você iria me dizer alguma coisa?

- Sim... É sobre a sua aparência. Você faz algum tratamento? Tem uma polêmica começando.

- Sério? Eu não sabia! Não faz dez anos viviam dizendo que meu marido é bonito demais pra mim!

- Só que o tempo passou, essas pessoas decaíram muito, mas você continua com essa carinha de adolescente!

Ele a acompanha até a Caixinha de Música, onde de algum lugar sai a questão eleitoral. Ela lhe dá uma entrevista improvisada, enquanto ele faz seu trabalho (...) Ele raciocina um pouco, vai à BYOP, vende algumas photos e usa outras específicas para falar de democracia e participação eleitoral em seu blog, usando a conversa para mostrar como uma democracia pode se firmar em bases sólidas (...) é convidado para uma entrevista no Boa Noite Mundo.

Tobby liga agradecendo, tanto pela pauta quanto pela conversão de um paparazzo ordinário em um jornalista útil (...) Ela volta à leitura das anotações que faz de seus pacientes. Manda um recado para Zigfrida e ela responde na hora...

- Oi, lindinha! Tá preocupada por quê?

- Sabe de quem eu tô falando?

- Claro que sei, fiz anotações idênticas às suas. Não grila, você está agindo direitinho!

- Mas tá foda! Tô cansada, minha mãe me obrigou a tirar o dia de folga...

- E mesmo assim está estudando anotações? Eu vou contar pra ela! Rê, entra na conversa!

Renata não hesita, sai de sua casa, busca a filha e a faz brincar com Naomi e Palhaço, na sua frente, enquanto trabalha. A recusa de Patrícia em levar o Dead Train a Cuba gerou uma saia justa (...) Voar até lá, fingir que está tudo bem e ainda falar uma frase em favor do regime, mesmo que vagamente, foi uma proposta rejeitada prévia e unanimemente pelos vinte e quatro. Ela despacha com os comparsas o que pode ser feito a distância (...) à tarde vão se reunir na Máquina de Costura para arrematar tudo, e decidir algumas coisas que simplesmente não podem ser faladas por rede.

Deixa Matthew encarregado de cuidar das duas meninas (...) Encontra Phoebe e Carly pelo curto caminho (...) Patrícia dá um aviso logo de início, a banda está sofrendo novamente ataques de Estados. A recusa de prestigiar um ditador vazou, como já esperava, agora todos os simpatizantes dele estão fazendo propaganda contra o Dead Train, omitindo fria e deliberadamente tudo o que os seis já fizeram pelo mundo. A Casa Branca se desculpou, mas isso não vai desfazer o ocorrido.

Eles se preparam para ver mais manifestações contra (...) especialmente Ronald e Phoebe. Ele reitera suas posições e ela endossa. Aproveita a deixa para contar sobre um punk brasileiro que domou o sistema, dentro da empresa em que trabalha. Ele apresentou os resultados que os chefes desejavam e hoje faz o que acredita. Punk e com dinheiro, hoje canta só o que quer e onde quer...

- Ou seja, ele vive o jeito Dead Train de ser – completa Patrícia.

- O sistema não é um deus invulnerável, é o próprio homem se recusando a assumir que ajudou a fazer merda. Neste caso o cara limpou a sujeira alheia, ele foi um sistema justo.

Olham para ela (...) fazem algazarra e carregam Sandra pela sala (...) ela se adianta e confessa que saiu daquelas conversas que teve com o pai, sobre a crise de 1929. Patrícia se preocupa agora, Elias sabe se defender, mas não é exactamente um mestre em artes marciais como a filha. De imediato a encarrega da proteção do pai, liga para Window e a encarrega quando Knockout estiver fora. Renata comanda os outros e a carregam de volta ao sofá, para começar a sessão de desfranzimento de cenho.

Voltam aos negócios, enquanto Matthew se descabela para lembrar ao mundo quem é a Dead Train e porque se recusa a fazer-se de amiga de um ditador. Alguns jornalistas o bombardeiam com alegações diplomáticas, ataques ao capitalismo e ele simplesmente “Experimente viver lá, mané” para então voltar ao trabalho. Naomi interfere, perguntando se a execução de crianças de opositores do regime o torna menos cruel do que um sistema que nos permite nos indignar contra ele...

- Vou colocar isso no editorial!

Ela poupou o pai de esquentar a cabeça e forçar o coração (...) pode se concentrar só em atacar, o que ele faz com maestria. Melinda recebe as palavras da menina e manda como resposta a todos os picaretas editoriais de Los Angeles. Ditador bonzinho, ela completa, é ditador deposto. Vai pegar Aubrey para ir ter com a madrinha e voltar para casa, a encontra de mãos dadas com um actor da nova safra (...) Daqui a pouco ele volta ao set, mas consegue finalmente uma garota que aceita um bobo romântico e caseiro como parceiro. Mas não sem antes dar satisfações à madrinha...

- Monsieur Flag, precisamos conversar sobre minha protegida.

Ele quase desmaia. Nesses três anos de carreira no cinema, jamais tinha encontrado a diva de bilhões, a musa de gerações, a majestade do cinema...

- Jose De Lane!

Precisa ser acudido e socorrido pela namorada. Em vez de elas irem, Yuri vem com Nancy e Richard (...) O rapaz gostaria agora de ter os poderes de invisibilidade, super força e vôo de seu personagem, para encarar aquele moscovita enorme e aquele sunshadower gigantesco. Viu o vídeo do velho Gardner levantando meia tonelada nos alteres, as cem mil que consegue levantar não passam de truque de computador, mal levanta cem quilos. Nancy toma a frente...

- Marcel Flag, você está mesmo decidido a ser um Gardner? Se quer alguma chance com minha neta, é bom que cogite isso.

- Foi o que eu te disse, man – completa Aubrey.

A garota (...) liga para o estúdio e diz que Marcel vai passar sua folga em local ignorado, para repensar sua vida. Desliga e ele vai acompanhado do jeito que está a Sunshadow, vestido de Star Hunter.

Durante o vôo, conversando com o pretendente, nem imaginam o que a organização está enfrentando em terra. Princess aciona Genius, Angel e Knockout. Algum louco iniciou a contagem regressiva de um míssil nuclear e o governo local não consegue detê-la, os códigos foram completamente alterados. Angel usa o smartphone de um dos técnicos para se conectar ao controle do míssil, enquanto Knockout avisa e instrui a ABIN nos procedimentos para evacuar Brasilia em tempo hábil, se hover o disparo. Genius auxilia o serviço secreto do país para ajudar a identificar o autor, enquanto a CIA e o Pentágono são postos secretamente em alerta vermelho...

- Isto não é um exercício! Repito: Isto não é um exercício! Há uma ogiva de quinze megatons apontada para Brasília, em contagem para disparar! Princess está conversando com o primeiro ministro, enquanto nossos agentes estão tentando abortar o disparo. Não contem ao governo brasileiro até ser necessário... Seria inútil.

É um pandemônio secreto! Angel consegue um acesso, mas pelo canal limitado do smartphone só pode evitar a decolagem, a explosão ainda é um risco. O cilo é evacuado, o smartphone ligado no carregador e Knockout vai ajudar (...) Adoraria que o alvo preciso fosse simplesmente sublimado pelo calor da explosão, mas tem gente inocente dentro do raio de efeito da bomba. Princess termina de dar o maior esporro que aqueles dirigentes já receberam em suas longas vidas, quando as duas caem exauridas no sofá...

- Desarmado – diz Phoebe. Quem fez aquilo tinha colocado uma faixa analógica para dificultar a abortagem.

- A gente mudou tudo... Agora só nós podemos direcionar e disparar aqueles mísseis.

- Senhores, suspendam o alerta! A ameaça foi eliminada, pelo menos por agora, mas tenham uma conversa séria com aquele governo imbecil, antes que outra falha dessas ecloda a terceira guerra!

Patrícia vai mimar as duas (...) Pensa em um modo de contar pelo menos parte aos outros, especialmente aos pais delas. Star e Brain foram avisados quando a crise estava sendo resolvida, disparam para a Máquina de Costura (...) os detalhes são os mais sórdidos possíveis. Sabem quem foi, mas está foragido, a proximidade da fronteira facilitou a fuga...

- O que explica ele ter acionado o timer – conclui Brain – queria o álibi da distância. Então deve ter usado um transporte muito rápido, para cobrir uma distância convincente.

- Um avião de carga decolou meia hora antes de a contagem começar – diz Knockout ainda exausta. Só pode ser isso.

Investigam, enquanto Star fala com Washignton e aconselha reforçarem os escudos do país. O governo fica na incômoda posição de depender de uma organização que não deve satisfações ao congresso (...) Uma coisa Richard pode contar a Marcia, alertada pela mediunidade que algo estava muito errado naquela casa...

- Nossa filha e Sandra evitaram um holocausto nuclear e a terceira guerra mundial.

- Baby! Fale com a mamãe, baby!

Elias entra intempestivo, quase atropelando Giovanni. Acolhe a filha dolorida pelas tensões e sonolenta pelo estresse (...) mandam chamar toda a banda, vão contar o que é seguro saberem, e mesmo assim não poderão contar ao público, isso é função do governo e ele já foi instruído para tanto. Consuelo olha assustada para Luppy...

- Eles salvaram o mundo de novo.

- Como assim? Como super heróis? Aquela não é Jose De Lane?

- Tem muitas lendas sobre eles que são verdadeiras. E sim, é ela mesma. Espere eles saírem, você vai poder tietar.

Por precaução, Marcel está na casa de Aubrey.

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