domingo, 19 de maio de 2019

Dead Train in the rain CCLI

    Entre um show e outro. A estação 251 mostra a resiliência dos que tocam a festa pelo mundo, enquanto este desmorona. Todos à bordo, o trem vai partir.


Boas notícias do Marrocos (...) A lista de potenciais terroristas e de terroristas notórios localizados aumentou consideravelmente. Longe de ser o paraíso, o país tem sido um oásis entre seus vizinhos. A organização faz alguns alertas aos serviços secretos oficiais, obtidos graças à base no resort em Marrakesh. Os seis simplesmente administram esta fase mais tranqüila dos negócios, enquanto os investimentos multibilionários decididos são feitos em tecnologias estratégicas (...) os picaretas novatos ainda se arriscam a tentar passar a perna nos seis, confiando em novas tecnologias e na burocracia gigantesca que existe em praticamente todas as corporações, mas não na Dead Train.

Concluída a conferência dos relatórios, se voltam para a fiscalização, querem ver como estão suas empresas agora. Vêem pela câmera do monitor um garoto quase caindo de sono, enquanto se esforça para concluir o cadastro de novos clientes. Rebeca interfere, entra no link e fala directo a ele...

- Cara, sai desse computador. Vai tirar uma sesta, senão vai acabar colocando nomes poloneses nos cadastros de todo mundo.

Ele acorda, vê sua chefe, esfrega os olhos e ainda não acredita que está falando com Rebeca Spring... Well, ela está falando, ele só ouve enquanto seu substituto sobe para poder descansar. Ele finalmente pode ir descansar e ela pede que vejam o que está acontecendo com aquele digitador e como podem ajudar, ele não lhe parece bem.

Concluem os serviços corporativos e vão ver o que há na despensa. Não sem antes Patrícia receber um relatório das montadoras, sobre o desenvolvimento dos carros encomendados (...) Consuelo auxilia Rebeca e aprende com ela uma receita do condado. O doce de nozes com vinho branco e leite é servido em taças. Aisha entra com um sorriso largo, concluiu com Sabaya o novo livro dos Mil e Um Fins de Tarde, mandou para Glenda e agora quer descansar um pouco o cérebro. Aquela sobremesa cai bem.

Voam dois dias depois para Nashville, de lá vão para Dallas. O Airtrain desliza tranqüilo, seguido pelo Airwagon. Desta vez Aisha vai com eles, na cabine, ver na prática a pilotagem de um aeronave (...) Ver o céu à sua frente, as nuvens passando logo abaixo e a curvatura da Terra a encanta. Senta-se atrás dos condutores, ata o cinto e vê pela primeira vez os procedimentos de aterrissagem (...) Klauss dá sua tradicional corrida para a base da escada, logo adiante Billy inicia o hábito no Airwagon e registra a descida da orquestra, enquanto os instrumentos são descarregados.

O hotel não é de colaboradores, mas está cheio deles. Toda a segurança e o chefe de cozinha, para ser preciso. Phoebe não perde tempo e vai ter com todos eles (...) volta para relatoriar, deixando uma leva de babões apaixonados pelo caminho. Aisha explora excitada o ambiente, é a primeira vez que acompanha a banda. Um segurança a reconhece como membro da guarda imperial (...) Ele tem consciência das dificuldades de muitos estrangeiros para se adaptarem à vida em um país tão vasto e com características regionais tão diversificadas quanto o número de Estados, quer saber como as marroquinas lidam com isso, embora os quatro casamentos sejam um belo sinal...

- A gente sabe onde está e o quanto os hábitos eram exóticos para nós. Pai Hassam nos ensinou a seguir as regras da casa que nos acolher, aqui não será diferente.

Ele gosta do que ouve, mas sabe que muita gente só vai pensar “She's muslin” e começar a jogar pedras, se as tiver ao alcance. A tolerância da comunidade muçulmana com o viés radicalista não ajuda...

- Não são só os muçulmanos, meu amigo. O oriente inteiro é muito mais tolerante com tiranias. Há séculos eles tentam subjugar e colonizar o ocidente.

Viram-se de súbito e vêem Patrícia em toda a sua glória e esplendor. Ela explica ao colaborador de base o quanto o Japão tem pecado pelo excesso, para abandonar os ideais de colonização que ainda permeiam a cultura oriental (...) Ele declara seu interesse por geopolítica oriental e recebe da líder as senhas necessárias aos seus estudos. Olham para frente e lá está Angel, fazendo sinal para circularem, não quer ver a avó envolvida em sassuntos da organização enquanto não for realmente necessário.

&

Há uma coletiva e, tendo visto Aisha com a banda, alguém pergunta a respeito e Patrícia dá as mesma respostas que a neta deu ao segurança. Também perguntam sobre Adele e Patrícia se adianta novamente...

- Descobrimos pelo drama dela uma igreja que faz algo parecido com o caso das mulheres cativas. Estamos tão preocupados com o terrorismo islâmico, mas perdemos o foco de nossos próprios radicais!

Ela consegue manter o nível dos quarenta minutos que puderam conceder de entrevista. Vão de lá reconhecer a arena do show (...) Notam algumas reformas, então fazem um ensaio para testar a acústica. Pela primeira vez uma intervenção não prevista melhora a qualidade do som. O show comprova os testes, a qualidade da acústica empolga o público. Vão da arena directo para o aeroporto, de lá para Dallas. Aisha novamente com piloto e copiloto, vendo atentamente todos os procedimentos na prática.

Quando chegam à fazenda dos Barry-Kelly, lá estão Darifa e Derik, para a felicidade de Patrícia (...) A gestante leva a irmã para conhecer o acervo da família, especialmente os aviões de guerra. Pela televisão os anfitriões mostram um protesto, justo em Dallas, contra as declarações de Patrícia, com palavras de ordem como “Jovens cristãos não são terroristas”, como se ela tivesse dito isso. Logo aparecem outros protestando contra a adoção de Sandra, acusando Elias de “europeizar o modo de vida tradicional das florestas da América Central”. A encrenqueira olha aquela cena que excede o limite do patético, entorta a boca em uma careta que faz lembrar Elias (...) Reconhecem no meio dos manifestantes um dos que os perseguiam no Brasil. Fabrícia também e fica apavorada, corre não sabe para onde para tentar conseguir ajuda, Topa com o velho Gardner...

- É por causa daquela manifestação? Nós sabemos quem é aquele sujeito e estamos de olho nele. Não se preocupe.

- Ele quer matar o Elias!

- Ele não chegará nem perto, está envolvido em coisa muito piores do que você imagina, está para ser detido... Mesmo que isso gere mais protestos.

E gera. Não adianta mostrarem provas (...) se recusam a ler simplesmente porque estão do mesmo lado no protesto. Pelo menos deixaram Sandra e Elias de lado, mas não a imprensa. Ele é procurado na loja, ela não pode escapar à coletiva, mas não delonga...

- Para você ver o tipo de gente que recebe apoio do governo brasileiro. Pensam que os políticos de vocês são ruins? O pior deles seria amador por lá.

- Mas não havia uma elite por detrás de tudo isso?

- Um cara que ganha o equivalente a dez mil dólares mensais só para falar bem do governo por um blog, tem passagens pagas pelo erário e hospedagem por conta de ONGs é o quê? Pobre?

Elias, quando sai para o almoço diz apenas “Não existe direita ou esquerda no Brasil, o roubo é ambidestro” e segue para casa. Está mais bravo do que aparenta. Enya sabe disso e chamou a equipe de photographia para tirar a folga em casa, para poder se dedicar um pouco a ele e acalmar sua fúria oculta.

Com ou sem protesto, tem show. Os texanos, esses desaforados, enfiaram seiscentos mil fãs na arena gigantesca, dividida em seis gomos com o palco no meio. No fundo um cartaz com “Se reclamarem, na próxima seremos um milhão” (...) E eles dão conta! Cantam para todo mundo, cada gomo tem ao menos um fã levado ao palco, durante o intervalo não falta nada para o público (...) E ainda perguntam por que eles fazem sucesso há tanto tempo! Nos bastidores o trabalho é intenso, desta vez Sandra é poupada de fazer massagens, apenas ajuda nos relaxamentos (...) Frutas e sucos à vontade, especialmente banana. Voltam com a corda toda para a segunda parte do show.

Voltam à fazenda após uma canção de saideira (...) Voltam a Sunshadow descansados e bem alimentados. Darifa ficará mais um dia (...) Volta com Derik com algumas lições importantes bem aprendidas, os empregados americanos são bem diferentes dos orientais, a lida precisa ser mais personalizada e rente.

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