Agora querem Elias. A estação 260 mostra que o fim de uma conversa nem sempre é o fim da conversa. Embarquem, o trem vai partir.
Melinda mostra o abaixo-assinado com mais de
um milhão de assinaturas, acompanhado do pedido de um show (...) Há um depósito de adiantamento equivalente a um milhão de ingressos, só
esperando pela confirmação de uma data, para o restante ser depositado. Os doze
se entreolham, olham para Rebeca e Ronald, que se eximem de qualquer
responsabilidade, também só estão sabendo disso agora. Patrícia liga para
Darifa, mas é Derik que atende, ela entrou em trabalho de parto a mais de três
mil pés de altitude, o piloto acelera o quanto pode, mas talvez não dê tempo (...) Suha é avisada e arrasta o marido, já ligando para a madrinha,
que despenca de Los Angeles no ERJ 190-200, com o Phenom dos Barry-Kelly
fungando na quilha. As crianças começam a sair mal tendo aterrissado, a poucos
metros do S-600 Maybach. Sandra auxilia como pode (...) O primeiro choro causa
euforia, o segundo causa choro, os jatos chegam assim que Darifa se rende ao
cansaço ainda no hangar. Hamira anuncia ao Marrocos em tempo real, que mais
duas mulheres perpetuam o mito de Hassam (...) por agora a irmã está soltando os bofes para fora, com Adelaide
e Nelly satisfeitas, após esgotarem a mãe.
As pequenas adormecem rápido, com a mãe já
exaurida e no segundo sono, enquanto o pai, trisavós, avó e madrinha se
desmancham por elas. Deixam o casal se desmanchar e voltam à Máquina de
Costura, onde outra mãe amamenta seus rebentos, já planejando o retorno.
Raimundo e Francisco parecem confortáveis no clima de quatro estações por dia
de Michigan, vão estranhar o Brasil. Fabrícia mostra os meninos já querendo
andar, mal tendo equilíbrio para se manterem sentados (...) Sandra manifesta à madrinha a estranheza pelo
interesse dos dois presidentes pelo seu pai...
- Não, amor da madrinha, duvido que eles
suspeitem da colaboração com a CIA, mas sabem do que seu pai é capaz e não vão
desperdiçar uma chance de ter a ajuda dele; só isso. Não se preocupe.
- Sai dessa, mulher! Seu pai tá mais vigiado
do que o espaço aéreo americano!
- Hey, não é só o Elias – interfere Phoebe.
Eles conhecem a sua história, você pra eles é uma lenda! Eu recebi tudo de
nascença e só precisei trabalhar, já você se construiu apesar de tudo, você
representa tudo o que eles admiram em uma pessoa. Até nesse meio pode haver
alguma sinceridade.
- Ok, vou desencanar... Mas com um pé
atrás... Vamos mudar de assunto... Vamos falar da Eddie, só falta ela pra
aumentar a família.
Mudam de assunto. À noite a encrenqueira
medita enquanto dá a devida atenção à família. Concorda com o que Phoebe disse,
o que não lhe dá o direito de baixar a guarda (...) Abigail se cansa e dorme pesadamente, Inga não demora muito mais e logo
estão ambas encerrando o dia. Elias também estranhou o interesse por si, mas
aprendeu com a CIA a não dar alarmes desnecessários. Acorda no horário de
sempre, previsível até certo ponto, a rotina é dele e não o contrário. Hoje
terá a rara e valiosa companhia da esposa na loja, para onde vão assim que
passarem na Máquina de Costura, ver como estão Fabrícia e os meninos (...) Ainda se
lembrando das palavras afáveis que ouviu de Putin a respeito do afilhado, ela o
olha com mais carinho do que o comum (...) se lembra do rapaz
destruído que resgatou e compara com o empresário poderoso e respeitado que é
hoje. Richard chega com uma cesta de nozes a avelãs para a mãe e ela puxa
conversa, sempre imagina se os dois tivessem crescido juntos...
- Bem, nesta vida dupla eu aprendi a não
tirar conclusões antes que elas se apresentem. Se você tenta puxar, só puxa a
que mais se enquadra com suas suspeitas, se deixar vir ela se apresenta como
realmente é. Dê uma chance, desta vez eles foram sinceros.
- Tal pai, tal filha. Mas eu sei o que é,
você ainda se incomoda com a CIA freqüentando sua casa e teme que outros
serviços secretos tenham a mesma idéia. Não vai acontecer. Aliás, hoje eles
aparecem...
- A terceira visita do ano, Robby já os chama
de “tios”, de tão acostumado com eles.
- É um ano difícil, meu querido, uma parte do
mundo decidiu desmoronar de uma só vez e eles estão se virando para segurar as
paredes. Foi um dos motivos dos shows na Rússia.
Robert tem uma conversa com turistas, antes
de ir à Máquina de Costura. Explica que o que foram fazer, tem mais cunho
diplomático do que qualquer outra coisa...
- A diplomacia não tem nada a ver com gostar
ou se dar bem com o outro, tem a ver com respeito mútuo e preservar
convergências. Nós fomos atar os pontos em comum para haver no que nos apegar,
quando vier a próxima tensão, porque virá.
Os paparazzi, sempre por perto, anotam e
oferecem a citação como bônus aos seus clientes. Ele caminha a passos largos,
quando vê a irmã indo com o marido para a loja, gosta daquela cena de dedicação
explícita. Deixa-os ir assim que afaga Enya. Eles chegam à loja, liberam os
acessos e entram (...) Ele
aciona o som ambiente e um jazz suave embala o início do dia. O casal sobe ao
último pavimento, onde Elias encontra o que já esperava, a caixa de mensagens
da franquia com uma tonelada de mensagens, algumas desesperadas, outras
ameaçadoras, a todas já está acostumado. Para esquentar, classifica e separa os
tipos, sabendo que vai jogar mais da metade na lixeira.
Quando os clientes começam a entrar, ele está
aquecido e trabalhando a todo vapor (...) O alarme de e-mail toca e ela assume, para ele não precisar se
desviar de um memorando. É de São Petersburgo, autoridades pedem estudo de
viabilidade para uma filial da loja...
- Amor, sobre aquela sua neura com os
russos...
Ele olha de lado, larga o memorando e vai
ver. Lê com cuidado, medita e manda uma cópia para Patrícia. Não se surpreende,
mas não esperava, chama os outros onze para verem também. Chamam Elias, desta
vez não vão deixar ele decidir tudo sozinho. Também chamam Yuri (...) o russo assina
um contracto formal e tem exclusividade da Vintage Way of Life na Rússia, então
ele liga para tios e avós, passando instruções minuciosas, só depois é que as
autoridades russas são informadas das pessoas que entrarão em contacto.
Enquanto isso, Patrícia conversa com colaboradores russos e os informa sobre as
novas bases da organização.
Quando os agentes da CIA aparecem para a
visita, são informados a respeito. Eles se olham, quase riem, aquilo não
deveria surpreender, mas a rapidez com que aconteceu os surpreendeu (...) Perguntam o que pretendem fazer, então Sandra
precisa intervir, porque o pai não tem como falar tudo, mas mesmo falando menos
ele diz mais. Passam rapidamente para o que os agentes queriam ter ali, mas sem
querer o assunto já foi tratado...
- Então podemos aprofundar um pouco, já que
temos tempo?
- Podemos. Vou exemplificar com as cidades
subaquáticas com que Sakura sonha...
Sonha tanto que o aquário da casa tem um
diorama alusivo. Já perdeu as esperanças de viver para ver o sonho realizado,
então está passando o bastão para Nanako e Iroshi (...) Robert aparece, logo cercado pelos netos e com eles nos
braços vai à filha. É justamente sobre moradias subaquáticas que quer falar consigo.
Pergunta se ela realmente quer pelo menos uma cabana flutuante com cômodos
submersos (...) porque Patrícia avisou
que isso em breve será necessário e precisa de alguém para iniciar a
popularização. A idéia é uma balsa com um módulo habitável que submergiria
parcialmente junto com a âncora, a partir dela se poderia construir uma cidade
flutuante inteira, mas isso seria para mais tarde...
- Wow! É sério?
- Sua tia Patty recebeu uma idéia bastante
viável, com capacidade para seis ocupantes. Se você der o sinal verde, a gente
manda construir agora.
Ela nem consegue falar, pula no pescoço do
pai e o enche de beijos. Ele liga para os outros e manda começarem a construir.
O criador é um colaborador de base, que venceu a timidez e foi falar com Bart
sobre como conseguiria financiamento, ele se lembrou de Sakura imediatamente.
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