Segredos e responsabilidades. A estação 76 traz à tona aquele elemento melindroso que sustenta tudo mais: a vida pessoal. Evitem a piada do pavê e embarquem, o trem vai partir.
Milhares de ghost drivers (...) Cantam “Hug Now” assim que Matthew aparece e corre para o chão,
para registrar a chegada do Dead Train. Richard precede Patrícia, que usa uma
bata longa com fendas até o quadril e pantalonas, ambas em um azul bem claro, (...) Um paparazzo conseguiu passar a
conversa em um amigo de uma emissora e embarcou no helicóptero de filmagem, de
onde tira photos simplesmente fantásticas. Robert sai em seguida, depois
Renata, Enzo, Rebeca e Ronald. Três figurinhas (...) os seguem, precedendo os músicos de apoio. As garotas até se
assustam com sua estréia, com o mar da fãs, com as reações histéricas, com os
paparazzi apontando aquelas câmeras (...) estão todos curiosos para saber quem são as três meninas que acompanham a
banda.
É a primeira vez que viajam a trabalho, por
isso sabem que não podem olhar com muita gula para as piscinas do hotel, que
devem esquecer paqueras e lembrar que estão sob rigorosa disciplina alimentar (...) a primeira coisa que fazem, assim que se
instalam, é ler as apostilas que trouxeram. Seus irmãos estão com os outros
músicos, conhecendo o estádio onde será o show. Os ajustes da acústica já são
bem conhecidos, resolvem os problemas de ecos e interferências como só
profissionais experientes conseguem (...) usando os próprios operários como público de teste,
espalhando-os pelas cadeiras e eles dizendo se o som chega bem e onde estão.
Voltam ao hotel para a coletiva, verem como as garotas estão e planejar o show
de amanhã.
A primeira pergunta que ouvem é “Quem são as
três adolescentes que vieram com vocês?”. Enzo e Ronald gostariam que não fosse
necessário, mas sabiam que teriam que responder...
- São nossa irmãs. Elas trabalham com a gente
há alguns anos e agora fazem parte da nossa equipe – diz Ronald.
- Em que elas vão trabalhar, exactamente?
- Secretariado. Mas no momento estão na
suíte, fazendo a lição de casa – diz Enzo.
Aquela história de novo, todo mundo ouve, ri
e não acredita. Não tentarão ser mais convincentes, suas irmãs precisam
aprender a lidar com as seqüelas da fama que as ronda. Elas terminam os
exercícios de hoje (...) Descem, como lhes foi instruído, acompanhadas por um empregado
do hotel e chegam ao local da coletiva, mas sem sair dos bastidores. Matthew as
recebe...
- Vocês fiquem aqui, por enquanto, já houve
muitas perguntas a seu respeito. Se aparecerem a coletiva não termina nunca.
- O Enzo está aborrecido! O que houve?
- Tenho colegas de profissão que dão corpo à
palavra “Mala”, Marina. Estou anotando nestes bloquinhos, depois quero que me
ajudem a organizar tudo pelos nomes dos jornalistas que anotei.
Elas começam ali mesmo, adiantando bastante o
trabalho dele. Assim que a coletiva termina, ele lhes dá o restante e pede que
voltem para cima (...) Voltam com os irmãos e músicos de apoio para as suítes. Enzo avisa que está
bem, aquilo faz parte do ofício.
De tardinha, com o crepúsculo já pedindo
licença para passar, as três terminam com Matthew a parte midiática do dia...
- Agora é só mandar o material para New York
e poderemos descansar. Quero dizer uma coisa a vocês três, não dêem declarações
a respeito da banda nem do que quer aconteça aqui. Eu sei que já ouviram isso
da Jose, mas reitero que o sossego de seus irmãos depende da mínima e precária
privacidade que nós conseguirmos. Amanhã cedo haverá um passeio promocional,
vocês poderão se divertir um pouco, mas quero que fiquem dentro do grupo,
sempre com um adulto do lado.
- Pra onde vamos?
- Uma fábrica de aviões está entre nossos
patrocinadores, ela pediu nossa presença em uma exposição de arte que também
patrocina. Lá vocês poderão ficar mais à vontade, mas lembrem-se, isso aqui não
é Sunshadow.
- Passando medo nas minhas irmãs, carcamano?
- Enzo, você está melhor?
- Sono bene, ragazza. Venham.
- A gente agradece pelos avisos, Matt, mas
vamos ficar com elas por perto o tempo todo. Vem com a gente, a Rê quer falar
com você. Agora vocês vão ter a parte legal do trabalho.
Os dois cuidam das irmãs como se fossem suas
filhas. Estão em um auditório, conversando animadamente sobre o passeio de
amanhã (...) Elas recebem livretos explicativos e miniaturas em
cartões-postais dos quadros expostos (...) Há uma mesa
posta com frutas, mel, queijos variados e sucos em temperatura amena, tudo de
primeira e sem regulação. Patrícia leva as três ao banquete...
- Sirvam-se. Lá na frente tem goiabas e nozes
do Brasil.
Dispensa-lhes os cuidados de que necessitou,
quando tinha a idade delas (...) São
chamadas para verem os slides, para saberem o que vão encontrar e transmitirem
a naturalidade que o evento demanda. É uma exposição grande, com obras que
remetem ao vôo, à liberdade e às saudades, propositalmente pensada pela equipe
de marketing da companhia aérea que também patrocina a turnê.
Na manhã seguinte vão de ônibus ao museu, mas
descem meia quadra antes, para chamarem a atenção do público para a exposição (...) Patrícia vai
de braços dados com o pai, eles têm um encontro camuflado com agentes da ABIN.
Lamentam que Renata não possa saber (...) A cidade pára para vê-los passar, eles atravessam a rua e
até o trânsito paralelo quase pára. Eles entram e convidam a população a entrar
também, Patrick chega a atravessar a rua e ajudar um casal de idosos. Entram no
museu e o alvoroço começa, a tietagem divide espaço com as obras de arte. Os
agentes brasileiros se aproximam...
- Oi! Quando vocês vão fazer um show no
Brasil?
- Assim que Sófocles deixar – responde
Richard.
- Ah, ele deixa! A gente até põe tapete
vermelho no aeroporto de Guarulhos, pra vocês!
A empolgação dos agentes mostra que eles
também acharam ridícula a tentativa de retaliação à Renata. A conversa cifrada
informa que o General Figueiredo se empenhou pessoalmente em fazer o
analphabeto funcional manter sua língua enorme dentro da boca. Os comunistas
que pretendiam combater já começam a ser vistos como coitadinhos (...) e o cretino quer combater justo pessoas que não caem
na conversa mole deles! Trocam algumas informações mais (...) e o casal toca em algo mais ameno, quer saber o
segredo do vigor físico e da jovialidade que mantém...
- Não há segredo. Vocês aprenderam isso na
escola, mas um médium de vocês resumiu isso em três pontos...
- Disciplina, disciplina e mais disciplina. O
Seu Richard não tem a menor dificuldade em se manter longe dos excessos da vida
moderna. Por que eu tive a impressão de que a conversa de vocês me
interessaria?
- Porque interessa, Rê. Estamos tratando de
um show em São Paulo ou no Rio de Janeiro, talvez em ambos.
- E aquele doido varrido que quer me
expatriar?
- Aquele doido foi varrido para o seu devido
lugar. Avisem que a gente vai sondar e ver a possibilidade de fazer dois shows.
Eles se despedem e Renata fica a olhar para
os dois, desconfiada...
- Isso é tudo?
- É tudo o que você pode saber, por enquanto.
Confia na gente, essa encrenca não vai durar para sempre, um dia toda a verdade
poderá vir à tona e... Meu Deus, estou ficando velha!
- Ra, ra, ra, ra, ra, ra, ra, ra... Falando
igual ao seu pai...
Richard observa a filha fazer à amiga o mesmo
apelo que lhe fez há alguns anos. A capacidade intuitiva da brasileira o
impressiona (...) conversará com Star em momento oportuno. Voltam à exposição de
arte, têm um público para incentivar e três novatas para vigiar. Os irmãos
delas parecem estar dando conta do recado, mas são adolescentes e não querem se
arriscar por pouco.
À tarde, após a diversão, elas são postas
para uma sesta, como todos os outros (...) As três ganharam câmeras, para treinarem e quem sabe tirarem algumas
poses interessantes para a banda. Vão todos tirar um cochilo, após Richard dar
instruções a alguns agentes que estão em missão na cidade. O governo odeia
precisar dele, mas as baixas diminuíram muito desde que passou a contar com
seus préstimos e seu gênio, especialmente porque a organização (...) é mantida pelos seus próprios membros, que
se mantém com seu trabalho.
À noite as três entram em êxtase. A sensação
de se estar do outro lado do show é indescritível. Vêem de perto o poder de
comando da líder (...) Os seis andam e dançam
pelo palco, enquanto Rebeca manda seu recado...
-
Who’s do you love, some body or the mirror? For who’s you cry, for a friend or
yourself?...
A acidez toma conta do ambiente e ajuda a
digerir a realidade, com tempero metaleiro. No intervalo eles descem aos
bastidores, já procurando pelas novatas, enquanto Deborah faz seu trabalho. Os
que podem aproveitam para namorar, os músicos comem bananas para repor as
energias (...) É um
show normal da Deat Train, em que ninguém sabe o que sairá do palco até eles
começarem a cantar, e o repertório é muito grande para cantarem todas as
canções da banda.
Voltam na manhã seguinte aos Estados Unidos,
descendo em Los Angeles e indo ter com Josephine. A festa de recepção integra a
parte boa do trabalho (...) Patrocinadores grandes querem saber se seriam admitidos,
sem o risco de serem comprados também...
- Ra, ra, ra, ra, ra, ra, ra, ra, ra...
- Do que estão rindo? É sério! Eles viram
vocês se aproveitando de um momento de vacas magras e tomarem conta de nacos
bem grandes! Depois viram ajudando eles a se reerguerem rapidamente e ficaram
assustados!
Eles riem mais alto ainda. Wallstreet
descobriu que não são apenas empresários de si mesmos, eles sabem jogar o
capitalismo como gente grande (...) A segunda boa notícia é que
vários artistas de peso estão tomando suas dores e os defendendo publicamente,
inclusive o direito de Bobby ser marido de uma moça que nem era nascida, quando
Pearl Harbor foi atacada. Quase todos eles entraram na campanha pelo casamento
inter-racial, especialmente focando Rebeca e Ronald.
Um pouco de vida civil, para não
enlouquecerem com o estrelato. Se espalham pela mansão (...) mas Josephine quer falar com Enzo, Ronald e suas irmãs. Talvez
pelo susto elas se portaram bem, mas Marina ainda se incomoda com as perguntas
estúpidas que insistiram em fazer ao irmão...
- Você sabe que seu irmão foi o primeiro
amigo de Patrícia?
- Não, eu não sabia! Vocês namoraram?
- No, ragazza, non! Eu comecei a estudar com
ela no jardim da casa antiga, a avó dela era nossa professora. Crescemos juntos,
comme fratelli. O Ron veio pouco depois, quando os pais dele decidiram que uma
mulher tão culta e lúcida, que foi professora na bélle époque, seria a melhor
professora para seu herdeiro.
- E foi mesmo! Nós crescemos como fôssemos
irmãos, entendem? Infelizmente é uma face perversa da fama, porque o mundo
inteiro sabe dessa nossa proximidade. Atacando um de nós eles sabem que
atingiriam a Patrícia por tabela. Se o alvo fosse eu, Rebeca teria revidado na
hora. Perceberam o jogo rasteiro? Pois vão se acostumando porque é um dos
expedientes preferidos da imprensa.
- Por que diabos eles queriam atingir a
Patty?
- Eu poderia tecer uma palestra completa,
chérie – diz, alisando o rosto da garota indignada. Tudo, entretanto, se resume
a uma palavra: Inveja. Patrícia é tudo o que eles gostariam de ser, eles e
metade da humanidade, só que essa metade da humanidade mantém a inveja no modo
de admiração, já eles querem depredar para não se sentirem tão medíocres.
- Não tem como evitar?
- Non, petit fleur. Infelizmente vocês têm
que aprender a conviver com isso, faz parte do ofício de seus irmãos. Há algo
que gostaria de dizer e está entalado?
- Dire, Marina, siamo una famiglia. Enzo, lei
há una cosa da dirti.
- Io... Eu tenho ciúmes da Silvia... É
isso...
Enzo balança a cabeça, ri um pouco (...) Estranhou mesmo ela ser a única na família
a não se enturmar com sua esposa, quando a apresentou como namorada. Ele se
levanta, tira a irmã da poltrona, se senta e a põe no colo...
- Quando eu deixei de te dar atenção, Marina?
- Não briga comigo, Enzo...
- Não vou brigar. Me diga, sem medo de me
constranger, alguma vez eu te negligenciei? Seja por cansaço, irritação pelo
trabalho, os desesperos pelos quais passamos, o que for, pode falar que eu
escuto.
- Não...
Ele beija o rosto da garota e a mima por
alguns minutos. Pensa no que dizer aos pais, mas principalmente à esposa, que
trabalha duro ao seu lado (...) Victoria é bem mais prática e racional, até no
corte do cabelo, não leva tanto as coisas para o lado pessoal. Marina, pelo
contrário, é a passionalidade em pele de mulher, viu em Silvia a possibilidade
de nunca mais ver o irmão...
- Patty, você está por perto?
- Já vou, só aguarde um minuto... Com
licença... Que linda reunião de família! E que linda carinha de choro, o que
foi?
- Senta, que tem história. Ela tem ciúmes da
Sílvia.
Patrícia se recosta na poltrona e ouve a
história. Se lembra de quando ele estava marcado para morrer, fica séria, pensa
se já não seria hora de ele saber alguma coisa a respeito (...) Olha para a diva, faz um sinal
discreto para conversarem depois, se levanta e vai aos irmãos...
- Ele sempre será o seu irmão. Absolutamente
nada neste mundo vai mudar isso, nem o casamento. Se ama mesmo o seu irmão,
tente se entender com a Silvia, ela não vai te trazer problemas de espécie
alguma, é uma das pessoas mais inofensivas do mundo.
Meia hora depois está a sós com Josephine, há
muito que o assunto estava na ponta da língua e precisava de um gancho para
tocar nele...
- Todas as ramificações da Cascavel Branca
foram realmente eliminadas? Os neonazistas têm algo a ver com ela?
- Sim, todas. Os idiotas que pensam que a
Alemanha é o paraíso de suas idéias, não têm qualquer ligação com ela. Algo a
incomoda?
- A própria philosophia da organização. Não
seria hora de ele saber dos riscos que correu?
- Não vejo por que não! Mas ele vai ficar
muito assustado, por isso ainda não contamos.
- Ele é a melhor pessoa do mundo para contar
pra Silvia.
Chamam Richard e com ele contam a Enzo, do
modo mais suave possível (...) explicando
assim o comportamento superprotetor de Patrícia na época. Ele balança a cabeça,
anda pela sala do escritório, olha para eles...
- Tudo isso só para atingir Laura? Que
baixeza!
Volta a se sentar, sempre lhe sendo reiterado
que o perigo acabou (...) Se lembra da
atitude protetora da amiga naquelas ocasiões, se o tivessem alvejado ela teria
recebido os tiros. Lacrimeja, olha para Patrícia, que faz uma expressão muito
meiga. Não hesita em ir, se ajoelhar, beijar suas mãos e se prostrar em suas
pernas...
- Você foi minha mãe naqueles momentos.
- E vou ser sempre que for necessário.
Afaga os caracóis do amigo, deixando-o extravasar
no abraço às suas longas pernas a gratidão que tem. Sente o coração morno, se
recosta mais na poltrona, suspira e sorri como se estivesse em êxtase. Aquela
sensação de acolher e dar carinho é muito boa (...) a gratidão recebida é um momento
de paraíso. Lhe instruem da maneira como deve contar isso à Silvia e Laura,
destacando que deve começar deixando claro que o perigo não existe mais. Chamam
os outros quatro, para que também fiquem cientes.
&
Richard segura Richard, que se encanta com o
ferrorama da mãe. Vinte anos e ainda funciona como novo (...) O pequeno, com os poucos
dentes que já tem, sorri e se agita nos braços do avô carinhoso. Nancy desce ao
porão a tempo de ouvir as primeiras verbalizações do neto...
- Dah... Ah,
da-dadadadadadadadada... Ahhh!
Os dois se desmancham completamente pelo
pequeno. Correm com ele para a sala de estar (...) O bebê se anima com a corrida e começa a tagarelar, bem diante dos pais.
Patrícia tem o impulso de levá-lo ao piano, tocar alguns acordes e ver o
resultado, o menino desata a rir, ela toca um trecho de “Brasileirinho a Vapor”
e o resultado se repete...
- Da-da da-da da-da...
Bate palminhas rústicas, enquanto a mãe toca.
Ela olha para a família presente, para as irmãs serelepes e derretidas...
- Está na hora de começar a educar este
menino. O que não significa que vocês duas ficarão livres, podemos cuidar dos
três.
Ela o põe para dedilhar as teclas, vira uma
bagunça sonora, mas todos lá já esperavam por isso (...) Os avós observam o pequenino ser educado
pela mãe, que inclui as pequenas irmãs na empreitada.
Perto dali, Enzo observa a conversa entre sua
esposa e sua irmã (...) para que as duas se entendam sem que a boa convivência dependa de sua presença
perene; se bem que Marina agora tem pouco tempo para pensar em discórdias,
trabalha e estuda.
O oposto vive Robert, que tem na irmã o
cupido de seu casamento. Rebeca ajuda a cuidar de Mikomi (...) nisso acaba aprendendo
jardinagem também. Ronald observa de longe com o amigo, comentando sobre o
entrosamento das duas.
Renata aproveita um dia em que Matthew pode
ficar em casa, para ensinar Eddie sem negligenciar Marcia. Pequi fica por perto (...) alertando com boa antecedência quando a bebê precisa
trocar a fralda. Ela diz “Não sei se é seu carma, mas vai te dar bônus, então
me ajuda aqui” para a irmã, quando a meleca é muita.
Longe dali, Julia sabe do último baile ao
qual não foi convidada. Tem seguido à risca as orientações de seus ídolos, mas
isso tem lhe custado muitas amizades de infância. Chega ao quinto andar (...) Desaba no sofá,
chuta os sapatos para longe, desabotoa o uniforme quente e deixa o sutiã ver o
que ainda resta de luz do dia; há meses que procura um emprego melhor, mas
estar empregada lhe toma boa parte do tempo que poderia usar na busca. Liga a
televisão e seleciona as cartas, dividindo em contas, para papai, para mamãe,
propagandas idiotas, para Julia... Opa! Olha para a remetente e vê “Patrícia
Petty Gardner, Sunshadow Michigan, 59 Open Street”...
- “A gente não se esqueceu de você, estamos
acompanhando os seus progressos, cientes do preço que pagou por eles. Você não
precisa de amiguinhas fúteis de horas alegres, você tem amigos aqui...”
Com a carta foram três photographias da banda
com seus rebentos. Ela chora, repetindo freneticamente “Meu ídolo! Meu ídolo!
Eu amo! Amo! Amo!” (...) Consegue agüentar
mais alguns meses naquela lanchonete horrorosa.
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